Do interminável queixódromo feminino, é protesto recorrente a alegação da inabilidade do macho lusitano para penetrar com eficiência no complexo mundo do cunnilingus! Aliás, não faltam sugestões de recorrer aos generosos programas governamentais para a formação profissional e criar um curso “Aprenda a lamber satisfatoriamente o seu grelo afectivo, em 15 lições e duas visitas a um bordel”!
Para o mais distraído dos leitores, importa explicar a gravidade da problemática, porquanto não apenas cresce desmesuradamente o número de “simpatizantes” (mulher que goste de mulheres, mas que não se assume), como aumenta a procura da auto-cunnilingua (conforme informa a Wikipedia, a Bíblia do Sec XXI).
O Viagra e Prozac não podia deixar de se sentir solidário com este drama nacional, pelo que juntamos a nossa pedagoga voz a esta causa, procurando as ocultas razões para a nossa falta de produtividade lusitana nesta temática tão pertinente! Porque, concordará comigo o leitor, não deixa de ser um paradoxo que no Pais do Bacalhau não sejamos especialistas no tratamento do dito! Sem mais delongas, ofereço a conclusão: é porque culpa exclusiva das mulheres que os homens não sabem cunilinguar!!
Desde logo, com toda a certeza por influência de feministas deslavadas, temos de insurgir-nos contra a nomenclatura! Sim, o argumento terminológico! É ignóbil e ingrata a escolha do vocábulo adoptado para esta prática, porquanto enganador: chamar-se-lhe cunilíngua, causa perplexidade ao praticante, porque induz em erro sobre o local onde inserir a língua!
Em diferente perspectiva, existem motivações civilizacionais, continuando o macho a entender esta prática, como um enfado de três rápidos minutos, para exigir cinco minutos de reciprocidade! Se a Gaja voluntariamente o fizesse, não teria de passar pelo suplicio de aguentar 3 terríveis minutos de sexo oral! E... se mesmo sem um tipo saber fazer nos obrigam a esperar 3 minutos, imagine-se o que não pediriam se fosse bem feito!!!
Finalmente, a principal razão: como todos sabemos, se um gajo é biologicamente burro, quando de mastro armado é incapaz de raciocinar; vem esta reflexão a propósito da complexidade feminina, que torna a prática do cunilíngua virtualmente impossível!
No caso do homem é simples: está lá o mastro, basta colocar lá a boca! Não tem nada que saber, basta esperar até chegar o leite creme! Mas, no universo feminino um tipo depara com os pelos pubianos, monte de Vénus, capuz, clitóris, abertura da uretra, grandes lábios, pequenos lábios, vagina sem a merda de um sinal a explicar onde lamber!??
Por tudo, minhas amigas leitoras, que tal pararem de se queixar e desenhar lá ao lado uma tatuagem com indicações e modo de usar?