sexta-feira, julho 01, 2011

Viagra e Prozac recomenda... uma noite com feras, pelas Lendias!

Começar uma peça de teatro com a visão das pernas do António Revez é uma visão dantesca, assustador, assim uma espécie de prisão de ventre mas ao contrário! Mas bem pensado pelo encenador: porque depois de ver as pernas do Revez, tudo o que vier depois é necessariamente melhor! 
O texto não foi soberbo, mas é consistente, tem um ritmo interessante, revive Shakespeare e procura focar os problemas e dramas das mulheres divorciadas! 
Gostei do António Revez que hoje regressou aos palcos de Beja; a roupa que o obrigaram a vestir, presumo que seja uma forma de expiação! A Marisela aguenta-se neste registo e esteve em bom nível! Sobre a Ana Ademar, não vou falar! Não é segredo que somos quase amigos, que a acho uma excepcional actriz, pelo que, as minhas palavras seriam consideradas exageradas: mas que esteve soberba, esteve! Não começou bem, os primeiros dez minutos foi mediana, mas depois encheu o palco, num registo novo para ela, mas que desempenhou excepcionalmente! Sobretudo, foi magnifica nos silêncios, provando que dá tudo em palco, durante todos os instantes da peça!

O pior... foi a assistência! Pouca gente para uma estreia e uma total e completa ausência de figuras institucionais! Quando sopram ventos em que o financiamento para a cultura ficará dependente da existência de público, assusta ver assim a sala estúdio! É um desafio de todos conseguir levar pessoas ao teatro e é preciso unir esforços para alcançar este objectivo e esta deve ser a missão de todos aqueles que somos apaixonados por esta arte! Que tal fazermos algo por isso?!

8 comentários:

  1. Anónimo00:54

    Beber arte é ainda considerada por alguns, uma forma de se mostrarem seres culturalmente evoluídos. Ora, num país em que os resultados nos Exames de Português, não deixam margem para dúvidas, pergunto-me se realmente as pessoas que deviam ser exemplo, não serão elas prórias exemplo de dificuldades na sua própria língua??!Até que ponto a falta de paciência e de concentração para ler, a incapacidade de interpretação que os nossos jovens hoje manifestam, não está a ser culturalmente influenciada por quem deveria ser exemplo??!
    Pergunto-me ainda, se as pessoas deixam de ir a esses espaços por não gostarem ou por não compreenderem o que estão a ver?!!

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  2. Atenta01:07

    O António Revez não é aquele que disse que nunca mais pisaria uma palco em Beja, enquanto o JPV estivesse no Poleiro???
    Já não há homens de palavra. Todos as mesma treta.

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  3. Anónimo11:59

    Permita-me a correcção

    Beber arte é ainda considerada por alguns, uma forma de se tornarem seres culturalmente evoluídos

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  4. Minha querida atenta, que de atenta tem muito pouco. O que disse a quando da realização do espectáculo 37, é que não actuaria em Beja enquanto não houvesse a reposição dos subsídios que haviam sido cortados por este executivo, não tenho nada contra o JPV, antes pelo contrario, conheço há muitos anos e tenho consideração por ele, ate lhe digo mais, JPV esteve na origem da criação das Lendias d’ Encantar.
    Sabe uma coisa, sou livre, tenho lutado ao longo destes quase 40 anos para ser livre, sem amarras de nenhuma espécie, tenho a liberdade de decidir sobre mim, sabe o que isso é ATENTA? Quando há um ano atrás decidi que não actuaria em Beja enquanto a JUSTIÇA não fosse reposta, fi-lo por Beja, para alertar para os erros que estavam a ser cometidos, a realidade hoje ainda é pior, por isso mudei a minha posição, porque tenho liberdade para isso. Alterei e decidi voltar a actuar em Beja, e lutar para que a triste realidade cultural da cidade se altere. Sabe ATENTA nos dias 23 e 24 de Julho vou estar a actuar no festival internacional da Nicarágua, as Lendias d’ Encantar vão ser o único representante de Portugal, e claro da nossa cidade. A ATENTA contribui com o quê para o desenvolvimento da nossa região? Eu até acho que a ATENTA e um ATENTO com responsabilidades politicas, mas como não tem coragem para dar o nome… ficamos assim…

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  5. Anónimo13:57

    Anónimo: Beber arte é realmente uma forma de lá chegar, no entanto, infelizmente vivemos num país de aparências em que o "mostrar" é mais valorizado do que o "ser"...

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  6. Anónimo14:57

    Revez . tens lutado e trabalhado, mas tens sido subsidiado pela Câmara para fazer o que gostas! Pelo que não me parece que Beja te deva mais do que deves à cidade! Vê o teu irmão: também trabalha pela cidade e nunca foi pago para o fazer!

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  7. Anónimo00:22

    "Pergunto-me ainda, se as pessoas deixam de ir a esses espaços por não gostarem ou por não compreenderem o que estão a ver?!!"

    Pelo receio de lhes ser exigido mais do que têm para dar, é esta a minha opinião (e não passa disso mesmo). Esta arte distanciou-se da vida, da sátira, das "estórias", das pessoas. Como pode algo, que é feito para pessoas sobreviver sem elas?

    Talvez seja necessário voltar a unir, partilhar e proporcionar identificação, e para isso, primeiro que tudo cativar...Como numa dança,em que temos de ouvir a mesma música para bailar.

    Não tenham preocupações em encher o palco, encham a plateia. Para quem estão a fazer a peça? Para artistas? Para actores? Para nós, povo?

    Muitas vezes a plateia é fantasmagórica,sem manifestar um pingo de emoção ou surpresa...

    que pena...que saudades que eu tenho de ouvir o público quase a participar na peça. :)

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  8. Pedro01:11

    Só no Politécnico de Beja existem mais de 3.000 jovens, potenciais consumidores de cultura. Mostrem a esses jovens o que é cultura, e em vez de apanharem bebedeiras todas as 5ª feiras e Sábados, dedicem-se de vez enquando à cultura que há na cidade que os acolhe. Divulguem o que há na cidade.
    Já viram o que faz o Karas Bar e o Ritual? Há cartazes todas as semanas, com festas e promoções diferentes, tudo para atrair esses jovens.
    Pensem...

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