segunda-feira, maio 02, 2011

Mais vale um pássaro na mão... do que porcaria de pássaro na cabeça!

A ideia não é minha! Li algures por aí! Penso que ainda não se faz em lado nenhum, mas ser pioneiro não é algo transcendentemente mau! E seria um pequeno passo para reforçar a consciência social e incrementar uma ética de cidadania! 
Amiúde falo da tabernização da discussão política, que cresceu com o advento da internet, não raras vezes propulsora de dislates, porque o anonimato oferece a doce sensação de poder dizer todo e qualquer disparate, sem assumir as consequências do que escreve! Embora, verdade seja dita e sublinhada, leio o Facebook, onde via de regra as pessoas dão a cara, leio igual chorrilho de idiotices, proferidas tantas e tantas vezes, por quem tinha obrigação moral de ponderar o que escreve!
Mas quero falar de estado social e da sua intransigente defesa! Porque para defender algo, é preciso dar o valor ao que se tem, sobre pena de perder o amor na saudade, pelo que, escrevo a sugestão, de começar a facturar os custos do estado social! 
Não quero que ninguém pague coisa nenhuma - ou, para ser mais correcto, que pague mais do que já paga - mas era importante o cidadão ter noção do preço das coisas! Que quando o aluno fosse pagar propinas, recebesse um documento com o que pagaria se o Ensino Superior não fosse pago pelo Estado; que o doente, ao sair do Hospital, levasse um documento em que constasse, quanto é que teria de pagar, se o Estado não suportasse; quando alguém se reforma, que no mesmo documento em que consta quanto vai receber, que surgisse o valor de quanto descontou ao longo dos anos! 
Estou absolutamente convicto que esta prática seria pedagógica: porque os cidadãos podiam perceber a imensa vantagem de existir um Estado Social e ponderar antes de vomitar dislates; pedagógico porque seria um estímulo para se conseguir racionalizar custos abjectos!

12 comentários:

  1. Anónimo00:25

    Penso que ser pioneiro é algo tremendamente irreverente e audacioso, ainda que sob pena de não ser ser compreendido pelos seus contemporâneos, o que, dá gozo ao desafio!
    A ideia que apresenta parece-me bastante válida: é importante informar devidamente o cidadão daquilo que o estado social tem suportado. Grosso modo, tem-se sempre a tendência para se desejar o que não se tem sem conhecer claramente o que se aufere no presente.

    Qto a anonimato..ainda não me convenceu. Em certos "lugares" da net não vejo a relevância de associar uma assinatura a uma pessoa que o H possa conhecer, isso limitaria a que o "leitor" deste blog fosse alguém das suas esferas de relações, e aqui trata-se de uma comunidade desterritorializada que privilegia o debate de ideias.
    Vejamos: o anonimato (num sentido sério e construtivo) pode ser entendido como a condição principal para que a ideia apresentada valha por si, isenta supostamente de condicionalismos sociais, económicos, culturais, geográficos, etc.

    ResponderEliminar
  2. @anónimo - Defendo e protejo o anonimato! Nada me move contra ele! Acho-o mesmo necessário em algumas circunstâncias! Apenas acho que para debates de carácter o anonimato é abjecto!

    ResponderEliminar
  3. Essa solução que defende é já prática corrente das Companhias de seguro nos EUA, que quando pagam as contam dos Hospitais (p.Ex.) enviam cópia para os segurados saberem quanto pagaram!

    ResponderEliminar
  4. Capitão - eu tive o cuidado de frisar que sou tudo menos original! E parece-me uma prática muito pedagógica!

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  5. Anónimo18:44

    H: por exemplo, eu não sei quem é "capitão" e não é por isso que deixaria de trocar ideias sobre os seus comentários. É por isso que não entendo o argumento de que é desprezível não assinar aqui. Noutros contextos, sou daquelas pessoas que gosta de partilhar as suas ideias e, por mais adversas que possam ser, nunca me inibi de o fazer (posso às vezes achar que não vale a pena...).
    Aqui, gosto de vir deixar as minhas ideias, para que elas valham por si.

    cumpts.

    ResponderEliminar
  6. Nunca me leu dizer que era desprezível não assinar! Estará confuso!

    ResponderEliminar
  7. Anónimo21:11

    desprezível, banal, é sinónimo de abjeto, que o H usou.

    ResponderEliminar
  8. @anónimo - está realmente confuso! O adjectivo surge num contexto muito específico!!!

    ResponderEliminar
  9. Anónimo10:35

    Então, se estou confuso, agradeço que tenha a amabilidade de clarificar.

    ResponderEliminar
  10. Nos debates de carácter é que é abjecto não assinar! No debate de ideias é legítimo, porque estas são auto-suficientes!

    ResponderEliminar
  11. Anónimo16:49

    Obrigado pelo esclarecimento e, já agora, Parabéns:os seus posts melhoraram muitíssimo com o upgrade! Valeu a pena ter estado underconstruction.

    ResponderEliminar
  12. Sim! O blogue andava uma merda! Agora.. gosto!

    ResponderEliminar

Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!