quinta-feira, abril 30, 2009

Estou doida! É hoje que o Deus vem à cidade... (Com Adenda)

Vamos todos gritar Tony Carreira, que esta noite anima a Ovibeja!

Adenda cheio de nervos: Afinal o Tony vem ou não vem? Digam- me porque preciso saber se visto ou não cuecas lavadas!

A Sombra da Chuva, por Margarida Brito

Tenho a mania de ler o que se escreve em Portugal. Por esse motivo, já regressei a casa carregando muita e cara porcaria literária. Embora sempre achei que um mau livro continua a ser algo muito bom! Mas se tenho tara pelos clássicos, a mania de ler autores portugueses permitiu-me conhecer coisas maravilhosas como Enquanto Salazar dormia, de Diogo Amaral ou o interessantíssimo Estranha forma de vida, de Carlos Ademar (que bem mais tarde descobri ser o pai da coxa).
Cheguei à Sombra da Chuva de uma forma diferente. Desde logo, o nome da autora oferece-me recordações de um passado longínquo, a coincidência homónima de alguém que me tentou ensinar a sorrir.
Confesso que termino a leitura irritado com a Autora arrepiado com o ultimo capítulo. Eu sei que a inveja é pecado, mas encantou-me o detalhe em cada frase, o modo criterioso como escreve cada palavra, os silêncios no livro (não consigo explicar melhor, do que usando esta enigmática expressão), a forma excepcional como trata a língua portuguesa, o facto como em cada página nos recorda como é saboroso ler algo bem escrito.
A Sombra da Chuva não é um romance para ler na praia ou durante o trajecto de metro: o livro merece uma lareira acesa e um copo de bom vinho em copo alto, um queijo que terá de ser de Serpa, para saborear com calma, beber da experiência de Alma, aprender com a triste alegria da pequena Flávia (a quem só faltam uns caracóis) e encontrar a Sancha que temos dentro de nós, ou bem próximo de nós...
A Sombra da Chuva é um livro que se passa no Inverno, onde a chuva bate na janela de vidro cuspida por um céu cinzento breu, em que as palavras nos convidam a pensar: é preciso algo mais para dizer que é uma leitura fascinante?

Porque a Ovibeja desceu sobre a cidade...

Quando estas palavras brotarem do rádio do paciente ouvinte, já estará a decorrer a 26ª Ovibeja, goste-se ou não, a maior feira do Alentejo e provavelmente a mais importante do Sul do País.
Uma Ovibeja diferente, em versão mini-saia, abandonando os tradicionais nove dias, para se cingir a apenas cinco. Esta alteração, bem como a instabilidade climática e a conjuntura económica, permitem supor que esta será a mais incerta Ovibeja, desde o ano em que os animais de quatro patas foram expulsos da feira por alegadas razões de saúde pública.
Porque esta crónica está a ser gravada antes do inicio da Feira, apenas posso adivinhar que nesta quinta feira, pelos cantos da cidade se resmungue que os bilhetes são caros, que os espaços caríssimos, que os concertos não são grande coisa, que o bigode do Castro e Brito esteja feio, que a comida é cara e as bebidas não chegam para tanta sede e outras quaisquer temáticas com que nos amamos entreter. Bejense que é bejense adora a auto-flagelação e nem o estupendo sucesso da Ovibeja cala as más-línguas!
Nunca vi a Ovibeja como uma vaca sagrada, pelo que eu próprio nunca tive pejo em fazer sugestões, apontar caminhos ou criticar aquilo que me parece poder ser melhorado. Mas procurar humildemente contribuir para que a Feira se torne ainda melhor, não é amesquinha-la nem desprezar a sua transcendente importância!
Irrita-me a frase de que a Ovibeja é de todos e sempre afirmei que a proposição é um disparate! A feira pertence à ACOS e é integralmente paga por capitais privados: se tiver lucros, os parabéns a quem a organiza, se tiver prejuízos, não será o meu dinheiro a ter de suporta-los. O que, sublinhe-se, é algo quase raro na nossa cidade, onde praticamente todos os eventos são suportados por dinheiro público, o que permite aos senhores que controlam estes orçamentos, todos os dislates, porquanto sou eu e quem me está a ouvir que vamos ter de pagar as escolhas erradas dos nossos estimados eleitos!
Criticar é uma nobre arte que todos cultivamos. Mas, quando se pretende ser intelectualmente honesto, antes de atirar a pedras à Ovibeja, importa repetir muitas vezes a excelência do trabalho realizado e dar o devido tributo à organização, agradecer o muito que têm feito por essa cidade! E se no balanço que fizer, ainda achar que a Ovibeja tem mais pecados que virtudes, recorde-se que ninguém é obrigado a ir. Pode sempre ir à Feira de Agosto, que não paga para entrar…

quarta-feira, abril 29, 2009

Passatempo Ovibeja

Porque sim, o Viagra e Prozac vai organizar um Passatempo Ovibeja, no qual o vencedor habilita-se a ganhar absolutamente nada e um prémio especial de coisa nenhuma!
"Amande-me" para o mail ireflexoes@gmail.com as suas patéticas fotos da Ovibeja. A pior de todas será a vencedora!

Adenda quase dentro de contexto: Expliquem lá aos meus leitores onde podem comprar as pulseiras para a Ovibeja, que andam doidas a pesquisar no Google!

Estas gajas do Século XXI...

Não se trata de misoginia. Mas para um tipo que é quase romântico é chocante lidar com as gajas do nosso tempo, que nos trata sem o menor carinho. A meio da manhã, encontro marcado com duas, que sem um beijinho ou um mimo me mando tirar a roupa toda, tiram-me fotografias quase eróticas e têm o desplante de se despedir, sem sequer me dizerem o nome ou darem o número de telefone!
Mais. Vim de lá convencido, que mal eu sai, chamaram logo outro para lhe fazerem o mesmo! Umas doidas, é o que são!

Pois é, meu bom leitor...

... quando leio algo assim, fico ainda mais convencido do que escrevi aqui!

