A Grande Greve Geral

Como todos sabem ontem o país foi perturbado pela força de uma greve geral. Quis deixar o post ontem, mas o impacto da greve impediu-me o acesso à Internet.
Pessoalmente, tentei fazer: mas, a quarta-feira é o meu dia livre! Ainda tentei dizer à minha Entidade Patronal que apesar de ser o dia em que não tenho de trabalhar, não ia trabalhar, mas foi um pouco confuso explicar como é que eu queria não trabalhar, num dia em que não trabalhava.
Mas… factos são factos: ontem milhares de portugueses não trabalharam e alguns destes faltaram inclusive ao emprego.
Uma primeira crítica: acho vergonhoso que o Dr. Carvalho da Silva, promotor da greve, tenha passado o dia a trabalhar, desde madrugada a acompanhar os piquetes de greve.
Mas deixo as questões nacionais de parte e cinjo a análise à região, não fosse este um blogue regional.
E aqui os efeitos da greve foram esmagadores!
Eu até quis ir trabalhar, mas todo o Metropolitano de Beja esteve parado, bem como os eléctricos e as empresas privadas de transportes de passageiros. Na ponte de acesso à cidade (junto à estação) não foram cobradas portagens. Aliás e este dado é importante, a Auto-Estrada de Beja esteve fechada ao trânsito.
Ontem, não se realizou um único voo comercial ou de passageiros no Aeroporto Civil de Beja. Também em Alqueva, recebi a informação que nenhum hotel, campo de golfe ou demais estruturas esteve a funcionar.
Quis comprar umas cuecas e todos os centros comerciais estavam fechados.
A situação na Industria do Concelho de Beja foi desoladora: nenhuma grande fábrica abriu ontem!
Com excepção da gravação do alegado programa da Sic no Cabanitas, quer a TV Beja por cabo, quer a indústria regional de cinema esteve parada, como encerrado esteve boa parte do comércio tradicional: aliás, muitos comerciantes tradicionais, temendo os efeitos da greve, colocaram nas suas montras “vende-se” e “trespassa-se” ou, os mais precavidos, venderam as suas lojas a comerciantes chineses.
Mais. Devido à greve, a cidade ontem esteve deserta: depois das oito da noite, em todo o centro da cidade não se via vivalma. Por tudo, a CGTP está de parabéns: o efeito pretendido foi sem dúvida obtido!