Mas.. sobre o jogo desta noite: quem vai ser o jogador do Porto a simular um penalty? Aceitam-se apostas...
"O que nunca ninguém diz, porventura com medo de parecer vaidoso, é que a inteligência tem um preço: a solidão" (Nuno Lobo Antunes)
sábado, fevereiro 28, 2009
Até se fornicam uns aos outros...
Mas.. sobre o jogo desta noite: quem vai ser o jogador do Porto a simular um penalty? Aceitam-se apostas...
Porque perguntar não devia ofender... (com Adenda)
Será que tenho estado distraído e a regionalização já avançou e Évora é a capital do comunistoquistão?
Adenda: Este blogue tem 2557 post! (fui ver agora o número e fiquei assustado!). E obviamente que não me orgulho de todos. Há pelo menos uma dezena de post que se fosse hoje não teria escrito. Este é um deles!
O melhor e o pior dos blogues é o seu imediatismo; se alguns post (desde logo as crónicas do Correio Alentejo e da Rádio Pax) correspondem a reflexões minhas, alguns post de actualidade, são feitos em cima do acontecimento, cheios de primeiras impressões e, por vezes, de lacunas e falhas! Não me apercebi que ontem no Jornal Oficial do Partido fez manchete a candidatura (como há umas semanas a Voz do Munícipio também em discurso indirecto o havia feito). E, reflectindo, a entrevista oficial ser à LUSA é diferente de ser a uma rádio de Évora. Fica o meu mea culpa! Claro que podia apagar o post e fingir que o não tinha escrito: mas prefiro assumir quando faço disparates!
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
A verdade da mentira ou coisa parecida!
1. Tenho pensamentos libidinosos com um membro do executivo camarário.
2. Estou convicto que Pinto da Costa satisfazia sexualmente a Carolina.
3. Acho Bolonha muito bom para o ensino e os nossos estudantes vão ficar muito melhor preparados!
4. Após a minha primeira relação sexual, tive dois dias sem me conseguir sentar!
5. Sinto uma enorme empatia com as pessoas que adoram meter-se na vida dos outros.
6. Sempre que recebo mails de conteúdo duvidoso, coro e apago!
7.Vivo um momento lindo da minha vida, sou feliz e realizado.
8. Estou a cumprir integralmente os meus desejos para 2009.
9. Fiquei muito contente por a Drª Patrícia Trenga Bimba se ter lembrado de mim para fazer esta coisa!
Manuel Narra
Dito isto, vamos aos factos: provocado por um leitor, ouvi parte do Estado da Região, programa da Rádio Pax onde se debatem os percursos autárquicos que agora findam! E foi muito agradável ouvir. De um lado a oposição PS, que mostrou ser séria, responsável, cooperante e activa, algo pouco comum no panorama distrital e nacional! Do outro lado, alguém que pareceu um Grande Presidente.
Para aqueles que se ofendem com algumas críticas que faço ao PCP - Beja, tentem ouvir o programa! Porque não fui eu que o disse, mas o autarca comunista, que este é o tempo de encontrar soluções para as pessoas, não culpar o Governo central (vide o pacote do Xico), que este não é o tempo de criar falso emprego mas garantir o que existe (vide post infra); mais: veja-se as medidas implementadas na Vidigueira (desde 2006) e compare-se com o paupério programa aprovado na reunião da CMB nesta quarta-feira!
Sempre entendi que ao nível autárquico a questão ideológica é de somenos importâmcia: Manuel Narra ou João Rocha, são eleitos comunistas com excelente trabalho. Diferentemente do caso de Beja! Não o perceber é cegueira ideológica!
Porque ainda há boas notícias...
Volto ao tema para aplaudir Jorge Pulido Valente: numa época de medo e carneirismo, gosto de vozes com coragem, pelo que me alegrou ler JPV defender a solução da região Baixo Alentejo. Mais. Em ano eleitoral é refrescante perceber que enquanto Francisco Santos segue o que Lisboa manda e defende uma única região - usando um argumento desonesto de que no Referendo o Alentejo votou SIM, esquecendo que se votou SIM a dois Alentejos, não a um - ouvir Pulido Valente a colocar os interesses da cidade acima dos interesses de Lisboa. E como Beja precisa de vozes que pensem primeiro na cidade e só depois nos escusos interesses partidários...
Coisas aqui da terra...