100 razões para amar Beja - 62

Um dos pecados originais da nossa cidade é a questão do urbanismo! Tão misterioso como uma virgem ter filhos, são as estranhas razões porque as casas em Beja são tão más e caras! Se fosse uma coisa boa, até podia ser milagre, mas, como é terrível para quem escolhe ou é obrigado a morar por cá, só pode ser incompetência ou bruxedo!
Beja é rodeada por planícies que chateiam até perder de vista, pelo que nada justifica a construção em altura, nem que as ruas novas sejam acanhadas com as casas metidas umas nas outras. Como a especulação imobiliária de que a cidade tem sido vitima nas ultimas décadas, não tem nenhuma razão justificativa.
Raros são os casos em Beja de construção de excelência e, nestes raros exemplos, os preços são proibitivos para quem vive de um salário honesto! Como apenas razões da mais pindérica alergia ideológica conseguem explicar que esteja vedado a praticamente todos os munícipes construírem na cidade uma moradia, empurrando-os para Cuba, Neves ou, como está agora em moda, o Penedo Gordo (onde, daqui a uma década, se vai compreender como são feias aquelas vivendas que a minha geração agora adora, completamente desenquadradas do local!).
Por falta de planeamento, o centro da cidade faz concorrência ao cemitério, onde prédios abandonados anseiam por um inspirado bulldozer que os derrube; a inovação foi uma tal de Colina do Carmo, um tremendo disparate que nasceu da insistência surda, comendo fundos que seriam muito melhor aproveitados em outros locais.
Não se espere de ninguém, ainda mais em plena crise do imobiliário, que resolva em pouco tempos os disparates que demoraram décadas a cristalizar-se; até porque, enquanto persistirem largas dezenas de apartamentos em pranto para serem vendidos, é muito complicado corrigir-se a patética situação actual.
Mas não podemos é resignarmos e urge ouvir os melhores nesta área, para que com eles se possa inverter a desgraçada situação actual. Porque a cidade precisa e merece...

terça-feira, abril 28, 2009

Ovibeja, Pavilhão do Azeite

Desde há muito que assumi que tenho uma tara pelo azeite! Pelo que fiquei encantado por a Ovibeja ter escolhido - e muito bem - por destacar este ano o azeite, oferecendo-lhe um Pavilhão específico. Disse e mantenho, que só por isso, já valia a pena ir à Ovibeja.
Fui agora visitar o Pavilhão do Azeite e venho encantado: será um crime de lesa cidade que não se reúnam as condições para que este Pavilhão perdure na cidade mais umas semanas, permitindo que o maior número de pessoas o visite! (se eu tivesse responsabilidades autárquicas, já estava a fazer algo para isso, porquanto, não acho que esse ónus seja da Acos)!
Humildemente, convido todos os bejenses e os restantes visitantes da feira a fazerem a visita guiada (confirma-se que os alunos da agrária não se inscreveram para guias?!!).
Termino com o mais importante: já repararam na enorme similitude entre uma azeitona e uma vagina? Um dia ainda vamos comer azeite de grelo...

Gripe Suina

Importa deixar claro que não há ainda nenhum caso detectado em Portugal. Numa região em que a suinicultura tem um grande peso económico esclarece-se que o vírus não se transmite pelo consumo de carne de porco. No entanto e até ulteriores estudos, a Direcção Geral de Saúde aconselha os portugueses a não terem relações sexuais com porcos!

Ensino Obrigatório de 12 anos

Contrariamente ao que praticamente todos pensam, critico esta nova invenção (que por acaso não é nova) do Ensino Obrigatório até ao 12º ano!
Acho que fica bonito nas estatísticas, dá um ar de modernidade e inovação, mas uns quantos adjectivos bonitos que agora não tenho paciência para escrever, os sindicatos gostam porque dá empregos, mas, é inverter um conceito que me parece fundamental: ver a educação com um dever, não como um Direito!
Obrigar a permanecer na Escola quem não quer, não apenas prejudica quem quer aprender, como vai traduzir-se em incrementar os muitos problemas que já existem. Abrindo ainda mais a porta do facilitismo. Mais. A ideia da bolsa aos estudantes para convencer as famílias a deixar os filhos na escola, é uma idiotice: os miudos de hoje não abandonam a escola porque os pais os obrigam a trabalhar, abandonam por preguiça ou para ganhar dinheiro - as mais das vezes ilegalmente - que utilizam exclusivamente nos seus gastos egoístas, não entrando na economia doméstica!
E, só não digo mais, porque estou com uma porrada de sono e vou-me deitar!

100 razões para amar Beja - 61

Chamam-lhe "policias mortos", expressão pejorativa, mas que não deixa de ser "bem metida"! Pessoalmente tenho uma relação bígama com as lombas de segurança vomitadas nos asfalto. Claro que as mesmas me irritam profundamente, mas perante a insensibilidade de tantos condutores que procuram no acelerador do carro, compensar as suas disfunções sexuais e afectivas, sou forçado a aceitar que as mesmas têm necessidade de existir.
E até vou ao ponto de admitir que as mesmas não fazem falta apenas junto a escolas; perante a imbecilidade de quem conduz, admito que nas zonas residenciais as mesmas possam ser necessárias: recordo de morar uma rua habitacional, com estrada estreita e pouco estacionamento, onde energumenos passavam a dar quase tanto quanto o carro dava, curiosamente as mais das vezes, com a música bem alta!
Mas por mais que pense pela minha alegre e triste cabeça, não consigo perceber a razão porque uma mente pensante se lembrou de plantar duzias de lombas na Avenida do Modelo. Recordo os mais desatentos, que no raio da rua não mora ninguém, não há escolas nem jardins de infância, é dos raros casos na nossa cidade que temos ruas largas, a zona comercial está perfeitamente protegida por um passeio!
Aliás. Que raio tem a munícipio e a policia contra esta avenida? Eu sei que com as ruas que temos na cidade é extremamente complexo conseguirmos ser multados na cidade pelo grave crime de conduzir a 55 km/hora, mas é mesmo necessário tantas operações "Estope" neste local, logo logo após a curta descida que faz embalar o veiculo para a contra-ordenação?
De regresso às lombas, admito-as como um mal necessário, que os danos que causam nos carros são menores que os prejuizos que podem evitar. Mas plantá-las deverá exigir calma e ponderação, distribuindo-as onde realmente fazem falta, com critérios que se compreendam, não deixando no ar a ideia que a escolha do local teve uma única motivação: chatear, pelo prazer de incomodar!

segunda-feira, abril 27, 2009

Terminou agora... (Com Adenda)

... mas presumo que praticamente ninguém tenha visto! Mesmo aquelas pessoas que viram. Para mim, a sua melhor intervenção de sempre, com partes verdadeiramente empolgantes! Cada vez estou mais convicto do que escrevi aqui! E depois desta noite, outros vão pensar como eu!

Adenda: Interpretar que com as seguintes palavras "Eu sentir-me-ia confortável com qualquer solução em que eu acredite, em que eu acredite que a conjugação de esforços e, especialmente, a conjugação de interesses - interesses no sentido do país - são coincidentes" Manuela Ferreira Leite abriu a porta ao bloco central é uma honestidade intelectual ao nível de afirmar que Manuela Ferreira Leite pondera a possibilidade de praticar o coito com Sócrates no Telejornal da TVI com a da boca grande a bater palmas!

25 de Abril, sempre...

