domingo, julho 17, 2011

Porque a única certeza na vida são as dúvidas...


Vivem-se os mais pantanosos tempos de que temos memória, sobretudo desde a última vez que se viveram tempos pantanosos! Ou, para fugir a lugares comuns e a tolices de figuras de estilo, Portugal vive momentos únicos na democracia, a Europa vive a pior crise desde a guerra, o mundo vive, como dizia o falecido, a maior crise económica desde a grande depressão!

Não acredito que seja possível passar por tempos conturbados como este, sem questionar as nossas convicções, sem ter dúvidas, sem nos perguntarmos se temos razão em tudo o que sempre acreditámos! Sem uma introspecção, que mais não seja, para ficarmos exactamente onde estávamos! 
Mas se nunca como agora foi tão crucial pensar, debater, confrontar opiniões, não me recordo de tempos tão complexos como estes para debater! Há uma crispação no ar, um nervosismo no ar, uma certa intolerância, uma tendência para o ataque pessoal e para a honra, que inquina o debate! Que o torna insuportável! 
Não sou virgem, pelo que, não me vou armar em donzela púdica: não sou mais culpado que outros, mas não sou inocente! Se - e isto de ser juiz em causa própria é tenebroso - nunca sou eu a desferir ataques, se há limites que nunca passo, tenho de assumir que por vezes me excedo e deixo-me levar no calor do comentário e nem sempre me orgulho do resultado! Dizem que o caminho para a redenção é o reconhecimento dos pecados? Quiçá! Pessoalmente acho que fugir da tentação é o melhor caminho! Dixit!

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