Beja abandonou o jardim público, deixando o espaço morrer de tédio enquanto se espera uma alternativa que há anos me parece óbvia; o Município quis ser o pai afectivo do espaço da Ovibeja, para depois abandonar o filho adoptado, ameaçando o Parque de Feiras e Exposições do cruel ostracismo de ser usada uma vintena de vezes por ano, numa arrepiante impotência para conseguir usufruir as imensas potencialidades do espaço. Insiste-se no decrépito edifício da Casa da Cultura e deixa-se arrastar uma solução para o antigo estádio, na esperança que o terramoto da passagem do tempo destrua o pouco que resta para se erigirem alguns edifícios para os beneficiários do costume e a piscina municipal a caminhar alegremente para uma morte anunciada, na esteia do seu contemporâneo mercado municipal. A ligação da cidade ao Rio Guadiana, sem dúvida a mais apaixonantes promessa eleitoral da ultima campanha, arrasta-se no tempo, continuando o rio uma miragem muito ao longe, nos campos do inacessível!
Era fácil assacar responsabilidades ao executivo camarário: três anos de completa apatia, uma gestão para o quotidiano de pão e circo, com rotundas, pequenos jardins e campos de futebol nas freguesias rurais mais apetecíveis, uma exasperante incapacidade para sonhar a cidade, festas e feiras para distrair o povinho e a interiorização de que quando pior, maiores são os ganhos eleitorais, acompanhada de uma fobia ao empresariado, seriam motivos que sobejam para comprar nos inúmeros pecados do actual executivo camarário, as razões para o desgraçado estado da nossa cidade.
Mas, esse nunca foi nem será o meu caminho, do mesmo modo que nunca alinhei nas teorias simplicistas de culpar os diversos governos centrais pelo complexo estado do País. Se todas as carências de Beja se resolvessem com uma mudança de actores políticos, bastaria que o acto eleitoral oferecesse um verdadeiro 25 de Novembro para que a cidade reencontrasse o sorriso há muito perdido!
Desconfio dos partidos e perdi a capacidade de sonhar com o Messias; mas acredito em projectos que sejam passíveis de mobilizar e valorizar aquilo que a cidade tem de melhor para oferecer: os bejenses!
Beja é uma cidade que tem tido vergonha de ser capital de distrito, com a satisfação medíocre de se subalternizar a Évora, como se a pequenez fosse uma virtude, como se fosse verdadeira a inevitabilidade de este ser o nosso cruel destino!
A cidade de Beja necessita urgentemente de um projecto mobilizador: por uma vez na democracia, que não se discuta se determinada rua deve ter trânsito num ou em outro sentido, onde se vai construir a próxima rotunda ou plantar o próximo campo de jogos, nos inúmeros buracos das nossas ruas – que até ao Verão serão tapados, depois deste longo abandono – ou abanar os fantasmas de sempre criando medo no eleitorado; precisamos de conseguir pensar e planear a nossa cidade, responder à pergunta que é crucial: que Beja queremos para daqui a 12 anos?
Escrevo estas linhas na segunda de Carnaval, época em que os foliões se deslocam a Cuba e a Vidigueira, porquanto a cidade os esqueceu; a três meses de abrir um Aeroporto sem que o Governo se tenha recordado de fazer as estradas ou o Município de permitir a instalação de empresas; em plena mudança estrutural na agricultura provocada pelo Alqueva, com uma comovente incapacidade para os empresários locais de usufruírem desse imenso filão! Redijo este texto, durante uma gravíssima crise económica internacional, enquanto os meus conterrâneos enchem o Continente e passeiam no Parque da Cidade.
Mais que culpar os poderes locais e centrais, este é o momento que nos devemos criticar a nós próprios! Tempo de ser exigente com a política e os políticos, de contribuir activamente para encontrar soluções em vez de passar o tempo em criticar os problemas, de ter a audácia de ser um verdadeiro cidadão.
Este é o tempo e o momento de reunir quem estima e ama esta cidade, de convidar os jovens a apaixonarem-se pela cidade e ajudarem a construir um futuro que também lhes pertence! Beja precisa de “causas”, de ousar sonhar o futuro, de assumir as suas valências e oferecer à região e ao País as suas diferenças, as peculiaridades que a tornam única! E de perder este estranho receio de ser capital, quer do concelho, quer da região, quiçá daqui a uma década, do sul do País. Porque não o sonhar é a cobardia de se contentar com a mediocridade!
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Francisco Santos aprova o pacote..
Coisas que quase que podem mesmo vir a acontecer em breve no burgo de Beja
Falo-vos de uma grande noite de Stand Up bem feito - só não digo quando e onde porque os ingratos energumenos ainda não me mandaram o cartaz - e uma grande noite de sushi. Sim: sushi em Beja, daquele bem feito, num restaurante perto de si, caso o dono do mesmo veja que há público para uma noite de sushi. Há interessados por aí?