... mas o Abril de Novembro, não o de Março.
Não participo em nenhuma das iniciativas comemorativas do 25 de Abril - que sempre me pareceram um pouco patéticas - porque nunca precisei de meter um cravo na lapela e gritar Abril sempre para não me esquecer que sou democrata!
Como em todos os anos, ouvimos nestes dias alguns gritaram que morreu o espírito de Abril, brandir contra a democracia colocando-a em causa e as recorrentes insinuações sobre a falta de liberdade de expressão. E o uso e abuso de expressões fascizantes de forma tola e recorrente.
Com data venia acho que este é o maior branqueamento que se pode fazer ao período Salazarista!
Nas últimas três décadas - e não obstante alguns dislates revolucionários - Portugal cresceu muito, em todos os níveis, seja qual for o indicador! E procurar nega-lo é espírito de avestruz!
Não tenho filiação partidária e desde há muito que sou severo crítico dos partidos, obcecados em alimentar as suas clientelas, usando o aparelho de Estado (central e local) como algo de sua propriedade usada para servir os mais escusos interesses! Como, desde sempre defendi e há muito que escrevo, que de todos os pilares da democracia continua a faltar o da Justiça, pedra absolutamente indispensável no Estado que se deseja de Direito: deve envergonhar-nos a todos que um cidadão anónimo demore 5 anos para conseguir uma acção de despejo, as empresas largos meses para receberem uma factura, que um zé anónimo ou um zé sócrates passem anos com o estigma de uma pseudo acusação sobre eles, sem que nada se decida, ou casos como a Joana, Maddie ou Casa Pia!
Mas criticar os poderes e ser exigente com a democracia, não é pretender negá-la como alguns pseudo democratas tanto fazem!
Faço parte do eleitorado flutuante, tendo votado quase sempre entre o PS e o PSD; se a memória não me falha, apenas votei uma vez CDU e duas CDS. E raramente me arrependi das escolhas que fiz. É verdade que Portugal continua pobre e com tremendas dificuldades, aumentadas pela crise internacional. Mas felizmente que na ressaca da revolução o povo foi sábio do caminho que seguiu e hoje as nossas referências são os países europeus, não Cuba, China, Vietname ou a Correia do Norte, para não falar da moribunda Russia!
Uma última nota para a liberdade de expressão que dizem estar em risco! Haja vergonha e respeito por aqueles que deram a sua vida a lutar pela liberdade! E para os mais desatentos, deixo apenas uma frase: antes falar era um perigo e pagava-se caro pelo direito de dizer o que se pensa! Hoje, se alguns calam o que pensam, não é por tecer as consequências, mas por saberem que se tiverem calados conseguem ser favorecidos! E não me peçam para confundir coragem com canalhice!

Preparam os grelos, que é já esta semana...

Porque a Ovibeja está aí à porta - por acaso, fui agora espreitar e não vi ninguem no meu corredor, mas enfim -, dizia eu, antes da tolice, que porque a Ovibeja começa esta semana, o Viagra e Prozac é solidário com a iniciativa, pelo que ali ao lado, em homenagem à grande feira do sul, oferecemos as musicas da Ovinoites.
As minhas desculpas aos leitores pela poluição sonora, mas este evento marca o regresso deste blogue aos seus melhores momentos musicais!

100 razões para amar Beja - 60

Passo lá de quando em quando, embora cada vez menos vezes. Curiosamente, provavelmente até mais vezes de noite que de dia!
Quando terminar este texto e o deixar ao crivo dos que cometem a penitência de me ler, vou ver escrito neste blogue que é tão seu como meu, que são inevitabilidades da vida e que nada se pode fazer contra, que são coisas da vida moderna, que a culpa é dos ricos e dos poderosos, provavelmente deste e de outros governos, ou que afinal o raio da culpa é uma gaja feia e velha que de tão hedionda morreu solteira e abandonada!
Vão explicar que nada há a fazer, pelo que a minha nostalgia triste é uma imbecilidade ou uma afronta ao poder instituído! Mas confesso que não me resigno em olhar aquelas paredes mal pintadas e os bancos que conversam sozinhos sem ninguém para aconchegar! Não me calo perante o silêncio daquele local, onde desapareceram as palavras e os sorrisos, onde as crianças já não brincam e os velhos não conversam, onde não passam as pessoas que outrora ofereciam vida ao local.
Não vou carpir para o peditório de saber se as obras da Polis melhoraram ou descaracterizaram o local, porque esmurrar facas é um desporto violento! As coisas estão como estão e porque o passado é algo que não volta atrás, resta-nos sonhar o futuro.
E um futuro em que a Praça da República não seja um local sombrio, onde as pessoas apenas vão quando as Finanças, o Centro de Emprego e a Câmara as obrigue, um inóspito local onde ninguém se afinal se pode ou não estacionar, onde o trânsito ficou confuso e não há nem comércio nem cafés que nos ofereçam uma esplanada tranquila. Uma Praça com tantas casas vazias, onde os silêncios são soturnos e as paredes despidas, sem alma, sem vida. Como um banco de jardim abandonado, onde já não se senta ninguém...

domingo, abril 26, 2009

Não percebo esta mariquice...

... de as televisões perderem quase três minutos a falar de D. Nuno Álvares Pereira, só porque é português e agora Santo. Ainda se fosse o Cristiano Ronaldo a ganhar um prémio...

Depois de passar o fim de semana...

... com Henrique VIII, dou por mim a pensar se todos têm na sua vida uma Ana Bolena!

Porque hoje ainda é 25 de Abril..

