segunda-feira, maio 28, 2007

Senhor Presidente da Câmara de Beja

Hoje não me apetecia criticar V. Ex.a! Aliás, ia roubar uns minutos para dar uma resposta pública à Rádio Voz da Planície, que terá de esperar para segundas núpcias! Mas dirijo-me a si, porque o assunto o exige!
Sabe bem que o crítico: disse-lhe olhos nos olhos, sem ofender o homem (que merece o meu respeito, até amável no trato pessoal) que estou em profundo desacordo com a sua gestão camarária. Mas o que justifica estas palavras é a sua defesa da Universidade do Alentejo.
Antes que os mesmos de sempre digam os dislates que sempre digo, recordo-os: há muito que defendo que no dia que o IPB se fundir com a Universidade de Évora, o Ensino Superior fecha em Beja! E esta não é uma opinião pessoal: a maioria das pessoas que está no Ensino Superior Bejense subscreve-as! Por isso, pergunto: com excepção de uma implicância de cariz politico partidário com o actual Presidente do Instituto Politécnico de Beja, que outras razões o levam a defender a Universidade do Alentejo?
Ainda por cima... numa semana tremendamente complexa para o Instituto!
Senhor Presidente... é por estas, que de quando em quando digo: tanta falta de BONS médicos no Hospital de Beja e os bejenses a desperdiçar um no sítio errado!

4 comentários:

  1. Anónimo13:17

    E já agora por que razão é que o IPB fecha em caso de fusão com a UÉvora?

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  2. @à toa - é complicado resumir num comment a minha posição (de há mtos anos) sobre este tema! Mas... em súmula, breves notas:
    - que Beja ganhou com todas as anteriores "fusões" com Évora? O que perdeu é evidente:imensos quadros, imenso poder de decisão;
    - acredita que em épocas de vacas magrissimas, a UEvora iria fazer investimentos em Beja?
    - dos polos que Muitas Universidades Pùblicas e Privadas abriram, quantos ainda estão em funcionamento?
    - se a relação inter-escolas no IPB nem sempre é fácil, o que aconteceria se as decisões fossem tomadas em Évora?
    - por fim, com a fusão o IPB desaparecia, ficando Beja um polo da UEvora: conhece algum presidente de alguma Câmara que defenda o fecho de uma Instituição de Ensino?

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  3. Anónimo14:40

    Lamentável.
    As declarações referidas, o sentido e alcance das mesmas, mostram, de facto e de direito, profundo desconhecimento relativamente à composição, funcionamento, fins e características próprias do ensino superior e dos seus diferentes subsistemas.
    Em termos materiais, propor a fusão do IPB com a Universidade de Évora é o mesmo que afirmar-se que o melhor batido de chocolate é aquele que é feito com morangos. Na realidade, o ensino superior politécnico tem características e fins distintos do ensino universitário. A legislação em vigor marca essa diferença: o primeiro tem um cunho profissional e técnico, predominantemente prático; o segundo, cariz predominantemente teórico, preferencialmente vocacionado para a investigação. É distinção que se manterá, não obstante as anunciadas alterações profundas ao regime jurídico do ensino superior.
    Em termos orgânicos e funcionais, a criação de um Polo nesta cidade de uma Universidade com centro de decisão em Évora significaria a morte anunciada do ensino superior em Beja. Um Pólo não tem autonomia administrativa, financeira, científica e pedagógica.
    Não sei se a ideia é do Senhor Presidente e/ou das suas assessorias formais e/ou informais, talvez as mesmas que o possam ter aconselhado a adoptar para a Universidade Senior de Beja (USB) o mesmo simbolo que o utilizado para a extinta ADL, uma Associação de Desenvolvimento Local de Direito Privado, com alegado interesse público que se propunha "contribuir para a concretização de processos de parceria" que definissem "as estratégias de desenvolvimento do ensino superior".
    Do ponto de vista político e do interesse da cidade e de quem cá habita há muitos e largos anos, dir-se-á que Be(i)ja sem ensino superior de qualidade - como o é, actualmente, pela acção do Instituto Politécnico de Beja - morrerá de agonia lenta, profunda e dolorosa.
    Já agora, poderia também propor que o aeroporto civil de Beja fosse deslocado para o aeródromo de Évora. Era boa ideia não era?

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  4. A posição assumida pelo Dr. Santos é inqualificável!

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