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Se há coisa que me irrita são os puritanos e as pegas virgens!
Eleições no IPBeja...
Beja, orgulha-me...
E o meu bom leitor...
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Coisas da Blogosfera...
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Gosto mais de ti do que gosto de espargos...
domingo, fevereiro 22, 2009
Dizem por aí que hoje é dia trinta e quatro... (com Adenda)
Fora de contexto: Musica nova: "lembra de mim" de Ivan Lins
sábado, fevereiro 21, 2009
Obrigado, Clube de Patinagem de Beja
Foi um jogo nervoso, com momentos de deslumbramento e alguns de puro requinte que culminou com uma vitória muito mais suada que os números permitem adivinhar (8-3). Depois de quase quarenta minutos de muito sofrimento, só as seis minutos do fim por possível acalmar o nervosismo. E fazer-se a festa, que foi bonita e sentida!
Há quanto não se gritava em Beja "campeões, nós somos campeões"?
Nota final para enaltecer a química impressionante entre os atletas e a cidade - que devia ser exemplo para outros -. E para sublinhar que olhando para a equipa, a sua garra e entrega, a sua juventude, podemos adivinhar muito mais razões para tardes lindas como esta.
Parabéns, foram lindos e bravos!
Adenda: Veja aqui o filme da festa!
Coisas de sábado à tarde...
O paradigma pode ter um som de absurdo, mas sempre entendi que terminar um livro magnifico é como findar uma paixão; fica a dor e as imagens que se esbatem e morrem no tempo, pequenas memórias de momentos lindos...
Desportivo de Beja
Até os fornicamos... (com Adenda)
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Coisas da Blogosfera... (Com Adenda)
Adenda: Problema resolvido! Uma qualquer esquisitice que fez com que o Viagra tivesse duas horas em baixo. O verdadeira paradigma do paradoxo!
A insensibilidade social da Câmara de Beja..
E os factos são os seguintes! A CDU de Mértola fez um pacote de medidas para combate à crise social. A Câmara comunista de Vidigueira apresentou um plano que parece bastante bom. (porque a gestão de uma Câmara não é ideológica e dentro do PC há excelentes autarcas!). Pulido Valente e os vereadores do PS apresentaram medidas para a Beja.
E a resposta foi ensurdecedora: as mesmas foram recusadas porque foram propostas "pelo individuo que diz que é candidato" (amei a expressão), numa Câmara que não se acha intolerante e está sempre disposta a ouvir contributos!!
Mas, depois de recusar as propostas a CMB vai apresentar a sua, nomeadamente a criação de 50 empregos - sempre giro em período eleitoral - e a grande medida ontem anunciada de combate à crise, a saber: "a culpa é do Governo". Recordam-se deste texto?
Roubando textos a outros: Beja quase uma cidade. Revez no seu melhor estilo!
Porém, dois acontecimentos trariam a democracia a Beja, já com o século XX a fechar-se para balanço. Duas instituições, democráticas. A Pandora e o Prisunic. A discoteca e o hipermercado. Uma e outra convocaram o azeite e a água a partilhar o mesmo caldeirão de forma indiferenciada, sem privilégios nem distinções, como iguais. Na discoteca moderna, ampla e eclética, acolhe-se a homogeneidade e a heterogeneidade e até se especializa o espaço dançável, com pistas de dança vocacionadas para épocas ou estilos musicais. A Pandora tinha isso tudo, era a festa da democracia em Beja. “Agrários” e seus derivados posteriores, “betos” e “queques”, conviviam e entrelaçavam-se com “aldeões”, “trolhas”, “broncos” e os recém-adoptados estudantes do ensino superior, que se disseminavam em múltiplos sub-estratos em função do curso. A sedução, a conquista e engate na discoteca Pandora, foram as verdadeiras experiências revolucionárias e progressistas da cidade de Beja. Derrubaram-se preconceitos e resistências morais e germinaram os primeiros casais e amantes interclassistas sem motivação financeira por estas bandas.
Mas a democracia estendeu-se da cumplicidade e torpores da noite para a luz do dia do consumo de tudo e mais alguma coisa; eis o templo pós-moderno: a grande superfície comercial. O hipermercado Prisunic concentrou-nos a “eles” e a “nós” num aconchegante e delirante carrinho de compras comum. O Prisunic tinha tudo, era tudo, e tinha-nos a todos lá, em inebriante consumo, em felicidade cortês na fila do fiambre e do queijo, em paciente simpatia na fila das caixas de pagamento.