Num momento de profunda confusão ideológica, em que a crise do subprime levou os Governos de Direita a nacionalizar Bancos perante o queixume da Esquerda, mais do que nunca exige-se um esforço de clarificação, demonstrar os tons claros de uma clivagem que dividem duas filosofias de vida, diferentes perspectivas de encarar o mundo, distintos modelos de vida.
Tomemos com exemplo as mulheres: basta um singelo olhar para compreendermos as inúmeras diferenças que separam uma mulher de esquerda de uma mulher de direita. E não me refiro a aspectos meramente acessórios: aquilo que as de esquerda não gostam muito de tomar banho, sendo evidente, não deixa de ser um pequeno pormenor. E, sinceramente, sempre achei que essa coisa de tomar banho era sobrevalorizada!
Não me apetece ser fútil, mas num texto com estas características era incompreensível não deixar a pergunta: se as lojas dos chineses fechassem, onde é que as tipas de esquerda iam comprar a roupa? Será que é uma obrigação ideológica vestirem aqueles trapos largos? Será a roupa justa uma injustiça social? E aqueles cabelos? Alguém me explica a razão? Da ultima vez que meditei sobre o tema, as Cabeleireiras não eram propriamente multinacionais capitalistas exploradoras dos operariado, mas jovens atiradiças de classe média-baixa com demasiada água-oxigenada do cabelo, pelo que, honestamente, não vejo qual o problema de passarem lá uma vez por mês para desempeçarem os cabelos. E não falo de extremismos: não me passaria pela cabeça sugerir a uma mulher de esquerda que fosse a uma estética desbravar “o vale peludo”, porquanto compreendo bem que quem não faz o buço nem apara os pêlos debaixo dos braços, se iria sentir incomoda com a dita cuja depenada!
Mas, o que realmente distingue uma mulher de esquerda de uma de direita é ao nível da sexualidade. Esclareço que pretendo com esta Douta reflexão explanar uma visão imparcial e objectiva, pelo que não se procurem nestas linhas encontrar qualquer hierarquização de preferências: para que fique claro, estou convicto que uma mulher, seja de esquerda ou de direita, desde que diga que sim e no fim gema, se quiser estar comigo, fica perto da perfeição!!! Mas, como dizia, a intimidade distingue as mulheres dos diferentes campos ideológicas; desde logo, como é consabido, têm diferentes visões sobre o “fazer o amor”, sendo que, como todos sabem, a mulher de Direita pratica o coito para procriar e a de Esquerda para abortar!
No que diz respeito ao coito anal, as mulheres de Direita não têm serventia, provavelmente por recalcamentos religiosos; no entanto, sublinhe-se, que a componente cristã torna-se muito útil no que ao sexo oral concerne, porquanto, desde petizas habituadas a ajoelharem-se de olhos bem fechados, basta dizer que é a hora da hóstia para escancararem a boca e com agrado recebem a penitência.
Uma menção final, para os apreciadores dessa imundice do sexo em grupo: é profundamente desaconselhável persuadir a mulher de Direita a participar, porque elas têm aquela mania da propriedade privada, agarram-se ao seu “património” e impedem-no de partilhar a sua riqueza; por outro lado, a mulher de esquerda apenas se realiza completamente numa democrática orgia, oferecendo os seus meios de produção ao povo, agarrando nas mãos as “bandeiras” do proletariado, usurpando o “capital” até à ultima gota, sem classe nem estado, na procura do bem comum, pensando sempre naqueles com mais necessidades…
(repost)

Qual a sua opinião...

... sobre a forma como decorreram as comemorações do 25 de Abril em Beja?

Eu sempre disse que as frutinhas são umas doidas...

sábado, abril 25, 2009

Telma Monteiro vale ouro...

Depois de ter sido flagelada por não ganhar medalhas nos Olímpicos, Telma Monteiro mostrou a sua raça e tornou-se campeão de Europa após dar porrada a uma bifa. Parabéns, grande benfiquista!
Já agora: eu serei a única pessoa a ter piedade do namorado dela quando se porta mal? O meu bom leitor imagina-se a pingar o chão do wc se namorasse com a Telma? Valia a pena pensar nisto. Ou não. Você é que sabe!

Nova Ruralidade, por Jorge Pulido Valente - Parte II

Tinha ameaçado aqui regressar a este tema, apesar de não tencionar transformar o Viagra e Prozac no órgão de propaganda da candidatura da qual sou assumidamente apoiante! Mas tinha prometido uma palavra sobre uma proposta que me agradou sobremaneira.
Refiro-me à criação de hortas comunitárias em vários locais do concelho. A ideia consiste em permitir a que habitantes da cidade, aldeias e vilas possam dedicar-se ao pequeno prazer da agricultura, cultivando aquilo que lhe aprouver, num espaço público, bem arranjado e usufruindo de alguns instrumentos da autarquia. Mais que ajudar a contribuir para a economia doméstica em tempos de crise (o que só por si justificava a ideia), agrada-me sobremaneira colocar ao serviço dos cidadãos, um local de convívio e práticas de vida saudável, espalhados pelo nosso concelho!
Bem sei que provavelmente devia aqui falar nas ideias mais importantes ou da forma inovadora de construir o programa de governo autárquico, mas... gostei muitissimo desta ideia! (que obviamente não é minha!)

Porque hoje é 25 de Abril...

.... um enorme abraço para o Vitor que faz anos. Trinta e quatro. Que como é consabido é a idade ideal para os gajos!

sexta-feira, abril 24, 2009

quinta-feira, abril 23, 2009

Porque hoje é dia do Livro...

Se eu fosse hoje para uma ilha deserta, para além da insuflável, levava os Sete Minutos de Irving Wallace!

Ajude o H a comprar uma máquina de lavar loiça

Apesar de não gostar da publicidade nos blogues, porque esta é aleatória e da responsabilidade do Google, resolvi começar a fazer aqui publicidade. O objectivo é claro: comprar uma máquina de lavar loiça e o respectivo detergente, mais aquela merda tipo penduricalho que se coloca para os cheiros!
O papel dos leitores é deliciarem-se com a excepcional publicidade e com sorte podemos ter o prazer de ler coisas como "ponha peidos no seu telemóvel por apenas 4 Euros por semana" (curiosamente o mesmo preço de uma cabeça de borrego, o que não me parece coincidência). Lembra-se: a publicidade nos blogues pode fazer alguém feliz. No caso, euzinho!

PS - Caso consiga comprar a máquina, coloco foto do meu pirilau!
PS2 -Caso empresas da cidade ou a autarquia queira fazer publicidade neste espaço, podem contactar-me por pombo correio!

Ele vai crescer...

Boas notícias! Ele vai crescer. E muito! O PIB, leitores. Refiro-me ao PIB que vai crescer e muito devido a isto!

Nova Ruralidade, por Jorge Pulido Valente

Esta noite a candidatura de Jorge Pulido Valente apresenta o primeiro dos seus cinco pilares (mais um), no caso, a Nova Ruralidade, Coordenado por João Martins, numa sessão que se vai realizar em Beringel, pelas 21h30 (que neste caso também foi divulgada pela Rádio Voz da Planície).
Gosto muitíssimo de uma das ideias que vai ser exposta esta noite. Obviamente que não a vou tornar pública antes de ser divulgada, mas prometo dar destaque ao tema amanhã. Se quer discutir a cidade e contribuir com ideias, então este convite é para si!

Coisas realmente quase importantes...

Honestamente não compreendo porque os gajos insistem a frequentar bares e discotecas a procurar gado, se as gajas boas estão todas no Continente entre as 18 e as 20horas!

Nota aos Leitores: Pela primeira vez recebi dinheiro para escrever um post. In casu, este post tem o alto patrocínio da Liga Municipal dos Homens casados que odeiam ir ao supermercado!

Festas da Cidade e Festival da Juventude!

