quarta-feira, novembro 29, 2006

Crónicas da língua cortada


Há momentos na vida em que tudo nos corre bem; depois, há momentos como o que ando a viver.
Na cronologia das minhas recentes desgraças, juntou-se mais uma.
Numa rotineira ida ao dentista, para contrariar uma cárie de segunda e sem importância, enquanto me deleitava em amena cavaqueira com a Senhora Doutora, amiga de há muitos anos, disparata arrasta disparate, senão quando, algo inesperado sucede. Confesso que senti uma pequena dor (bem feita para não ter abdicado da anestesia), mas não percebi. Só instantes depois, ao perceber o pânico na cara dela, percebi que algo não estava muito bem.
É verdade: sou um pouco burro; devia ter percebido pelo jacto de sangue e pelas sucessivas compressas que nervosamente me encheram a boca; as lágrimas nos olhos dela deram a atender que a coisa não estava muito pacífica.
Assustei-me, assumo: acalmei ao perceber que, ao menos, parte da língua ainda lá estava; mas, por segundos, temi por ela, receoso das consequências (percebem agora a foto??!).
O que faria um iluminado (private joke) sem a sua adorada língua? Em resumo, nada que cinco pontos a sangue frio, antibióticos, gelados, analgésicos não resolvam…

3 comentários:

  1. Se eu ja tinha pânico de ir ao dentista, depois deste relato então...quanto a foto, nem comento!

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  2. Anónimo18:06

    k posso dizer eu...simplesmente k assisti a breves instantes d dor apos a cozedura e k em nd dava vontade d rir...
    boa sorte p a proxima "amigo envergonhado" =)

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