O agrário barrigudo e folião que iniciara namoro com a maquilhada ajudante de cabeleireira, na curva insinuante dos slows terminais da Pandora, passeava agora de mão dada com ela pelo Prisunic, e ela encolhia-lhe os ombros na escolha do whisky. E Beja era quase uma cidade. E ficou quase uma cidade, até hoje.
O Estado da Região
Mas, o que mais gostei foi de compreender a postura de tolerância do Senhor Presidente da Câmara, que está disposto a arranjar consensos. Desde que os consensos não sejam "com esse individuo que anda a dizer que é candidato do PS"!
Ouvir um membro do Partido Comunista defender que os eleitos não devem consultar e ouvir o Partido é algo que nunca esperei ouvir!
100 razões para amar Beja - (esclarecimento e balanço)
Qual a razão de ser destes preliminares? Porque amar uma cidade é amar o que tem de bom e o que tem de mau. E depois de 33 razões virtuosas para amar Beja, vão seguir-se 33 defeitos que caracterizam a nossa cidade.
Antes, apenas recordar o primeiro terço desta declaração de amor pela cidade. Dedicada especialmente a quem sempre teve dificuldades em suporta-la!
o aproximar da cidade pela estrada de Serpa; trouxas de ovos do Luiz da Rocha; Castelo de Beja; Mariana Alcoforado; Cine Teatro Pax Júlia; as planícies; Instituto Politécnico de Beja; Aeroporto de Beja, a calma; a localização geográfica; a Pandora; espólio da passagem alemã por Beja; a sopa de cação dos Infantes; o cante alentejano; o Parque da Cidade; jardim público; a Associação Juvenil Arruaça; a Biblioteca Municipal de Beja - José Saramago; o rio; Parque de Feiras e Exposições; os vizinhos; as Portas de Mértola; Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja; o Pereira; Al-Mu`tamid; Pousada; pão da Fermentopão; os grupos de teatro da cidade; os fins de tarde de Verão; Herdade dos Grous; as Maltesinhas; o azeite; o Liceu.
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
O Estado da Região
Eutanásia...
Na semana passada, neste mesmo espaço, fui profundamente crítico sobre a regionalização; como também no passado argumentei contra o casamento homossexual, apesar de defender academicamente que a proibição é inconstitucional.
Já no que concerne à eutanásia, saúdo que o tema seja incluído na agenda politica: desde há muito que se sussurra sobre o tema, mas nunca houve a coragem para fazer um verdadeiro debate sobre esta complexa questão.
É muito complicada esta discussão num País pobre e ainda terrivelmente servido de cuidados paliativos; tenho sempre o receio que não me parece infundado, que abrir a possibilidade da eutanásia vá gerar um enorme conjunto de consentimentos falaciosos, menos motivados por uma vontade consciente, mas sobretudo determinados com o pesado receio de ser um fardo para a família íntima. Mais. Num País onde arranjar um bom lar para os nossos mais experientes possam viver com tranquilidade a sua velhice é uma missão quase impossível, uma intrincada peregrinação onde não raramente colidimos com a insensibilidade, a indiferença e a corrupção, o tema tem especificidades alarmantes. Ao que acresce o argumento religioso, porquanto, Portugal é um estado laico apenas no papel em que foi redigida a Constituição.
Mas se não ignoro nada do que deixei escrito, bem como os outros argumentos que são recorrentes nos países que ousaram ter uma discussão profunda sobre a eutanásia, desde há muito que tenho convicções muito fortes sobre o tema! Sou ideologicamente um humanista e não concebe que o acto de viver possa ser uma imposição social ou jurídica: viver com dignidade é ter a dignidade de poder escolher morrer, desde que a escolha seja consciente e livre de quaisquer constrangimentos. Bem sei que é um equilíbrio complexo num percurso complicado, mas, para quem defende que o Estado não pode coarctar as liberdades individuais, é insustentável a continuação do actual regime legal. Sim: sou acérrimo defensor do Direito à Eutanásia!
100 razões para amar Beja - 33
Fui orgulhosamente aluno da Escola Industrial, hoje baptizada com o nome de D. Manuel I e foi uma escolha da qual não me arrependo; dentro daqueles muros, que hoje contemplo enquanto escrevo estas linhas, passei seis anos maravilhosos e fiz amizades que o tempo e a distância é impotente para matar. Mas - e isto é doloroso de escrever, atentas as rivalidades juvenis - sou forçado a reconhecer que o Liceu merece a honra de ser uma das cem razões para amar Beja.
Desde logo, tem do seu lado a história, o facto de ser uma escola que honra o distrito desde os tempos de D. Maria II, algures por 1850. Mas, mais que a história, um presente que a sabe honrar, o que se comprava pelo facto de ano após ano ter lugar destacado num ranking das melhores escolas do País, permitindo-nos ter a certeza que se pode viver em Beja e proporcionar aos filhos um ensino de excelência.