No ano passado a edilidade decidiu não comemorar o dia da cidade. E desde logo escrevi que este ano tudo seria diferente. Mas confesso que nunca pensei que fosse tão diferente: Carlos do Carmo e Xutos e Pontapés é um excepcional cartaz para as Festas da Cidade. E de borla, como é bonito em ano eleitoral!
Não vou tecer grandes comentários sobre evidências: o Partido Comunista Português fez o que todos os outros partidos fazem, usando o dinheiro de todos nós para a sua campanha eleitoral autárquica, procurando com pão e circo desviar atenções das inúmeras debilidades e faltas do actual mandato. E a crise económica nacional e mundial não pode atrapalhar o calendário eleitoral!
Mais interessante que as Festas da Cidade é meditar sobre o 1º Festival da Juventude, que vai decorrer em meados do mês de Maio, em plena ressaca da Ovibeja.
Se a memória não me prega uma partida, este Festival estava inscrito no programa eleitoral da CDU e visava substituir dois festivais de juventude que existiam na cidade. O que só por si não é um disparate, porquanto entendo ser preferível um bom festival que dois festivais medianos. Apesar de por razões ideológicas, preferir que a CMB apoiasse iniciativas de outros em vez de inventar uma sua, matando iniciativas da sociedade civil, aplaudo a iniciativa, porquanto a juventude da cidade, quer os que cá nasceram, quer os que escolheram esta cidade para estudar, merecem dos poderes locais carinho e atenção. E acrescento: ninguém mais do que eu, fica comovido quando ouve o Presidente da Câmara falar agora numa capital da juventude, depois de quatro anos de profundo desprezo por aqueles que são o futuro da cidade e da região.
Concordo com o local escolhido: o Parque de Feiras e Exposições têm condições excepcionais para este tipo de iniciativas, merece ser revitalizado e era uma tolice continuar a insistir na Casa da Cultura, que não apenas carece de condições, como era um inadmissível transtorno para os munícipes que habitam aquela parte da cidade. Sobre as bandas e as iniciativas escolhidas para o Festival, confesso-me impotente para opinar, porquanto é uma temática que não domino! Mas não posso deixar de tecer um comentário crítico à data que foi escolhida! E faço-o antes do Festival, abdicando da comodidade de ficar calado antes para criticar depois.
A data foi tragicamente escolhida, consequência lógica do secretismo eleitoral com que o festival foi concebido, decorrente do vicio de governar sozinho sem ouvir ninguém, excepto aqueles que se limita a dizer que sim a tudo! Não apenas se encaixa entre a Ovibeja e as Festas da Cidade, sendo portanto em comparação uma iniciativa muito menor e menos abrangente, como é totalmente incompreensível que se acumulem em vinte dias três grandes iniciativas para os jovens. Quando, ainda por cima, este festival vai concorrer com as inúmeras queimas das fitas e outras festas académicas, dispersando aquele que seria o seu público.
Se a CMBeja queria investir largos milhares de Euros num Festival da Juventude, a data escolhida teria de ser Setembro, fazendo-o coincidir com o regresso às aulas, num tributo aos alunos que escolhem Beja para estudar. Mas, para tal, era preciso ouvir pessoas e partilhar os louros…

Adenda: Daqui a algumas horas, vai poder ouvir este texto! Já pode ouvir aqui!

quarta-feira, abril 22, 2009

Nem vou escrever...

... a "cena" que vi agora, pelas seis de tarde, quando fumava um cigarro à janela, numa zona "semi-movimentada" da cidade! Os meus leitores iam pensar que estava a mentir...

Porque perguntar não devia ofender... (com adenda pelingrica!!)


... houve alguma Guerra Civil nas Neves por estes dias? Passei lá de carro e só me consegui recordar de Guernica. Salvou-se algo: o facto de ser obrigado a ir a Neves de Cima (é este o nome da coisa?) permitiu-me ficar deslumbrado com a vista sobre a cidade de Beja!

Eu não disse que era linda? Obrigado Isabel!

Desculpem lá perguntar...

... mas os meus leitores interessam-se pelo futebol do Inatel?

Não gosto de ti...

100 razões para amar Beja - 59

Uma das minhas mais amorosas características é o meu talento para confundir nomes e caras, o facto ternurento de ver uma cara conhecida no café e ficar sem ter a menor ideia de onde conheço a pessoa; tenho histórias lindas, de passar uma hora com alguém sem em momento algum conseguir recordar-me que é o sujeito. Ainda por cima sou coerente, porquanto também me esqueço de nomes de locais, autores, confundi livros e os actores.
Faço o preâmbulo supra, para deixar claro que o facto de eu falar em Bairro da Esperança - que de esperança apenas tem o nome - não significa que o Bairro não tenho outro nome qualquer e esteja a fazer uma das minhas deliciosas confusões!
O bairro em questão oferece modernidade à cidade e sem a menor dúvida que é cosmopolita! Sendo em Beja, podia ser nos arredores das maiores cidades portuguesas ou num qualquer gueto da nossa Europa. Não volto a usar expressão Centro de Comercial da Droga regional - para não ofender a PSP - mas mercado distrital de compra e venda de estupefacientes, bem organizado, um verdadeiro pólo empresarial, que emprega imensas pessoas (correios, traficantes, vigias, controladores, etc), que além de criar emprego, gera mais valias económicas, permitindo revitalizar o comércio no local, bem como os das ourivesarias, lojas de telemóveis e venda de electrodomésticos, porquanto, todos aqueles que são assaltados, para repor o seu património vão adquirir os bens que lhes foram surripiados!
A arquitectura do local é do género kitsch: cada um construiu como lhe apeteceu, acrescentou, demoliu, reconstruiu a seu "belo prazer", perante a indiferença de uma cidade que se recusa a olhar para aquele bairro, condenando os seus habitantes a fugirem de lá ou sobreviverem de acordo com as leis do bairro!
Há muitos anos que não entro pelo bairro. Como a maior parte da cidade, limito-me a passar ao lado, fingindo que não sei o que se lá passa, evitando olhar, porque continuamos todos com a mania de que o que os olhos não vêm o coração na sente. Como se fosse preciso! Como se mesmo sem ver o coração não nos sussurasse ao ouvido...

terça-feira, abril 21, 2009

Sócrates na RTP...

Provavelmente a pior entrevista televisiva de José Sócrates enquanto Primeiro Ministro!

Autárquicas em Alvito!

Segundo a noticia do Zig, já é oficial que João Paulo Trindade não está disponível para ser candidato a Alvito! O que sendo mau para Alvito é óptimo para a Estig. Recordo-me de há três anos ter ameaçado recensear-me em Alvito, para votar na oposição e contribuir para o regresso de JPTrindade à Estig.
A decisão entristece-me mas não me surpreende. Há mais de dois anos quando convidei o Drº João Paulo Trindade para uma "aula" sobre poder autárquico, saí da sala com a convicção profunda que não se iria recandidatar.
Não me pronuncio sobre o seu mandato: acho que nestes quatro anos fui a Alvito duas vezes, pelo que apenas acompanhei o seut trabalho pela imprensa, pelos blogues e através de algumas conversas pessoais. Mas sei que JPT é um homem profundamente recto e sério, pelo que intui que não fosse capaz de lidar com a baixa política, que continuasse a dar o melhor de si num projecto autárquico cheio de dificuldades, lidando com a impotência de um orçamento rídiculo, expondo-se a acusações torpes.
Mas o que tem de mais pertinente a desistência de JPTrindade é a constetação de algo doloroso: a política não é para independentes...

