Tenho sido um dos críticos do actual mandato da Câmara Municipal de Beja! Não o faço por complexos ideológicos, por dor de cotovelo mal resolvida ou seguidismo partidário: critico e defendo a mudança porque Beja precisa e merece mais e melhor! Mas sempre entendi que a divergência é saudável e a crítica não pode ser cega: e foi nesse sentido que nas páginas deste jornal, em Outubro do passado ano, elogiei dois aspectos que me pareciam as marcas mais positivas do actual Presidente da Câmara: “restabelecer alguma ordem na selvajaria financeira que [encontrou quando tomou] posse, conseguindo equilibrar as depauperadas contas públicas” e a “inequívoca a tentativa de moralizar algum clientelismo municipal”.
Meses depois, quando as eleições se aproximam, sinto-me obrigado a fazer um mea culpa, a assumir o meu erro de análise! Mais que conquistar o direito a fazer esta crítica, pelo que antes deixei escrito, sinto ter a obrigação moral de o fazer! É com tristeza que hoje constato que o excelente trabalho de recuperação das contas municipais estragou-se com despesismo eleitoral, em iniciativas como a comemoração do Dia da Cidade – que correu muito bem – e o Festival da Juventude – que correu muito mal -, sendo que nestas festas com poucos foguetes se gastou em pleno ano de profunda crise internacional e nacional, 56 mil contos, subtraídos ao carenciado erário municipal!
Mas muito mais pernicioso e vergonhoso que os montantes gastos em festarolas para eleitor ver, é o inqualificável facto de a Autarquia se preparar para abrir OITENTA E NOVE lugares em ano de eleições. Não vou gastar o tempo do leitor a comentar a forma com a notícia surge na Imprensa; apesar de achar inaceitável que um jornalista (por quem nutro estima pessoal) aceite assinar um documento panfletário onde se procura deslocar as atenções da vergonha eleitoralista para o grave flagelo do desemprego!
Vamos a essa coisa aborrecida que são os factos! A CMBeja prepara-se para no fim de ciclo, aumentar em cerca 15% o seu número de funcionários! O que justifica que edilidade sinta esta premência repentina de tantas pessoas novas? Porque estranha razão apenas no fim de quatro longos anos de mandato e de trinta e quatro de hegemonia comunista, se percebeu que faltavam tantos recursos humanos para a CMBeja? Ainda por cima uma autarquia surda a críticas e que em momento algum foi capaz de assumir falhas no seu trabalho?
Mais. Se pretensamente o concurso foi para desempregados, quer dizer que os actuais colaboradores da Câmara Municipal de Beja não podem concorrer? Este concurso exclui quem está a recibos verdes ou contratos de trabalho por tempo determinado?
Importa sublinhar que aumentar em mais de 15% a massa salarial da CMBeja, pode hipotecar o futuro da autarquia, coarctando os projectos do próximo executivo. Pelo que se exige não apenas cuidado e bom senso, tendo de as contratações terem por base critérios sérios e rigorosos: para quem conhece a realidade da CMBeja resulta estranho que seja tão elevado o número de assistentes operacionais, quando seria de muito bom senso e de racionalidade económica procurar dar formação aos actuais trabalhadores, reconverto-os para funções onde se sentissem mais habilitados ou recorrer a excedentários!
Não pretendo atacar a honorabilidade de ninguém, mas não tem bom olfacto que para o Gabinete de Comunicação se exija alguém com formação académica em Sociologia e não, como pareceria lógico e óbvio, alguém formado em jornalismo ou relações públicas! Mas, dizia e mantenho, quero muito acreditar que o concurso vai ter regras limpas e permitir a entrada dos mais capazes, independentemente da sua filiação partidária ou parentesco! E se essa for a intenção de quem promove o concurso, seria interessante que o mesmo fosse realizado por uma entidade externa e independente, nomeadamente uma empresa especializada em recursos humanos. Porque tal como à mulher de César…
Se das palavras hoje aqui escritas, bem como o que outros já disseram, se conseguir que o concurso vai ser mais transparente, valorizando o mérito e a competência, porquanto a CMBeja está hoje ciente de que a sociedade civil vai escrutinar os resultados e analisar a lista dos admitidos, então, já valeu muito a pena escrever estas palavras…
Meses depois, quando as eleições se aproximam, sinto-me obrigado a fazer um mea culpa, a assumir o meu erro de análise! Mais que conquistar o direito a fazer esta crítica, pelo que antes deixei escrito, sinto ter a obrigação moral de o fazer! É com tristeza que hoje constato que o excelente trabalho de recuperação das contas municipais estragou-se com despesismo eleitoral, em iniciativas como a comemoração do Dia da Cidade – que correu muito bem – e o Festival da Juventude – que correu muito mal -, sendo que nestas festas com poucos foguetes se gastou em pleno ano de profunda crise internacional e nacional, 56 mil contos, subtraídos ao carenciado erário municipal!
