Os bejenses vivem numa cidade de sonhos; durante décadas sonhamos rezando com um Alqueva que salvasse a agricultura; porque chegou quando a agricultura já tinha partido, começamos a desejar um Alqueva turístico que colocasse o Baixo Alentejo no mapa dos Euros. Vivemos dez anos na ilusão de um aeroporto que maximizasse a excepcional estrutura construída pela força aérea alemã, perdemos tempos em fratricidas guerras umbilicais, enquanto contemplamos os céus, vendo os aviões passarem para outro destino qualquer!
Recentemente fizeram alguns de nós acreditar que Beja podia ser o Silicone Valley da Europa ou a nova Hollywood do velho continente.
Recentemente fizeram alguns de nós acreditar que Beja podia ser o Silicone Valley da Europa ou a nova Hollywood do velho continente.
Pelo caminho, estão em agenda dois Centros Comerciais para animar a malta, uma televisão regional, uma estrada nova em folha para chegarmos mais depressa à praia, mais uma biblioteca e outros equipamentos sociais e culturais.
Felizmente os bejenses têm prazer em sonhar, continuam a acreditar que o futuro lhes vai trazer o que o presente lhes insiste em roubar, olham com coragem para as maravilhas que o futuro lhes promete, sem se perderem em comiserações com as lástimas do quotidiano.
Se vivemos numa cidade esquecida por todos os poderes, com lacunas gravíssimas no urbanismo, com uma economia decrépita, uma cidade tremendamente envelhecida que quase nada tem a oferecer aos milhares de jovens que aqui nasceram ou que a escolherem para estudar, mantemos intacta a nossa capacidade de sonhar.
Não se procure nestas palavras uma crítica: sou daqueles que pensa que enquanto mantivermos a capacidade de sonhar, ainda nem tudo está perdido. Mesmo quando são tolas ilusões…
Felizmente os bejenses têm prazer em sonhar, continuam a acreditar que o futuro lhes vai trazer o que o presente lhes insiste em roubar, olham com coragem para as maravilhas que o futuro lhes promete, sem se perderem em comiserações com as lástimas do quotidiano.
Se vivemos numa cidade esquecida por todos os poderes, com lacunas gravíssimas no urbanismo, com uma economia decrépita, uma cidade tremendamente envelhecida que quase nada tem a oferecer aos milhares de jovens que aqui nasceram ou que a escolherem para estudar, mantemos intacta a nossa capacidade de sonhar.
Não se procure nestas palavras uma crítica: sou daqueles que pensa que enquanto mantivermos a capacidade de sonhar, ainda nem tudo está perdido. Mesmo quando são tolas ilusões…
sublinho!
ResponderEliminarJ
perfeita perfeita é a leitura deste texto ao som dos fantasmas do abrunhosa...
ResponderEliminarp.s.sou de beja, vivo em beja, escolhi ficar por beja e adoro beja, acredito não em promessas mas em trabalho, arregacemos as mangas aqueles que queremos uma cidade cada vez melhor!
Em muito poucas frases consegues descrever a triste realidade que é esta cidade. Para quem é de cá, como eu, foi estudar para fora, e quando acaba o curso tem pouca vontade de voltar... Isto é só mais uma dica!!! Agora.. lixado é qd temos q voltar por um outro motivo, procurar por cá emprego, sem ter "conhecimentos" certos, é mais dificil do ler um livro em branco. Acho que nem para caixa de um supermercado é fácil!!! quanto mais um licenciado ligado a Gestão... Os empresários privados quase todos têm amigos, filhos, sobrinhos, filhos de primos, conhecidos, ou filhos de funcionários... que são licenciados desempregados... E antes de procurarem fora, pessoas com perfil indicado, metem um desses, mesmo que o perfil não seja bem o que precisam... As empresas públicas... abrem concursos, mas nem todas gerem os processos de forma legal.... Os bancos têm alguma autonomia para escolherem... Para onde é que a malta se pode virar se o próprio centro de emprego se queixa que não recebem pedidos de emprego para licenciados?????
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