Festas da Cidade e o Festival da Juventude...

Conforme a propaganda da Rádio Voz do Município, este ano - curiosamente este ano - vamos ter um Maio gordo, com as festas da cidade e o festival da juventude a bombar.
Havia tanto para dizer sobre isto. Mas agora não tenho tempo...

Europeias 2009

Por puro masoquismo e insensatez, tive a patética ideia de assistir ao debate com os candidatos às eleições europeias! Assustador. Ao assistir tive vontade de emigrar, ser lelo ou experimentar ser gay por seis meses.
Alguém me recorda a data das eleições para marcar férias para esses dias?

100 razões para amar Beja - 58

Não sou arquitecto. Muito menos um urbanista (caso a palavra exista mesmo). Nem sequer tenho ideias muito concretas e definidas sobre um modelo para um bairro na cidade. Sei que não gosto daquelas ruas acanhadas onde os prédios se acotovelam uns aos outros, em que cada vizinho mora dentro da janela do vizinho da frente, mas não me sinto com a menor competência para fazer os traços de um bairro ideal. Mas mesmo sem ser especialista, não me sinto impotente para deixar sugestões!
Gosto de espaços amplos. Gosto de ver espaços verdes, árvores com espaço para os pássaros fazerem amor e o seu ninho, espaços para o desporto informal, estacionamento condigno porque se as pessoas não são carros mas não vivem sem eles!
Não sou especialista, mas passeio para Beja e vejo um bairro excepcionalmente bem desenhado (apesar de não me entusiasmar a arquitectura específica dos prédios, mas admito que o passar dos anos tenha responsabilidades nesse facto), aquele por nós ainda conhecido por Bairro Alemão!
Tive anos sem lá passar.Agora amiúde atravesso o bairro. E o abandono é o traço que marca a actual arquitectura do espaço: desde a mata que está ao sabor do vento, às ruas que estão desertas, às casas indecorosamente habitadas, aos espaços imensos encerrados (o que é feito do hotel, dos clubes, do restaurante, das lojas, etc..), o descuido que namora em cada canto com o desleixo! Regressar ao Bairro Alemão, compara-lo com o seu passado, faz-me sentir saudades dos alemães. Serei o único?

segunda-feira, abril 20, 2009

Francisco Louça na Sic

Na entrevista a Mário Crespo - sem dúvida o mais coerente entrevistador em Portugal - Francisco Louça esteve bastante bem. Excelente a comunicar, com ideias concretas, discurso fácil e um conjunto de propostas muito agradáveis para quem está a ouvir. O problema é que se Louça é excelente na crítica e nas propostas fáceis, falta-lhe o resto, ou seja, explicar onde se vai buscar o dinheiro para pagar a festa. Porque se pretende acabar com todos os empresários, os impostos também desaparecem!

Eco XXI

Pelo menos...

... espero que tenham tido o cuidado de usar preservativo! Ou uma camisa de vénus...

Coisas de futebol...

O fim-de-semana futebolístico não trouxe nada de novo! Estranhamente o Benfica conseguiu jogar bem e ganhar, o Sporting venceu um jogo sempre complicado e continua a fazer amuos sobre a arbitragem e o Porto voltou a ter no árbitro o seu melhor jogador!

100 razões para amar Beja - 57

Não é especifico da cidade de Beja, mas uma fatalidade que arrasa o País, quiçá uma característica da lusitana portugalidade, provavelmente o componente genético que nos faz amar o fado e os regos. Mas na pacatez da colina bejense, essa triste característica alentejana surge ainda mais assoberbada, com uma nitidez asfixiante. Quero sublinhar hoje a mentalidade bejense, este triste fado para a mesquinhez e a calúnia, uma estranha forma de vida de se meter na vida dos outros para evitar o complexo exercício da introspecção.
Mais do que uma cidade em que quem tem um olho é rei, excitamo-nos a procurar tirar os olhos dos outros por ver na desgraça alheia a nossa intima alegria. Beja é - ou fizeram dela - uma cidade profundamente amorfa, acomodada na sua desgraça, que perdeu a capacidade de sorrir e sonhar, como aquelas pessoas jovens que de repente se sentem velhas! Vivemos o nosso quotidiano com aquele exasperante espirito do "estou mais ou menos, nem bem nem muito mal", mais preocupados em invejar do que em procurar um novo rumo para nós e para as nossas vidas!
Falta-nos empreendedores, sonhadores, pessoas e projectos que nos consigam mobilizar e acreditar que o impossível é possível, que nos motivem a lutar por um futuro diferente do presente, a coragem para não nos resignarmos e acreditar que os sonhos não existem apenas no mundo da fantasia.

domingo, abril 19, 2009

Coisas da minha terra...

Já o repeti ad nauseum que a mais consistente e bonita entrada da nossa cidade é a do cemitério! O muro branco joga bem com o Parque da cidade que se adivinha, o prédio em frente ao Mira Mortos está bem conseguido e as vivendinhas feita à prisão está arranjaditas e não ofendem a igreja. Mas agora esta entrada está ainda mais bela. Ficou excepcionamente bem o prédio ao fundo da rua que está a acabar de ser construido. Linhas modernas sem ofenderem o tradicional, grandes janelas e uma entrada deliciosa, com um enorme passeio que dá espaço ao.. espaço. Parabéns a quem o construiu!

PS - Uma breve nota para o dono do prédio. Faz parte da tradição deste blogue, sempre que deixo um público elogio a uma empresa privada, um pequeno gesto de reconhecimento. Por exemplo, se digo bem de um restaurante oferecem-me um jantar, se deixo um elogio a um bar pagam-me uma cerveja, se elogio um café não pago a bica. Entendeu a ideia? Um T2 chega perfeitamente!

O prazer de voltar a falar na bimby

Os mais antigos leitores sabem o carinho que sinto pela Bimby. Aliás eu quando for mais velho quero ser uma bimby! E ao ver esta foto não resisti roubar (furtar, cara colega). Porque está fabuloso! (aos mais recentes leitores recordo este texto, que vale pelos comentários)

Coisas realmente quase importantes...

Quando um tipo fica sem detergente para lavar loiça e resolve pedir à vizinhança chega a duas quase brilhantes conclusões! A primeira que as vizinhas da vida real nunca são tão sensuais como as artistas dos anúncios de televisão e afinal não basta uma gota da porra do Fairy para lavar a loiça toda.

sábado, abril 18, 2009

O mais divertido de ter um blogue...

