quinta-feira, dezembro 10, 2009

Dizem que é uma espécie de crónica de natal...

Não tem especial interesse para o ouvinte da Rádio Pax, mas inauguro esta crónica com uma confidência: estas palavras são sempre escritas nas tardes de terça-feira e gravadas imediatamente antes ou depois do programa Conselho de Opinião. Dizem-me que a inspiração nos deve apanhar desprevenidos e apenas escrever quando nos sentirmos iluminados: mas a retórica apenas é bonita quando não comparada na prática e a experiência ensina que quem tem uma vida ocupada, precisa de ser rigoroso na gestão do seu tempo!
Quando acordei na manha de quarta, sem que a crónica estivesse feita, tinha resolvido não a fazer e ligar a meio da tarde para o António Lúcio informando-o desse facto. Mas pesou-me a consciência por faltar a um compromisso, pelo que decidi escrever sobre simples e óbvio, uma qualquer trivialidade. E porque vos falo em meados de Dezembro, pareceu-me que o mais indicado seriam umas banalidades sobre o Natal. O que sejamos honestos, é algo que não fica bem a este que vos fala, porquanto assumidamente não conseguiu achar graça a esta época do ano. Não que tenha traumas de Natal ou fique deprimido a pensar na virgem que teve o menino: apenas me irritam os dias de festa, aqueles que por obra e graça de um reles calendário sentimos a obrigação de estar felizes e bem dispostos!
Tento não ser cínico, mas não consigo entender esta coisa dos presentes de Natal. Até entendo que se reúna a família e se coma bacalhau, não tenho preconceitos contra os doces da época, mas por mais que me esforce, não entendo esta coisa dos presentes! E não pense que se trata de ser forreta, até porque, acabo por chegar a meio do mês e oferecer algumas cosias aos que mais amo! Mas ir um dia com os sobrinhos às compras e gastar um disparate de dinheiro para enche-los de coisas desnecessárias, faz de mim um tio mais carinhoso, a prova não provada de que os amo mais que muito?! Serei um melhor ser humano por comprar por atacado meia dúzia de livros e distribui-los pela família?
Até admito que possa existir esse estranho conceito do espírito de natal: que por estes dias, tenhamos a capacidade de roubar uns minutos ao nosso egoísmo e pensar nos outros, especialmente naqueles que não tem a sorte e a fortuna de os meios indispensáveis de subsistência, aqueles a quem as tempestades da vida roubaram a capacidade de sorrir! Mas não me venham com a treta dos presentes de natal, com a esfarrapada desculpa de que oferecer um presente comprova que se pensou na pessoa!
Porque se há espírito de natal, este não pode traduzir-se no acto egoísta de oferecer uma coisa qualquer para tranquilizar a nossa consciência, para cumprir pseudo valores sociais: se quer dar uma prenda de natal, ofereça o seu tempo, tire o relógio do pulso e ofereço uns minutos da sua semana aos outros, especialmente aqueles que sofrem da mais cruel doença do século XXI: a solidão! E se acredita mesmo no espírito natalício procure não esquecer que mesmo nesta sociedade egoísta e consumista, as cosias mais importantes na vida, continuam a não ter preço!

6 comentários:

  1. H, Sr. Agnóstico assumido, na verdade, mesmo que de forma inconsciente, vive a essencia do Natal na sua plenitude. O Natal não são a troca de prendas que se compram nas lojas, o Natal é muito mais do que isso. O Natal é a celebração do nascimento de Jesus Cristo ou se preferir o Deus feito Homem. O nascimento daquele que mais nos amou ( e ama - para quem acredita na ressurreição). Aquele que que nos pede que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou( e continua a amar). Sempre que dá um pouco do seu tempo aos que vivem na profunda solidão (basta ir um dia a um lar para ver que são muitos os que lá estão depositádos e esquecidos)está a amar; sempre que sorri a alguem que está triste, está a amar; sempre que dá uma esmola a um pobre, está a amar. Isto sim, é Natal.Não é por mero acaso que dizemos muitas vezes: "o Natal é quando o Homem quizer".
    Já agora aproveito para lhe desejar um bom periodo de Advento.

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  2. Anónimo02:16

    Noctivaga: eu vinha dizer exactamente o que disse,mas não tão bem!!
    O Natal serve de pretexto para muitos justificarem o seu espirito consumista, entre outras coisas...
    Descubra o advento!

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  3. Euzinha de cá memo20:48

    O mais estranho, além da patetice das prendas "de natal" ( ai estas peúgas tão quentinhas para o avô Bonifácio, a mantinha polar "made in china" para a avó Maria, ai ai ... que stress ... será que a tia Quitéria vai gostar deste jarrinho ... ainda falta a prenda da afilhada da prima Joana ... como é que a pequena se chama? Ai ai que não me lembro ... mas é tão quida, tão boa menina ... com estes collants ás risquinhas deve ficar mesmo gira ...) é o facto de tanta gente que, durante o ano inteiro, não põe os pés numa Igreja nem frequenta a Santa Missa Dominical ( ai mas sou católica "não praticante"!!!) comemorar um FERIADO RELIGIOSO do Nascimento de Jesus Cristo e, nos reatantes (Corpo de Deus, ...) se "cagar" na religião e bazar para a praia.

    Vejam lá não apanhem a gripe dos bacorinhos com tanta gente junta no Modelo* cá do burgo.

    *mascarado de Continente, prontos!

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  4. Raquel: "Para justificar o seu espírito consumista"? Hás-de experimentar ir a uma grande superfície em janeiro...Consumistas são todos a toda a hora, o que diferencia do Natal é só uma questão de ambiente marketingcista e um dia em que é feriado e os putos estão todos de férias, para além das ruas estarem replectas de lixo. Para mim o Natal é o jantar, o filme da madrugada e o passeio pela rua às 8 da manhã com as meias que a avó fez questão de oferecer (nada melhor que um passeio por uma cidade fantasma). E é isso o Natal para mim. Não é o melhor que se tem, mas também não é pior. Papa-se.

    Bom Natal (e isto também)

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  5. Anónimo12:08

    Hewitt:
    então...em Janeiro ainda vão comprar o resto que não conseguiram comprar em Dezembro...LOL (estamos de acordo)

    AS meias oferecidas pela avó e passear com elas calçadas, numa cidade fantasma....é o melhor que se tem!!!
    Bom Natal (para ti tambem)

    :)

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