Esta - como algumas outras, apesar de a esmagadora maioria dos leitores não terem identificado - é uma razão que se escreve com número próprio! E esperou durante semanas em respeitoso silêncio, aguardando o momento exacto para se apresentar neste blogue, cada vez mais seu do que meu!
Para muitos, quiçá a larga maioria, este é um enorme problema da cidade de Beja. Aliás, fazendo algo que começa a rarear na actualidade, arrisco dizer o que para muitos este é uma das grandes complexidades da vida moderna. Mas peço desculpa por pensar diferente e estar absolutamente convicto que a mais terna razão para amar Beja são os nossos velhos!
Bem sei que alguns vão ralhar em comentário, que pessoas da mais experiente das idades há em todas as vilas, aldeias e cidades do País e sou o primeiro a reconhecer que os nossos não são especialmente diferentes dos outros! Mas desde logo são nossos, o que os torna mais belos!
Por outro lado, o envelhecimento populacional é uma verdade mais verdadeira no interior do País, sendo que em regiões deprimidas o número cresce!
Bem sei que tudo isso é verdade, não ignoro que este País também não é para velhos, mas acho que ter nesta cidade e concelho tantos anos acumulados de experiência de vida é uma razão de orgulho, não de depressão!
Obviamente que temos de ter a inteligência para transformar putativas dificuldades em excelsas vantagens e, no caso da velhice, mais do que qualquer outra, é um excelente pretexto para conseguir ver oportunidades onde os outros apenas vêm dificuldades!
A experiência, o saber acumulado, a ternura da idade do mimo, o carinhos dos avós que cuidam dos netos e os acompanham à escola (peço desculpa aos leitores de Lisboa, por falar em algo que pensam que já não existe!), a beleza poética da conversas de jardim, são apenas uma das razões para amar os velhos da nossa cidade. E espero que em conjunto saibamos construir razões para os nossos velhos amarem a nossa cidade...
Para muitos, quiçá a larga maioria, este é um enorme problema da cidade de Beja. Aliás, fazendo algo que começa a rarear na actualidade, arrisco dizer o que para muitos este é uma das grandes complexidades da vida moderna. Mas peço desculpa por pensar diferente e estar absolutamente convicto que a mais terna razão para amar Beja são os nossos velhos!
Bem sei que alguns vão ralhar em comentário, que pessoas da mais experiente das idades há em todas as vilas, aldeias e cidades do País e sou o primeiro a reconhecer que os nossos não são especialmente diferentes dos outros! Mas desde logo são nossos, o que os torna mais belos!
Por outro lado, o envelhecimento populacional é uma verdade mais verdadeira no interior do País, sendo que em regiões deprimidas o número cresce!
Bem sei que tudo isso é verdade, não ignoro que este País também não é para velhos, mas acho que ter nesta cidade e concelho tantos anos acumulados de experiência de vida é uma razão de orgulho, não de depressão!
Obviamente que temos de ter a inteligência para transformar putativas dificuldades em excelsas vantagens e, no caso da velhice, mais do que qualquer outra, é um excelente pretexto para conseguir ver oportunidades onde os outros apenas vêm dificuldades!
A experiência, o saber acumulado, a ternura da idade do mimo, o carinhos dos avós que cuidam dos netos e os acompanham à escola (peço desculpa aos leitores de Lisboa, por falar em algo que pensam que já não existe!), a beleza poética da conversas de jardim, são apenas uma das razões para amar os velhos da nossa cidade. E espero que em conjunto saibamos construir razões para os nossos velhos amarem a nossa cidade...
Voce diz que é de Direita e depois dá-nos textos como este! Irrita não o poder ofender!
ResponderEliminarEu que teimo em não ser velho, lembro-me perfeitamente de, quando era mais novo gostar de ser mais velho e o tempo ouviu e atendeu o meu desejo e agora cada minuto estou mais velho. E ser novo ou velho é também um estado de espirito, agora gostaria e esforço-me por fazer parte dos velhos novos.
ResponderEliminarPor acaso até lhe podia dar outra opinião sobre os avós de Lisboa, mas já é tarde e vou dormir. Quem sabe um dia destes voltemos ao assunto.
ResponderEliminarParabéns pelo post... mas, como sabe, sou suspeita na matéria.
Tantas ideias pré-concebidas sobre "Lisboa e a Provincia". Em que século é que vive?!
ResponderEliminar;)
Amigo H, uma pergunta de amigo para amigo! A partir de que idade uma pessoa é considerada velha? (Atenção, esta é uma pregunta pessoal e NÃO maldosa...)
ResponderEliminar@anónimo - Discordo completamente! E felizmente há diferenças grandes entre Lisboa e Província! E contrariamente a muitos, escolhi a Província. Adoro Lisboa: mas amo viver aqui!