Os detractores vão falar-me que o liceu é demasiado exigente e elitista, pelo que, adianto-me às criticas e deixo a questão: e qual o problema da exigência e do elitismo?
Se o elitismo é democrático, ou seja, se a todos é oferecida a possibilidade de dar o melhor de si, se criamos um ambiente de exigência e de mérito, onde aqueles que mais merecem e trabalham possam ter a melhor educação possível, então, vamos lançar vivas ao elitismo. E vamos juntar-lhe e incrementar-lhe o rigor e a exigência, estancar em grande rio que jorra facilitismo e hipocrita mediocracidade, abafar e matar esse primado de que a igualdade apenas se consegue nivelando por baixo. Se o liceu ganhou o prestígio que merece, deve-se a uma política de rigor, que hoje e aqui se aplaude, sem escamotear a dor no cotovelo desde que vos escreve!
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
Porque ainda há boas notícias...
Conselho de Opinião
Desculpem a ignorância do rapaz...
É que fiquei com a sensação que conjuntamente aos primeiros raios de sol, começa a ver-se na zona da mata, bandos de rolas a correr!
100 razões para amar Beja - 32
Tenho absoluta consciência que falo em contra ciclo, quando nos “mercados” o preço começa a atingir uma preocupante vulgaridade; mas defendo uma aposta forte no azeite alentejano. Quando se procura a paisagem que circunda a cidade, descobrimos novas cores e tons, constamos que o trigo começa a deixar protagonismo para o olival, que pinta de tons verdes um solo que nos habituou ao castanho dourado. Mas não é de estética que vos quero falar: quero falar de sonho de Beja ser uma referencia na área do azeite, apostar forte na qualidade (sempre discordei da pretensão da quantidade), oferecendo primeiro ao Pais e depois ao Mundo um produto excepcional, que, sublinhe-se, sempre fez parte da mais nobre das tradições lusitanas.
Acredito que tal como no vinho, podemos fazer muito e bastante melhor! Acredito que os azeites podem ter aromas e tons, que merecem entrega e estudo; e mais importante que isso: estou absolutamente convicto que se reunirmos que produz com aqueloutros que os vendem e os sentarmos em mesas académicas, conjugam-se vectores de excelência que nos darão sólidas razões para sorrisos futuros. Duvida?
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Projecto Creche Familiar
Falta de pilha...
100 razões para amar Beja - 31
A localização apesar de não ser o seu ponto forte, faz parte do seu encanto: sempre me fez recordar aquelas mulheres de beleza discreta, a sublime beleza recatada que temos de procurar e nos conquista com o tempo, um privilégio neste confuso tempo de exuberâncias.
Não sou muito assíduo, confesso. Em regra ia arrastado e poucas vezes partia de mim a lembrança: agora que penso nisso, dou comigo a recordar que faz largos meses, quiçá um ano, que não regresso à casa de chã as Maltesinhas!
E sinto o estômago a apertar de saudades! Do chá que é realmente bom. Mas sobretudo dos scones que são uma indecente tentação, irresistíveis misturados com o doce de morango. (talvez apenas faltem as natas!). Os bolos. O que dizer daquelas delicias feitas de ovos, onde a sapiência de outrora se junta com a paciência de hoje, na construção de verdadeiros monumentos nacionais que mereciam a atenção da Unesco. Se nem sempre subscrevem as minhas escolhas, penso que todos os leitores concordam que as Maltesinhas são uma verdadeira e doce razão para amar esta estranha cidade!
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Até me vai doer a alma...
100 razões para amar Beja - 30 (com Adenda)
Já conhecia o vinho que é fenomenal, mas o local é soberbo. Um deslumbrante lago (salvo erro, são 100 hectares de água) e um hotel charmoso que se estende sobre as margens. Gosto bastante do restaurante: não sendo barato, a vista compensa o preço, porque a comida faz amor com o vinho e a paisagem, enamorada pelo serviço que é soberbo.
É impossível colocar em palavras a sensação de percorrer pelo baixo-alentejo profundo, especialmente quando o calor sufoca, e perdermo-nos na paisagem de água, num imenso lago que sorri para nós, onde o azul brinca com o branco caiado e o coreto chama por nós!
Encanta-me sobretudo os fins de tarde, quando o sol morre no lago e as primeiras brisas frescas nos beijam. Encanta-me saber que aqui tão perto existe algo infinitamente belo, num perfeito contraste com a planície seca. Encanta-me saber que existe e que um dia posso lá regressar!
