sexta-feira, junho 09, 2006

Os Trinunais e a Tecnologia

A.D. (roubada de www.suotempore.blogspot.com)

Não sou advogado. Mas gosto de assistir a julgamentos. Não por um qualquer recalcamento: apenas porque me descontrai e me diverte.
Era o meio de uma manhã complicada de trabalho, fiz uma pausa, para um passeio a pé; estava perto do Tribunal e espreitei a sala.
Presumo que estava em julgamento duas tentativas de homicídio; apelando à memória, pareceu-me um caso que mereceu honras de telejornais.
O colectivo (um excelente colectivo, por sinal – o facto de não ser advogado permite-me dize-lo sem correr o risco de ínvias interpretações - ) está num momento decisivo do interrogatório ao Arguido; um dos juízes prepara uma pergunta decisiva, depois de minutos a procurar o contexto perfeito…de repente.. silêncio na sala; podem ter sido apenas trinta segundos, mas pareceram horas.
O julgamento pára: foi preciso mudar a cassete… (as mesmas cassetes que, segundo rumores, depois quase não se conseguem ouvir e cujas transcrições são estupidamente caras).

Sou um enorme adepto da tecnologia nos Tribunais! Mas… sem meios técnicos e humanos, sem um verdadeiro investimento, andamos a brincar com coisas demasiado sérias. No século XXI, a justiça não pode parar para mudar uma cassete…

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