sábado, setembro 22, 2007

La Marrie, por Chagall

Marc Chagall 1887 – 1985

Para os meus impreparados olhos, é complexa a tarefa de interpretar Chagall. Desde logo, procurar enquadrar Chagall num determinado estilo, revela-se herculeano, porquanto convivem no génio diferentes influências, tão dispares como a sua escola de São Petersburgo, as suas vivências em Paris, a amizade com Modigliani, os despojos das grandes guerras, vividas na intensidade de um olhar de judeu, dentro de um espírito curioso, sempre receptivo aos sinais de modernidade.
A pintura que escolhemos para este sábado, é datada de 1950, quando Chagall reencontra o Paris pós-guerra, ainda com a ressaca da morte da sua mulher, poucos anos antes e marca aquilo que os especialistas denominam como a sua ultima fase, da sua atribulada biografia!
Em La Marrie
, encontramos o contraste forte entre a mulher de vermelho, que realça num fundo nublado, uma luz que quase ofusca os animais ao fundo que tocam instrumentos. Sendo certo que o quadro recebeu diferentes e eruditas explicações, nenhuma teve o esplendor da oferecida por Anna Scott em Notinh Hill: este quadro é como tal qual o amor deveria ser, flutuando num céu azul escuro, com apenas uma cabra, tocando um violino... "

ADENDA: Musica nova no blogue: She, Elvis Costello

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