
Mas antes de combater esta fábula, um ponto prévio; a questão terminológica: chamar “tradicional” ao comércio é negar a sua história, negar a sua essência; secularmente esta é uma actividade que sempre se caracterizou pela sua modernidade, a sua incessante capacidade de inovação.
No que concerne à aparente incompatibilidade entre o chamado comércio tradicional e as grandes superfícies, sempre me pareceu um sofisma: as grandes superfícies não podem ser olhadas com coveiros, mas como oportunidades.
Obviamente que devemos exigir planificação; permitir a instalação destas nos centros das cidades, não é apenas um atentado ao urbanismo, como à economia local, como e sobretudo, ao bom senso; a razão de ser possível aceder a pé a estes estabelecimentos, é um insondável mistério.
Continuar a “endemonizar” estas empresas, com a resignação, parece-me o pior e mais perigoso dos caminhos.
O que se exige dos empresários tradicionais, é sobretudo imaginação e capacidade de adaptação a este novo mundo; avanço exemplos: através da inserção em grupos de franchising, através da cooperação pela formação de centros de compras, através do comércio electrónico. Recordo o case study Almedina; provavelmente a mais tradicional das livrarias portuguesas, soube modernizar-se e hoje é líder no comércio através da Internet; claro que era mais fácil terem ficado a lamentar-se, mas os resultados parecem-me mais satisfatórios.
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