... é ler o statcounter, ou seja, as estatísticas do bicho, nomeadamente aquilo que as pessoas procuram no google para entrar no blogue! Hoje tive três pesquisas mais ou menos assim: "a professora boazona da estig"!
Aceitam-se apostas!

Rapidinhas de sábado antes de ir ler para o café...

1. Jorge Sampaio disse esta semana que a Obamamania foi exagerada! É o primeiro mea culpa de muitos que se vão seguir. Eu mantenho o que aqui escrevi, em plena Obamaorgia!
2. Sou viciado em Miguel Sousa Tavares. Mesmo quando é teimoso e preconceituoso é uma delicia lê-lo! E no artigo de hoje no Expresso - com excepção ao seu ódio à blogosfera - bebi cada palavra. E é giro ler o que ele escreveu hoje e recordar o que escrevi aqui!
3. Vamos falar de coisas importantes: precisa da 3ª e 4ª temporada da How I met your mother e da segunda (pode ser também a primeira) do Dirty Sexy Money.
4. Agora não me recordo da quarta coisa que queria dizer! Mas um post numérico sem quarto não fica bonito!

O circo desceu à cidade...

Devo ser provavelmente a pior pessoa no mundo para escrever um elogio ao circo! Desde puto que os palhaços me irritam, por razões clubisticas não gosto de leões e com todo o respeito do mundo pelos elefantes, se quero ver trombas olho-me ao espelho!
Por outro lado de todo o léxico português o sentimento que mais me enerva é a "piedade" (e uma pessoas bem próxima de mim sabe a irritação que me causa a expressão "coitadinhos").
Mas confesso que sinto algo muito similar pelos artistas do circo! Acho que haverá poucas actividades na vida tão pouco compensadoras e duras como a arte circense, abandonada pelo público, percorrendo o País com a vida nas costas, juntando cada tostão para alimentar os animais, um novo recomeço em cada aldeia, cidade ou vila, conduzidos pela paixão e pela tradição, um verdadeiro amor à arte!
Passa por lá este fim de semana e leve o seu filho ao circo: ajude a manter vivo aquele que foi o espectáculo mais grandioso no mundo. Pense numa coisa: eu em puto não ia ao circo e vê a merda de resultado que deu??!!!

sexta-feira, abril 17, 2009

Quase que valia a pena pensar nisto...

Numa época onde todas as pessoas têm que ser belas, corpos danone light, cabelos lindos, aspecto cool e pilas grandes e robustas, a vida oferece-nos momentos arrepiantes como este! Chama-se Susan Boyle e você vai ouvir falar muito nela. Veja aqui o video que é algo absolutamente fantástico! (Eu prometo que um dia aprendo a colocar videos aqui no blogue!)

Pense nisto... (Com Adenda)

Esta miúda que é gira que se farta chama-se Teresa. E precisa da sua ajuda! Precisa urgentemente de um transplante de medula. E você pode ser a salvação dela. Pense nisso...

Adenda: Algum leitor(a) com conhecimentos de medicina ou enfermagem, pode explicar como é o procedimento, ou seja, o que fazer se eu quiser ajudar? Desde já obrigado!

O Aeroporto de Beja



O percurso do Aeroporto Civil de Beja é um pouco o retrato de uma cidade e de uma região. Legado da Força Aérea Alemã – tal como outras das mais importantes e emblemáticas obras da arquitectura urbana da cidade, que os bejenses não souberam aproveitar -, foi posteriormente ocupada pela Força Aérea Portuguesa que desde há duas décadas “brinca” aos aviões, esbulhando à cidade um equipamento essencial para o desenvolvimento de Beja e do Baixo Alentejo!
Perde-se no tempo as discussões para o aproveitamento civil do aeroporto! Uma obra, que sublinhe-se, era extremamente fácil e barata de ser feita, não existindo nenhuma razão objectiva para que o aeroporto civil não tivesse a funcionar há mais de uma década!
É curial dizer-se que o Aeroporto Civil tem sido uma aspiração de todos os bejenses. Nunca me pareceu que a frase fosse verdadeira. Muitas têm aberto a boca para falar do Aeroporto, mas são muito poucos aqueles que contribuíram para que o projecto se tornasse uma realidade. Se muitos usam esta obra como bandeira, a verdade é que os poderes locais e centrais têm recorrentemente escamoteado este projecto, com a complacência passiva de praticamente todas as forças vivas da região! Que assistiram com um estranho silêncio e apatia ao deslocalizar para Évora de investimentos que tinham todo o sentido terem sido feitos no aeroporto de Beja, de modo a permitir e optimizar a sustentabilidade económica do investimento.
Durante os anos em que existe a Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, a EDAB foi mais vezes noticia por polémica relativas à nomeação de administradores e condutas do mesmo e pelos atrasos nas obras, do que pelo trabalho que realizou. Até porque na determinação estatutária das finalidades daquela empresa, manteve-se a indeterminação se a mesma teria ou não poderes para gerir o aeroporto.
Demorando muito mais do que era necessário, fez-se a pequena obra para o aproveitamento civil, obra essa cuja necessidade sempre suscitou questões, porquanto dentro da actual base sobeja espaço e equipamentos: mas em Portugal sofremos da patologia das obras novas, típicas na pobreza dos que se acham novos-ricos. Pelo que, com mais mês ou menos mês de atraso, ainda no corrente ano o aeroporto estaria pronto a receber a aviação civil.
Uso o condicional, porque na nossa azáfama pela auto-flagelação temos dado eco às mais absurdas insinuações sobre o estado da actual pista, em regra vomitadas por aqueles que são contra todos os investimentos fora de Lisboa e Porto. Como se aceitou sem protestar que a gestão do Aeroporto fosse oferecido à ANA, que tendo os meios humanos e técnicos, tem pouca vontade e interesse em dinamizar este aeroporto, que beneficiaria muitíssimo se pudesse entrar no jogo da concorrência, impondo-se como uma opção aos Aeroportos de Faro e Lisboa.
Mas comecei por afirmar que o Aeroporto de Beja é o retrato da nossa cidade: chegou tarde, depois de anos e anos de uma longa e injustificada espera, agregou em seu redor malícia e queixume, incompetência e apatia e quando a obra terminar, ainda falta tudo por fazer.
Com efeito, é absolutamente inaudito e inqualificável que o Aeroporto possa receber aviões, mas as estradas estejam tão degradadas que os autocarros não possam chegar ao local, que absolutamente nada tenha sido feito para ponderar a existência de comboio, sendo necessário aguardar com alentejana paciência pelo aparecimento do IP8. Como deveria envergonhar-nos a todos que a Câmara Municipal não tenha preparado absolutamente nada para receber o Aeroporto, nomeadamente a criação de um Parque Empresarial onde as empresas tivessem condições de excelência para se instalarem.
Continuo a acreditar que este projecto pode mudar muito e para muito melhor a cidade! Mas ninguém acredite que o culminar das obras vai ser a resposta às nossas legítimas esperanças! Depois do imenso tempo perdido, a luta por um Aeroporto Civil deve começar agora, obrigando o Governo a cumprir a sua missão, pressionando a ANA a defender os interesses desta região, impedir que os militares se arroguem dos donos do espaço e impondo à CMBeja que cumpra a sua missão. Porque um Aeroporto é muito mais do que uma pista e um edifício que diga Partidas e Chegadas…


