terça-feira, julho 19, 2011

Dizem que é o Baco e que faz as mulheres bonitas...


Tenho tido algum pudor em abordar a Beja Wine Night! Não por temer opinião, porquanto, até os muitos que não me suportam, reconhecem-me a coragem de lutar abertamente por aquilo que acredito! Mas por estes tempos divididos entre paixões e ódios, em que ou se ama ou odeia, criticar construtivamente, procurar consensos em ruelas de dissensos é uma tarefa hercúlea!
Pessoalmente não aprecio a Beja Wine Night! Reconheço que a culpa seja minha e das minhas idiossincrasias, mas, aquela coisa do glamour e do trendy, mexe-me com o sistema nervoso! Mas sei que sou uma excepção, não acho que se devam fazer festas para os meus estranhos gostos – até porque toda a gente que conheço gosta e a única pessoa que ouvi dizer mal, nunca lá foi – e, enquanto for paga a 85% por fundos comunitários, terá o meu apoio! Mais. O Miguel apostou e foi uma aposta ganha, pelo que, merece os meus parabéns!
Mas reconhecer que correu bem, que o evento é bom, que esteja na direcção certa, não significa que não seja pertinente analisar, repensar e corrigir erros! Porque os há! Todos me dizem – e não tenho nenhuma razão para acreditar, até porque quem me o disse, percebe bem mais do que eu – que a organização no primeiro ano foi soberba! Este ano, o adjectivo parece-me excessivo! Porque a treta da guest list correu mal – se todos tivessem um convite as entradas tinham-se feito em muito menos tempo – (já sei que me vão acusar de ser homofóbico, mas não achei piada à bicha); sobre as meninas do bar, se a ideia fosse janta-las, a escolha era perfeita, mas, infelizmente, elas estavam lá para servir vinho, pelo que, era conveniente perceberem algo do ofício e, saberem fazer algo tão radical, como abrir garrafas; a comidinha… era escassa! Por fim: a empresa promotora não é estupenda na divulgação!
Com o mesmo tom, no mesmo sítio e com a mesma convicção que há um ano e um trocos entendi que a escolha da empresa promotora foi feliz, porque trouxe um conceito novo, profissionalismo, qualidade, escrevo hoje, convicto que não me contradigo, que depois de identificado o conceito ou a empresa consegue reinventar-se e trazer algo novo ou a beja wine night poderá no próximo ano ser organizado por empresários locais!
Mais! E sei que me vão chamar todos os nomes, mas estou habituado! O Tuga lida mal com a noção de bar aberto! Acha que se um bar está aberto é falta de respeito não ficar bêbedo! E apesar de eu ser totalmente favorável a mulheres bêbedas de vestido, este evento não pretende apoiar a natalidade, antes os vinhos alentejanos! Penso que bastaria cobrar cinquenta cêntimos por copo, para que se perceba que a filosofia da coisa é provar vinhos, não emborca-los!

11 comentários:

  1. Anónimo00:11

    Muito bem!

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  2. Ehehehehehe. Gostei do remate final :)

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  3. Anónimo00:19

    Pergunto :
    - Qual é o objectivo deste evento ? Qual o impacto que traz a nível económico e social a cidade ! O castelo é só dentro das muralhas ?
    Existe um espaço mais amplo a explorar e projectar o evento com uma parte exterior com publicidade das empreses representantes e venda de alguns a produtos do Alentejo para os visitantes e curiosos durante o dia se passearem ;)
    Promovendo assim a noite de gala no castelo com provas de vinhos etc etc

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  4. Anónimo00:27

    Como tantas outras vezes uma voz de lucidez no meio do restolho!

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  5. Anónimo10:44

    meu caro h junto envio um link sobre os vinhos e o aeroporto de beja
    http://www.cargoedicoes.pt/site/Default.aspx?tabid=380&id=5870&area=Cargo
    voz de beja

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  6. Reforço as questões que o Anónimo coloca: quais são os objectivos? Qual é o impacto esperado? O que é que se pretende com esta iniciativa, afinal?
    Se é a promoção dos vinhos do Alentejo, porque é que a autarquia assume uma responsabilidade que deveria ser dos produtores que, a confiar no impacto do evento, são quem ganha com ele?
    Se é a promoção do Alentejo, não percebo como é que essa promoção vai acontecer, com um evento que é aberto a um número muito limitado de pessoas.
    Quanto a mim, a autarquia deve ocupar-se e investir os seus esforços e recursos (sejam comparticipados ou não) em eventos que comuniquem, que se relacionem com as pessoas que vivem nesta cidade. E a Beja Wine Night, não só não faz isso, como lhes fecha as portas e lhes cobra 20€ por entrada.

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  7. Anónimo11:37

    Ana Oliveira, também acha que a Vinipax devia ser paga pelos produtores de vinho?!

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  8. Anónimo, não queira comparar. A Vinipax (tal como a Olivipax ou a RuralBeja, quando esta acontecia) são eventos verdadeiramente abertos ao público. Servem, simultaneamente, para atrair pessoas à cidade, para visitar as feiras, e para promover os produtos regionais. Que eu saiba, não têm um número limite de visitantes e o seu preço, quando há um preço de entrada (refiro-me novamente à RuralBeja, que tinha um preço muito acessível) não é impeditivo de que no evento participem todos aqueles que querem participar.
    Como disse no comentário anterior, concordo que a autarquia apoie a divulgação dos produtos regionais. Não concordo é que o faça num evento exclusivo, caro e de porta fechada.

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  9. Anónimo15:47

    Diga lá quem é a única pessoa que disse mal da Noite do Vinho e nunca lá foi

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  10. Bom, a única não serei. O que acontece é que não posso participar num evento com aquele preço. E não tenho amigos que me arranjem convites. E, mesmo assim, dou-me o direito de ter uma opinião sobre as escolhas da autarquia da minha cidade. Para termos uma opinião sobre o princípio do século não é preciso termos lá estado para assistir, pois não? Nem é preciso estar na Grécia para ter uma opinião sobre os acontecimentos actuais...
    Já agora, que a conversa vai longa e acho que mereço, estou a falar com quem?

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  11. Ana Oliveira: a questão é que se quis promover Beja a um público muito restrito. O resultado foi que acabámos por promover Beja junto de quem é de cá e que não teve problema em pagar 20€ para lá entrar. Acabou por ser mais um encontro da classe média-alta e alta da cidade do que um evento de promoção da região e daquilo que ela tem para oferecer.

    Por mim, tudo bem! É menos um local que posso frequentar na nossa cidade, mesmo que anualmente. Como já há poucos...

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