Já o assumi de "cara descoberta" pelo que não há razão para não o assumir neste espaço que escrevo com pseudónimo: irei votar SIM no referendo da interrupção voluntária da gravidez.
Mas vou querer exigir um debate sério: e para debates sérios, são precisas pessoas sérias...
E o debate não está a começar bem...
A pergunta que a maioria aprovou é falaciosa, despudoradamente enganadora e tendenciosa; e o referendo só fará sentido se for esclarecedor, claro.
Nos últimos anos alguns partidos têm usado o drama do aborto para escamotear a falta de agenda política, a insipidez das propostas, um subterfúgio perfeito para canalizar as atenções do povo para o acessório.
Vamos ser claros: boa parte do problema já teria sido facilmente resolvido se existisse vontade e seriedade politica: há um imenso consenso nacional sobre a desnecessidade de a interrupção “voluntária” (nunca é voluntária!!!) da gravidez deixar de ser crime, pelo que a AR já podia ter revisto o Código Penal e descriminalizar a conduta.
O que ora se fala não é de despenalização mas de legalização; são coisas bem diferentes, quem elaborou a pergunta bem o sabe e só insidia construiu a pergunta daquela forma. Repito, o tema é sério, exigem-se pessoas sérias.
Vamos erradicar do debate as falácias habituais das mulheres presas, das mortes e dos dramas do aborto clandestino: não há NENHUMA mulher presa, vão continuar a haver mortes, vai continuar o aborto clandestino! Nega-lo só não é um atestado de estupidez, porque quem o diz não o faz por desconhecimento, mas por deslealdade intelectual.
Vamos trazer para o debate perguntas sérias; as intervenções vão ser feitas em clínicas publicas ou privadas, quanto vão custar (mormente a relação com o preço dos partos), qual o papel do pai, se as menores podem faze-lo, com ou sem autorização, se vai haver apoio psicológico e, mais importante que tudo, o que fazer para combater o verdadeiro drama, que é a gravidez indesejada, mormente na adolescência.
Sou contra o aborto, a favor da legalização e vou pugnar pela existência de um verdadeiro debate; um bom inicio, seria o Presidente da Republica exigir que a pergunta fosse alterada para algo como: “Concorda com a legalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado”.
Mas vou querer exigir um debate sério: e para debates sérios, são precisas pessoas sérias...
E o debate não está a começar bem...
A pergunta que a maioria aprovou é falaciosa, despudoradamente enganadora e tendenciosa; e o referendo só fará sentido se for esclarecedor, claro.
Nos últimos anos alguns partidos têm usado o drama do aborto para escamotear a falta de agenda política, a insipidez das propostas, um subterfúgio perfeito para canalizar as atenções do povo para o acessório.
Vamos ser claros: boa parte do problema já teria sido facilmente resolvido se existisse vontade e seriedade politica: há um imenso consenso nacional sobre a desnecessidade de a interrupção “voluntária” (nunca é voluntária!!!) da gravidez deixar de ser crime, pelo que a AR já podia ter revisto o Código Penal e descriminalizar a conduta.
O que ora se fala não é de despenalização mas de legalização; são coisas bem diferentes, quem elaborou a pergunta bem o sabe e só insidia construiu a pergunta daquela forma. Repito, o tema é sério, exigem-se pessoas sérias.
Vamos erradicar do debate as falácias habituais das mulheres presas, das mortes e dos dramas do aborto clandestino: não há NENHUMA mulher presa, vão continuar a haver mortes, vai continuar o aborto clandestino! Nega-lo só não é um atestado de estupidez, porque quem o diz não o faz por desconhecimento, mas por deslealdade intelectual.
Vamos trazer para o debate perguntas sérias; as intervenções vão ser feitas em clínicas publicas ou privadas, quanto vão custar (mormente a relação com o preço dos partos), qual o papel do pai, se as menores podem faze-lo, com ou sem autorização, se vai haver apoio psicológico e, mais importante que tudo, o que fazer para combater o verdadeiro drama, que é a gravidez indesejada, mormente na adolescência.
Sou contra o aborto, a favor da legalização e vou pugnar pela existência de um verdadeiro debate; um bom inicio, seria o Presidente da Republica exigir que a pergunta fosse alterada para algo como: “Concorda com a legalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado”.
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