quarta-feira, agosto 02, 2006

Metropolitano

Fui andar de Metro. Esta é a patética verdade; deixei a pacatez da província para ir à cidade andar de metro. Tinha-me soado que Lisboa tinha um metropolitano a imitar o que existe por essa Europa civilizada e fui confirmar! É verdade. Não andava nos transportes públicos lisboetas há mais de uma década e tive uma surpreendente surpresa: o metro é bom, longo e, sobretudo bonito; algumas das estações que calcorreei são absolutamente fabulosas.
Claro que tenho duvidas se merecemos tudo isto! Mas… metro já temos.

Porque estava em Lisboa e porque andava a testar o metro, acabei prostrado num centro comercial beira rio, enorme, teimoso, esguio, escondendo de mim as lojas que procurava; desisti: sentei-me numa mesa perdida, pedi, eufemismo para ir ao balcão pedir e trazer para a mesa, comi qualquer coisa enquanto via a vida passar, ao alcance dos meus tristes e magoados olhos; milhares de insignificantes vidas cruzavam-se com outros milhares, numa azáfama tonta e sem sentido, dirigindo-se apressadamente para lugar nenhuma, à procura de pequenos ou grandes nadas; mulheres gordas passeavam com miúdas anoréticas, provando que a gordura e a estupidez estão muitíssimo mal distribuídas, provando a constante insatisfação que nos caracteriza numa incessante procura por algo que não sabemos o que é…

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