Adenda: Porque este blogue é dos seus leitores, fica aqui o link e o respectivo agradecimento: para quem não conhece, vide estas fotos!
domingo, fevereiro 15, 2009
Hoquei em Patins... (com Adenda futebolistica!)
A tempo: se a memória não me traí o próximo e ultimo jogo é em Beja. Quando é? Era lindo ter o pavilhão completamente cheio..
Adenda futebolistica: eu quando for grande, quero ter árbitros como o Porto...
A verdadeira obsessão dos homens…
Veja-se o caso da praia, quando a malta vai a banhos: quem cultiva o delicioso prazer de dar uma volta à beira mar (mesmo sem kafka), ainda que vá distraído a ouvir a musica do bar, ao aproximar-se de banhistas desportistas, sofre do profano pecado de desejar que a bola se aproxime de nós para matarmos o estranho vício! Mais. Estou convictamente imbuído da convicção que os homens apenas olham para tudo o que é mamas, porque nas arredondadas formas vêm duas inocentes bolas de futebol! A paixão pelo futebol tem toda uma natureza abichanada: a malta paga para ver homens de pouca roupa, que correm suados e agarram-se uns aos outros - mais gay que o futebol só mesmo o râguebi ou a tourada, embora no caso desta os forcados vestem aquelas roupas para assumir a homossexualidade – mas, ainda assim, jogamos futebol e sentimo-nos muito machos! Atrás da bola. Por causa da obsessão das bolas. Não dessas!
sábado, fevereiro 14, 2009
100 razões para amar Beja - (palavras de outros)
"sabia que este dia ia chegar... há sempre um dia como este, já devia de ter aprendido a ter forças! como é possivel esta "terrinha" prender tanto? as pessoas de beja são lindas e já sinto saudades e um grande aperto no peito... vou ter saudades vossas! saudades de cada um... saudades dos momentos e das palavras que foram ditas, saudades dos risos e das lágrimas, dos chás e do vinho tinto, da galeria do desassossego, onde me sentia em casa, rodeada de caras bonitas, à mistura de estranhas personagens... não consigo ser forte nestas situações... cada abraço foi sentido, houve abraço que queria que tivessem durado mais, como se assim conseguisse demonstrar o quanto gosto e admiro a pessoa. não estava nos meus planos mostrar uma lágrima, mas não sou forte... gostava de voltar a sair de casa e voltar a abraçar as mesmas pessoas... e há abraços que ficaram por dar...
Anda alguem por aí... (com Adenda)
Adenda: Já sei que não! A metade da cidade que não está no parque, está no Modelo a que agora os "béjenses" chamam Continente!
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
O rapaz do pijama às riscas...
100 razões para amar Beja - 29
Mas eu gosto deste tempo que dizem ser desagradável. Apaixonam-me as noites de cruel inverno, quando deixamos aquecer a sala com o lume de lenha de azinho, deixar penetrar o cheiro a fumo, aproximar-nos do lume e deixar enrubescer o rosto do calor da lareira. Quiçá um vinho e um queijo! Ou não: apenas o lume como companheiro.
Mas deixemos o vento frio e caminhe comigo o leitor ao encontro do Verão, o Verão de Agosto bejense, daqueles dias terríveis que o sol morre no alcatrão, queimando-o, deixando pela cidade o cheiro a quente e uma névoa de calor trépido; deixemos passar a tarde, aquelas terríveis tardes de calor sufocante, quase irrespiráveis em que, qual D. Pedro, fazemos o nosso Ipiranga e apenas apetece gritar “Ar condicionado ou Morte!”. Mas, dizia-lhe, deixe a tarde passar e penetre comigo no final do dia, quando o sol se cansa no horizonte e as primeiras aragens de vento fresco beijam a cidade. Convido-o a sentar-se numa esplanada, deixar correr a tarde e beber uma cerveja, acompanhada de uma qualquer iguaria e sussurro-lhe: os fins de tarde de Verão, são ou não uma esplêndida razão para amar Beja?
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Mistérios da Blogosfera Bejense...
Várias pessoas me questionaram e tendem a não acreditar que não faço a menor ideia. Mas honestamente não tenho!
PS - Irei apagar os comentários que digam quem é a Moengas. Escolheu estar anónima e esse é um seu direito que respeito!
Responsabilidade ou Irresponsabilidade política?
Desvalorizamos o paradoxo de o PCP usar como argumento eleitoral que o bom trabalho em Mértola foi feito desbaratando as finanças locais e agora apresentar medidas que necessitariam de grande investimento do Município, porquanto algumas das medidas merecem aplauso. Efusivo aplauso!
