segunda-feira, julho 03, 2006

O Ensino e o Direito


Cronologia de um Disparate - O Ensino Superior, tal como ele é…

Este é o ano de Bolonha; não se sabe muito bem o que é, mas começa a ser entendido como um magnifico expediente para baixar custos; é axiomático que o Ensino Superior vai perder qualidade, mas … quem se importa com isso.
A 24 de Março saiu a Lei, tendo as Universidades e Politécnicos uma semana inteira para fazer a maior reforma de sempre no Ensino Superior.

Neste contexto, uma pequena Escola na província, fez uma candidatura para um novo curso: Solicitadoria. As razões parecem óbvias para quem tem bom senso: existe procura no mercado e não existe oferta nas Instituições Publicas em mais de 2/3 do território nacional, pelo que seria socialmente relevante colmatar esta necessidade.

Apesar de ser inegável que o actual Ministro da Ciência, que por inerência também lhe chamam do Ensino Superior, tem dificuldades em lidar com a existência de Politécnicos e Universidades no Interior do País (porque se não o tivesse, não exigiria os mesmos requisitos para Instituições de Ensino em regiões com pouca população, do que se exige para os grandes centros urbanos, nomeadamente ao nível do numero mínimo de alunos), fez-se um trabalho homérico para cumprir os requisitos.

Meses depois, vem a decisão, completamente absurda: o curso é recusado com o fundamento que os recursos matérias não satisfazem (a decisão é do mesmo Ministério que não permite a construção de instalações próprias por entender que não são necessárias) e falta de recursos humanos para o 2º e 3º ano do Curso (pretendia o Ministério que fossem contratadas pessoas para desempenharem funções daqui a três anos???)

Falamos do Ministério que quer responsabilizar financeiramente as Instituições pelas suas escolhas mas que, simultaneamente, “corta as pernas” às Instituições que pretendem desenvolver o seu trabalho. Falamos do Ministério que recusa cursos em que existe procura e necessidade, ao mesmo tempo que aprova cursos em que inexiste procura ou necessidade.

E nós, por aqui vamos ficando, tentando ser sérios e empenhados no nosso trabalho…

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