quinta-feira, abril 16, 2009

Ovibeja no Conselho de Opinião

A Ovibeja foi o mote do último Conselho de Opinião (pode ouvir aqui), com a presença do Eng. Castro e Brito!
Foi feito o merecido elogio de que a Ovibeja é credora, com frontalidade foram expostas propostas e críticas, olhos nos olhos, entre pessoas que se respeitam mas que não têm medo de ter opinião e assumi-la frontalmente. Uma nota breve para o pavilhão do Azeite. Só por isso vale a pena ir à feira. Recordam-se do que escrevi aqui?

Bloguices...

O PS fê-lo e sublinhei isso aqui! E disse o mesmo da Ovibeja. Hoje digo do PCP, que também colocou alguns blogues na sua lista de imprensa, comunicando as suas iniciativas. In casu foi a apresentação dos candidatos à CMÉvora! Não deixa de ser curioso que este blogue não mereça o mesmo tratamento pelo PCP no Baixo Alentejo.
Fica o registo da apresentação da candidatura para o dia 19 de Abril no belissimo Teatro Garcia de Resende!

EDIA

Como português tenho grandes reservas em relação à EDIA. Como bejense, gosto imenso e defendo sempre! Só me faz confusão esta mania de ir recrutar pessoas fora! Em Beja não há pessoas competentes?

100 razões para amar Beja - 56

Das frases mais infelizes da vida politica portuguesa é a famosa tirada do Professor quando afirmou que dois homens igualmente inteligentes, partindo dos mesmos pressupostos, chegam à mesma conclusão! Puro disparate! Das coisas interessantes da vida é que duas pessoas lúcidas com a mesma informação e perante o mesmo facto podem ter conclusões e propostas totalmente divergentes.
Sou um apaixonado pela diversidade! Uso cinzento, mas abomino quem é cinzento por natureza! Gosto do debate, da discordância, de confrontar respeitosamente ideias! Acho que a multiplicidade é o principal encanto da vida; como acho que são as incoerências que fazem de nós pessoas coerentes!
Servem os preliminares - que ficam sempre bem - para deixar claro que aquilo que para muitos é uma excepcional mais valia da cidade de Beja, é algo que me irrita profundamente, uma das minhas embirrações de estimação.
Refiro-me àquela coisa dos hambúrgueres ruins, estupidamente estacionado na variante que beija a cidade, que dizem que se chama MacDonalds!
Eu sei que a maioria das pessoas gosta mais daquilo que coito! Há mesmo quem faça meninos para ter uma desculpa para ir àquela coisa comer aquelas tretas com nomes esquisitos, os Mactrampas e derivados. Que aquilo tem parque infantil, gelados e coca-cola! Que agora até parece que tem saladas americanas e sopas da globalização! E tem janelas e é colorido! Sei que os putos ficam doidos por aquilo e passam das mamocas das mamas para os hambúrgueres e que fazem birra se não vão e que só comem a sopa se forem! Infelizmente os meus sobrinhos também têm essa mania, apesar de ir a esta coisa ser a única coisa que não conseguem do tio (estou desconfiado que é por essa razão que gostam mais da tia!).
Mas.. aquela coisa irrita-me! Reconheço que é uma ancora da cidade, que arrasta comedores de hamburgueres de toda a região - escrevi e apaguei várias vezes a expressão que ia usar -, que oferece à cidade modernidade e mais coisa e tal... mas... confesso que preferia ver naquele local o Matias a vender bifanas e couratos! Manias...

quarta-feira, abril 15, 2009

Quando jogam portugueses...

... temos o dever moral de torcer por eles e desejar que eles tenham sucesso, não é?

Momento Paula Faz-me Bobone...


Questão de etiqueta para os meus leitores. Vamos supor que um tipo come canja de galinha como um porco javardo e caga as calças cremes todas, com lindas e obscenas nódoas! Está atrasado! Que deve fazer:
Hipótese A - vai a casa mudar de calças para não fazer figuras patéticas e atrasa-se cinco a dez minutos!
Hipótese B - para chegar a horas, anda meia tarde com calças porcas!

Habemus Chuva...

... e eu gosto. Acho que a chuva tem muito mais a ver comigo que o sol. Como a noite e o dia..

Ovibeja...

Faltam quinze dias para começar a Ovibeja. Estas duas semanas são as mais lucrativas para as empresárias da depilação. Especialmente a intima. Afinal, na Ovibeja todos querem mostrar o que têm de melhor...

100 razões para amar Beja - 55

Estive indeciso sobre o modo de abordar a querela. Bem como na escolha de um equipamento emblemático para ilustrar a questão. Até que me ocorreu o óbvio: recordar o edifício do Banco de Portugal!
Obra quase centenária, está abandonada desde que há duas décadas (penso eu de quê) quando o Banco de Portugal rumou para Évora, deixando esquecido um edifício arquitectonicamente excelente, sentado em pleno centro da cidade, junto de locais emblemáticos com a Pousada ou o Tribunal. Para ser eternamente esquecido, uma porta que se fechou há demasiados anos, esperando pacientemente que o tempo o faça cair e lhe apague a vergonha de apesar de tão belo e imponente estar completamente abandonado!
Podia ter chamado para a nossa tertúlia o excepcional imóvel onde funcionou a Cooperativa, na descida que abandono o Jardim do Bacalhau em sentido para o Largo do Carmo, a maioria dos edifícios da Praça da República, as casas que fazem companhia ao Tribunal, para citar apenas os mais conhecidos, os mais esquecidos.
Claro que a degradação da nossa história edificada, não é uma característica apenas de Beja, mas uma praga que corrompe o Pais de Norte a Sul, fruto das tolices legislativas que cristalizaram no tempo as leis do Arrendamento e o descuido lusitano pelas nossas tradições, o culto da efémera modernidade. Mas em meios pequenos as coisas são mais fáceis de solucionar. E se agora é moda o Estado produzir obra para compensar a quebra da procura externa e estancar o desemprego galopante, que tal um programa de recuperação de casas antigas?