Saúdo efusivamente a isenção do pagamento da Derrama, concordo plenamente com a isenção para as empresas do pagamento do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis, sublinho a flexibilização dos horários dos estabelecimentos (medida à qual eu sugeria que terminassem as multas aos mesmos por ligeiros incumprimentos), a isenção de taxas camarárias, nomeadamente de publicidade e outras, atribuir vales de compras a gastar exclusivamente no concelho, regularizar todos os pagamentos municipais em atraso, baixar o pagamento da água, aumentar os subsídios às associações locais, criar eventos mensais para atrair turistas e, se enorme importância, dar primazia às empresas locais em todas as aquisições da Câmara Municipal. No que concerne aos munícipes em particular, os comunistas propõem a isenção do IMT aos jovens, criar uma linha de crédito para permitir custear despesas de educação, distribuir vales de compras pelas famílias mais carenciadas e criar um cartão de cliente para consumos no comércio local. Infelizmente, ao lado destas medidas que são muito boas, aparecem outras claramente demagógicas e mesmo ilegais, como a contratação de uma espécie de jurista municipal, mas, a morte de um pássaro não mata a Primavera!
Tenho pena que estas medidas não sejam acompanhadas de um estudo com o impacto económico das mesmas, mas, infelizmente, faz parte da tradição portuguesa quem está na oposição, limitar-se a sugerir medidas que incrementa a despesa pública sem cuidar do drama da receita! Mas, a pequena crítica, não pretende escamotear a excelência das medidas propostas.
Há apenas um pequeno senão, que se prende com questões de ética e princípios! Esquece o PCP que no distrito não é a oposição, mas a situação, ou seja, é poder na região. E como tal sujeito ao escrutínio que tão pouco aprecia! E perante a excelência das propostas descritas exige-se responsabilidade. E responsabilidade exige que ou o PCP entende que as mesmas são positivas e exequíveis e como tal deve aplica-las nas câmaras que governa - nomeadamente em Beja - ou então o PCP entende que as medidas são negativas para as populações ou não são passíveis de por em prática.Perante isto espera-se uma resposta do PCP: ou confia nas medidas que propõe e as aplica em Beja rapidamente ou, em caso de nada fazer, obriga-nos a concluir que as propostas que apresenta são pura demagogia populista, provando-nos que em tempos difíceis escolhe o caminho da irresponsabilidade eleitoral, para procurar amealhar alguns votos!
100 razões para amar Beja - 28 (com Adenda)
Mas esta noite quero falar de teatro; e sem escamotear o que tenho escrito no passado, considero que os grupos de teatro da cidade – Arte Pública, Jódicus e Lendias d`Encantar – são mais uma excelente razão para amar a cidade. Compreendo que esta escolha cause estranheza ao mais fiel dos leitores e não pretendo esconder com este post as observações que no passado fiz ao Arte Pública e que mereceram uma resposta que não comentei no passado, nem vou comentar agora!
Mas nunca toldei o meu pensamento com base em aparentes quezílias e entendo que o teatro da cidade merece um efusivo aplauso: numa cidade da nossa dimensão, existirem três grupos de teatro – dois deles profissionais – merece ser enfatizado. Até porque não encontramos grandes paralelismos na pintura, nos grupos de música contemporânea, o - caso da música clássica irá receber uma nota particular -, na literatura, na escultura, poesia, cinema ou dança. É verdade que há ainda grandes lacunas de público – com responsabilidades de todos, sendo também dos próprios grupos -, mas para uma cidade da nossa dimensão, ter esta actividade teatral é um verdadeiro motivo de orgulho. Que será ainda maior quando outras artes consigo ter a mesma pertinência na vida cultural da cidade que o teatro começa a ter!
Adenda: Por manifesta estupidez não fiz referência ao grupo de teatro da Capricho, que, por razões familiares, se tornou um vergonhoso lapso. Ficas as minhas desculpas, porque obviamente merecia estar aqui!
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Porque sábado é dia dos namorados...
Os candidatos e os Partidos!
Para evitar interpretações maliciosas, dois preliminares: reconheço que LG é coerente no que defende e nunca o vi aplaudir os exemplos que vou referir. Esclarecido isto, vamos à querela: o que deve acontecer quando um Presidente da Câmara perde a confiança do seu partido ou se demite?
Não consigo compreender a hipocrisia de criticar Pulido Valente quando saiu de Mértola, mas defender a saída de Caeiros de Mértola; como é de uma inaceitável sonsice pedir a demissão do Presidente da Câmara de Sines que se amuou com o Partido e receber na Câmara o contributo do vereador Monge!