Mas muito mais pernicioso e vergonhoso que os montantes gastos em festarolas para eleitor ver, é o inqualificável facto de a Autarquia se preparar para abrir OITENTA E NOVE lugares em ano de eleições. Não vou gastar o tempo do leitor a comentar a forma com a notícia surge na Imprensa; apesar de achar inaceitável que um jornalista (por quem nutro estima pessoal) aceite assinar um documento panfletário onde se procura deslocar as atenções da vergonha eleitoralista para o grave flagelo do desemprego!
Vamos a essa coisa aborrecida que são os factos! A CMBeja prepara-se para no fim de ciclo, aumentar em cerca 15% o seu número de funcionários! O que justifica que edilidade sinta esta premência repentina de tantas pessoas novas? Porque estranha razão apenas no fim de quatro longos anos de mandato e de trinta e quatro de hegemonia comunista, se percebeu que faltavam tantos recursos humanos para a CMBeja? Ainda por cima uma autarquia surda a críticas e que em momento algum foi capaz de assumir falhas no seu trabalho?
Mais. Se pretensamente o concurso foi para desempregados, quer dizer que os actuais colaboradores da Câmara Municipal de Beja não podem concorrer? Este concurso exclui quem está a recibos verdes ou contratos de trabalho por tempo determinado?
Importa sublinhar que aumentar em mais de 15% a massa salarial da CMBeja, pode hipotecar o futuro da autarquia, coarctando os projectos do próximo executivo. Pelo que se exige não apenas cuidado e bom senso, tendo de as contratações terem por base critérios sérios e rigorosos: para quem conhece a realidade da CMBeja resulta estranho que seja tão elevado o número de assistentes operacionais, quando seria de muito bom senso e de racionalidade económica procurar dar formação aos actuais trabalhadores, reconverto-os para funções onde se sentissem mais habilitados ou recorrer a excedentários!
Não pretendo atacar a honorabilidade de ninguém, mas não tem bom olfacto que para o Gabinete de Comunicação se exija alguém com formação académica em Sociologia e não, como pareceria lógico e óbvio, alguém formado em jornalismo ou relações públicas! Mas, dizia e mantenho, quero muito acreditar que o concurso vai ter regras limpas e permitir a entrada dos mais capazes, independentemente da sua filiação partidária ou parentesco! E se essa for a intenção de quem promove o concurso, seria interessante que o mesmo fosse realizado por uma entidade externa e independente, nomeadamente uma empresa especializada em recursos humanos. Porque tal como à mulher de César…
Se das palavras hoje aqui escritas, bem como o que outros já disseram, se conseguir que o concurso vai ser mais transparente, valorizando o mérito e a competência, porquanto a CMBeja está hoje ciente de que a sociedade civil vai escrutinar os resultados e analisar a lista dos admitidos, então, já valeu muito a pena escrever estas palavras…
os lugares a concurso já estavam preenchidos antes de... isto é apenas para regularizar a situação dos funcionarios que já lá trabalham, como saberá!
ResponderEliminarMeu Kerido H
ResponderEliminarEntão e o resto?
Peça tudo isso para o Estado todo, não só para a CMB.
Veremos então quantos que hoje se pavoneiam pelos cargos que ocupam, engrossam a fila à porta do Centro de Emprego.
Não sejamos ingenuos.
Em futebolês .... É O SISTEMA.
Um abraço.
"seria interessante que o mesmo fosse realizado por uma entidade externa e independente, nomeadamente uma empresa especializada em recursos humanos", concerteza que isto seria uma boa opção se.... algum compadre ou familar tivesse uma empresa na área, assim, concerteza que haverá pessoas capazes de satisfazer as necessidades de avaliação requeridas pela CMB para o preenchimento das vagas ;)
ResponderEliminar@Meu Kerido Vidigueira
ResponderEliminarClaro que peço para todos. Sempre o fiz e continuo a fazer! MAs crescimento de 15%, confesse que é inédito!
Seria interessante saber o "buraco" da Câmara Municipal de Mértola antes e depois de JPV! Muito interessante ... quem sabe um dia ...
ResponderEliminarmertolense - claro que sim. De Mértola, Beja e todas as outras! Quer os buracos, quer as obras feitas!
ResponderEliminarhttp://www.senhoresdanoite.com/index.php?option=com_content&view=article&id=34
ResponderEliminar:)
Esclareça-se que, pelo menos, os últimos 18 lugares colocados a "concurso" se destinam, nao a desempregados, como se faz tacitamente fazer crer, mas a pessoas já vinculadas à Administração Pública. Até porque, para os "concursos externos", os métodos de selecção não podem ser apenas a avaliação curricular e a entrevista, estipulados para os últimos dois procedimentos concursais abertos para a CMB (42 e 18 lugares!
ResponderEliminarSerá que a legislação não é aplicável a Beja? Será que é fogo de vista, para depois ser anulado o preocedimento?....
Dir-me-ão