terça-feira, maio 03, 2011

Umas pinceladas na história com tons de verdades inconvenientes...

Gosto de história! Estou longe de ser um historiador, não me arrogo de especialista, não cago verdades absolutas, até porque as únicas certezas que tenho são as minhas dúvidas! Mas gosto de folhear livros de histórias, de beber romances escritos em outros tempos por outras gentes, saborear palavras decrépitas com verdades imaculadas, porque algures em mim, reside forte a convição profunda, que só podemos interpretar o futuro tendo presente o passado.
Portugal tem o estranho privilégio de estar na Europa! Porque num mundo “europocêntrico”, o simples facto de estarmos aqui plantados, faz com que, mesmo agora que a crise nos flagela, os portugueses vivam melhor que a larguíssima maioria dos povos do mundo, qualquer coisa como nos 15% mais ricos!
Porque a história da Europa é a história de um continente que, quando comparamos, foi sempre rico! Porque apenas não construiu melhores condições de vida, porque andou séculos entretido em guerras fratricidas, auto-flagelando-se por uns bocados de terra, chacinando-se por um punhado de quase nada! Porque a riqueza da Europa construiu-se na exploração de África e das Américas, por um domínio colonialista frio e bruto, pelo extorquir das riquezas alheias, do espoliar de vidas pela escravatura!
O declínio económico da Europa no inicio do Século XXI, pelo emergir de novas economias, depois das ideologias e guerras estúpidas terem feito dos EUA a grande potência económica mundial, tem um lado profundamente saudável que merece ser aplaudido: corresponde a uma lenta mas progressiva melhoria da qualidade de vida dos povos mais débeis! Afinal, algures por aí, nas ruelas da vida, a tantas vezes pêga da globalização, escreve-se com linhas felizes!

4 comentários:

  1. Belo quadro impressionista que, em breves mas precisas pinceladas, tão bem borrou a pintura.

    Já alguém te disse que escreves demasiado bem?

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  2. Anónimo10:56

    Para mim o fascínio da história está no fato de ser um quadro vivo.

    Passado, Presente e Futuro reinterpretam-se mutuamente, interagem ativamente reinventando-se: O conhecimento do passado clarifica e dá-nos confiança para delinearmos um futuro melhor,evitando os erros, detetando as lacunas e, sobretudo, identificando e valorizando o que foi de bom e o que é preciso preencher para que seja excelente; as descobertas do presente redefinem o que julgavamos ser certo no passado, abalam convenções, são provas irrefutáveis da utopia concretizada; e o futuro...num sonho que se deseja que chegue depressa, vai definindo os seus contornos, e desvela-se ora lenta, ora abrupatamente,nos acontecimentos que surpreendem e nas opções que vamos assumindo no presente.

    O mais curioso da história....é que as três temporalidades podem coexistir, no mesmo tempo, no mesmo espaço e, numa raridade inevitável, em certas pessoas..

    Anónimo que não acha necessário assinar aqui.

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  3. Anónimo10:58

    eu sei, foi gralha no abrupta...(é o inconsciente a pregar partidas :D)

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  4. @uma boa - não, mas já me disseram coisas piores!

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!