Entendo que se um eleito perde a confiança do partido em cujas listas concorreu, não deve perder o lugar: admito que em alguns casos seja eticamente reprovável, mas essa é uma responsabilidade do Partido no momento em que o escolheu para as listas! No caso de um Presidente de Câmara se demitir (ou suspender sine die) desde sempre defendi que se deviam convocar novas eleições para esse órgão. Só desta forma se respeita o voto dos eleitores.
Sei que muitos criticam esta minha posição, que a entendem como uma forma de subalternizar os partidos e de lhes retirar importância. Mas, isso é mau, pergunto?
Aeroporto de Beja...
E mais uma vez as "forças vivas" mostraram o seu peso morto e estiverem num silêncio ensurdecedor e assustador! Com a complacência do carreirismo político e a obediência cega do funcionalismo. E depois... vem esta gente dizer que quer a regionalização para governar o Alentejo? Haja paciência...
100 razões para amar Beja - 27
O pão alentejano é uma das maravilhas da nossa terra, que desde há séculos caminha connosco. Mais que um acompanhamento, que um fiel amigo do bom queijo, dos excelentes enchidos, do presunto perfeito, o pão é um alimento nuclear na nossa distinta gastronomia, presente em pratos divinos como as nossas migas, a nossa açorda de bacalhau - que fica perfeita com ameijoas - , a sopa de cação ou a sopa de beldroegas que recupera os queijos impróprios ou mesmo na doçaria onde o pão surge em doces conventuais.
Mas mais do que fazer o elogio ao pão, o verdadeiro pão que é o alentejano, pretendi estender o elogio a um pão em particular. E entendi que era um acto de justiça afirmar que o pão da Fermentopão é uma das cem razões para amar Beja.
Admito que a escolha seja discutível; mas escolher é sempre algo muito subjectivo, por critérios que nem sempre conseguimos justificar! Para impedir a tese socrática da cabala, esclareço que não tenho nenhuma proximidade pessoal com o empresário em causa - nem sequer mutua simpatia -, mas é justo enaltecer quem teve a coragem para arriscar, a audácia para não se limitar ao parco mercado bejense e procurar novos destinos, a capacidade para levar ao resto do País uma das delícias da nossa terra. Sem esquecer as suas origens, investindo na cidade em diversas lojas, onde ao bom pão junto uns razoáveis bolos...
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Eu tenho perfeita consciência que não devia escrever estas coisas no blogue.. (com esclarecimento!)
Esclarecimento: Há pessoas na vida que se acham importantes devido à profissão que têm; outras limitam-se a achar que o fazem na profissão é importante...
Desculpem interromper...
100 razões para amar Beja - 26
Durante demasiados anos, Beja viveu com uma terrível lacuna, que os empresários locais eram impotentes para saciar!
Quem é da minha geração, como todas as gerações anteriores, recordam com uma tristeza hoje alegre as ruínas que ocupavam o centro da cidade, bocados de um edifício sem serventia, que parecia condenado a ser esmagado pelo alegado progresso, para se deixar substituir por um qualquer condomínio de pequeno luxo. Mas assistimos ao milagre da reconstrução e onde eram despojos erigiu-se uma excepcional Pousada, que oferece à cidade um hotel ao nível dos bons hotéis portugueses!
Num antigo Convento Franciscano do século XIII, em pleno centro histórico da cidade, nasceu a imponente Pousada que congrega um envolvente misticismo entre um Convento e as exigências de conforto, uma mistura entre o sagrado e o pagão, onde ao excelente serviço se junta a riqueza gastronómica (embora o restaurante nem sempre seja coerente).
Com reminiscência em 1268, data que assinala o aparecimento da Comunidade de S. Francisco em Beja, teve um dos seus pontos marcantes em 1304 quando numa das caçadas do rei D. Dinis, numa luta feroz com um urso, fez preces a S. Luís, mandou construir a capela no convento de S. Francisco, em acção de graça pela intervenção milagrosa deste santo, que o invocou dando-lhe a força necessária para matar o urso que contra ele investia.
Com arquitectura religiosa e gótica, a capela tumular possui uma planta exteriormente rectangular e é um ex-líbris do monumento, que caiu em desgraça no século vinte, tendo sido mesmo um decrépito quartel de província. Até que em boa hora as Pousadas de Portugal agarraram no histórico monumento e depois de demoradas obras ofereceram à cidade um espaço único para jantar ou tomar um café, para pequenos eventos e para oferecer a quem nos visita um espaço excepcional!
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
O desemprego não para de crescer...
Desculpem interromper... (com Adenda)
A vida privada de Salazar...
Basicamente ficamos a saber que Salazar era um
Fora de contexto: Música nova, de um genial compositor...