ResponderEliminarMEu caro Zig - É verdade que usei determinado numero! Mas nunca achei que a velhice estivesse directamente relacionada com a idade: conheço velhos de 20 anos (ou de 34, como alguns dizem!!).
ResponderEliminarDeixa-me contar uma história de um colega de curso que era "velho", claramente acima dos 60, numa turma de miudos de 20.
Bom aluno, faltava pouco, sempre preocupado: várias vezes me ligou para casa para tirar dúvidas (estudei na era antes do telemóvel!) Um dia a ver TV com amigos, surge no Telejornal o nosso colega de curso velho: era administrador de um grande Banco e membro da direcção de um clubezeco de futebol da zona do Lumiar...
Era velho?!
É caso para dizer: velhos são os trapos! Quer com 34, 49 ou com 60 e largos anos só é velho quem se sente como tal...:))
ResponderEliminarFelizmente o aumento da longevidade é uma grande conquista da ciencia,contrariamnete à dedicação pelo idoso que tem sido uma grande perda nos valores das familias portuguesas!
ResponderEliminarCada vez mais os "velhos" sao institucionalizados de uma forma quase abandonada. O Conceito de familia, de união , de apoio tem sofrido alterações!Quando os "velhos" perdem as suas capacidades de "contar histórias, levar os netos a escola ", começam a ser um problema que tem como unica solução as Instituições.Momento a partir do qual o "velho" , já não tem opiniao,já não sente a falta dos netos, de ir ao jardim,de sentir o mimo.....
Tem razão! Já quase ninguem se preocupa!
ResponderEliminarRam.. ram... peço desculpa, até porque o blog não é meu, mas a "causa" é, em parte... e essa questão da Institucionalização não é bem assim, meus senhores... Acreditem que na maioria dos casos não é DE TODO assim. Essa visão do abandono é no minimo redutora e é um preconceito que cria danos colaterais dificeis de gerir, acreditem. Mas não me vou alongar, que a casa não é minha, embora goste muito de vir visitar o dono (coisas que vizinhos que alguns lisboetas ainda não perderam...)
ResponderEliminarConsiderando a hipotese de estarmos a falar de realidades diferentes, pq é o que me parece, e ainda bem, quero dizer apenas que:
ResponderEliminarPonderei antes de comentar e acredite que não o fiz baseada em preconceitos e sensos comuns!
Sou apologista da roptura de ambos e como tal achei pertinente falar da institucionalização do idoso, neste caso em relação á familia, por considerar estar relacionado com o post não desconsiderando todas a outras razões que levam o idoso a instituições! Em relação ao abandono apenas digo que as familias apenas estão presentes numa fase inicial e muito curta! Não quero dizer que se aplica a todos ,mas acontece, não é lamentavel?!
Estive calado, mas ... vou entrar na "guerra"!
ResponderEliminarComeço por separar águas! Uma coisa são as famílias, outras as Instituições! Não confundo: há famílias excepcionais que amam os seus "velhos" estejam em casa ou em "lares"! Há familias que abandonam nos lares os seus velhos e outras que os agridem em casa!
Sobre os "lares"... por razões genético-familiares, conheci há uns valentes anos razoavelmente bem o seu funcionamento! E hoje estão mto melhores, no que concerne a condições físicas e a preparação académica dos recursos humanos! Mas.. será que estarão mais humanos?!
(não em "guerra", mas na paz de alguns argumentos possiveis):
ResponderEliminarClaro que é lamentavel, quando acontece. Mas não acontece sempre. E por vezes, quando acontece, nem sempre é porque a familia deseje abandonar, mas porque o idoso nem sempre é aquele ser dócil e indefeso que se promove. Muitas e muitas vezes as familias são compulsivamente obrigadas a um certo afastamento porque a única coisa que o idoso consegue fazer é culpabiliza-las e fazer inqualificaveis chantagens emocionais, manipulando afectos e fragilidades. Curiosamente, esse idoso ou idosa quando tinha de cuidar dos filhos que agora se preocupam e ainda o querem proteger de algum desamparo, não estava lá por eles ou para eles. Os idosos não são mais do que gente que fez um percurso de vida, com escolhas e opções. É fácil parecer desprotegido nessa fase, mas mais desprotegidos estamos na infância e muitas vezes esses mesmos idosos não se lembraram disso, enquanto pais... E a verdade é que, sem um caminho de afectos traçado é dificil exigir, no final, mais do que um tanto.
E respondendo à sua pergunta, H: na minha opinião não é por isso que estão mais humanos, de facto não. Infelizmente até, parece que quanto mais sofisticados e profissionais piores nesse aspecto. As estruturas que se têm criado recentemente e que colocam a área sénior num produto topo de gama estão mesmo a deixar muito a desejar a esse nivel. Só depende de nós fazer com que possa melhorar. E eu acredito que é sempre possivel melhorar.
Belo comentário! Gosto de aprender com quem sabe!
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