domingo, junho 18, 2006

Civilização...

Escrevo estas linhas de Amesterdão. Ou melhor: de Amsterdan, para dar a este blogue um cunho cosmopolita…
Numa curtíssima viagem profissional, conheci um país que há muito preenchia o meu imaginário. Não irei dissertar sobre as “turbulências” de uma inesquecível viagem, com erros e disparates que por ora não quero recordar. Nem irei perder tempo em agradecer a tão hospitaleiros anfitriões, que se esmeraram em tornar esta jornada de trabalho, num muito agradável convívio. Também não vou discorrer sobre a excelente gastronomia que encontrei, embora seja pecado não deixar uma palavra amiga para os lacticínios.
O que neste momento me impele para o teclado é urbanidade e cidadania deste país; aqui estamos na verdadeira civilização; recorda-me a relojoaria Suiça, onde tudo funciona como exactamente tem de ser. As cidades impecavelmente limpas, a pontualidade britânica das coisas e pessoas, o planeamento urbano, de cidades reconstruídas após uma guerra fratricida ou conquistadas aos Oceanos, onde em cada canto se compreende que tudo foi planeado ao mais ínfimo pormenor. Depois as suas gentes, miscelânea de povos, línguas e culturas, a viverem na harmonia da ordem, de sóbria delicadeza, de polidez nórdica, disponíveis para nos ouvir, mas preparados para respeitar os nossos silêncios.
Sei que voltarei; com mais tempo; mas quero voltar, não como um latino, mas como um nórdico; voltar, sabendo exactamente o que desejarei ver, planificando cada instante da viagem, deixando em aberto um espaço para o inesperado: será esta a minha homenagem aos holandeses.

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