terça-feira, junho 02, 2009

A leve brisa dos pássaros...

Hoje acordei a ouvir o chilrear dos pássaros, numa alegre e melancólica melodia, um sinal do ciclo da vida que se renova, na alegria contente do Verão que se aproxima. Pela janela aberta para entrar o som cálido da manhã e a brisa do vento que passa, chegavam-me aos lençóis compassos afinados por um maestro sem pena, assobios musicais, sons da harmoniosa natureza, que se une para nos desejar um dia lindo, com cor e som.
Pela fresta o sono dos justos é embalado pelo encanto da música no seu estado puro, a conjugação quase perfeita de sons, que nos penetram nos sentidos e nos recordam que a vida tem sentido, que a natureza é linda, que o sol é esplendoroso e nos ama, nos conquista como os pequenos nadas que são quase tudo!
Por falar nisso: quem me empresta uma caçadeira para matar os estupores dos pássaros que não se calam a noite toda e me cagam carro!

19 comentários:

  1. Anónimo12:29

    quando tiver a cacadeira pode dispensa-la? é que esta manha um cao ladrou mais de 30 minutos a minha janela!

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  2. Aproveitem o som da natureza. Aqui, som de pássaros só mesmo os da gaiola.

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  3. Uma fisga artesanal há moda antiga..asim aproveita e vai treinando a pontaria..eh eh

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  4. Anónimo13:40

    Anónimo das 12:29,

    por isso é que por cá de quando em vez desaparecem uns canitos sem deixar rasto ou aparecem estendidos inertes na via pública. É que paciência tem limite e por cá somos constantemente postos á prova com estes, para alguns, pequenos nadas que não matam mas moem ... e muito!

    ;)

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  5. Anónimo13:51

    O arqueólogo Cláudio Torres, fundador e director do Campo Arqueológico de Mértola (CAM), diz que a "cumplicidade e a interajuda" que existiam com o município alentejano para desenvolver um projecto cultural está a passar por um mau bocado e pode acabar. A autarquia, admite o arqueólogo, "substituiu a colaboração pela hostilização", ameaçando um trabalho lançado há três décadas. O CAM foi forçado a transformar-se em empresa para poder disputar com outras firmas especializadas a prospecção e investigação arqueológica no concelho de Mértola, onde desenvolveu um projecto de reconhecido mérito. O mal-estar entre a autarquia e o CAM acentuou-se nos últimos anos. A desconfiança surgiu quando Jorge Pulido Valente foi eleito presidente da câmara, em 2001, numa lista do PS. Na altura, o arqueólogo advertiu para os riscos que o projecto poderia correr com a nova liderança municipal. Pulido Valente comprometeu-se, então, a manter a essência da colaboração que vinha da anterior gestão da CDU, alegando, no entanto, que teria de haver mais rigor na gestão dos dinheiros públicos.


    Apesar desta garantia, Cláudio Torres assume que o projecto "começou a ser abandonado" logo que o autarca assumiu funções. O visado, que renunciou ao cargo há seis meses, para fazer parte da administração da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva e assumir a candidatura à Câmara de Beja, contrapõe que o projecto "não só não foi abandonado como foi reforçado". Em relação ao projecto político - "mas não partidário" - assumido pelo arqueólogo, Pulido Valente argumenta: "Foi o nosso [projecto] que a população escolheu e não o da CDU, que Cláudio Torres empenhadamente defendeu.
    "O director do CAM salienta que a eleição do autarca socialista representa "uma escolha que derivou de uma votação que logicamente tinha de ser aceite". No entanto, explica: "Da parte da câmara é que surgiram ordens para não usarmos o nosso símbolo do campo arqueológico nos painéis, na sinalética, e nas publicações, sempre que a câmara participa nos eventos ou realizações."Escavações travadas".
    Obrigaram-nos a tirar o símbolo do Campo Arqueológico de Mértola que existe há 30 anos", queixa-se o arqueólogo. Pulido Valente nega esta acusação, frisando que a câmara "não dá ordens ao CAM". Cláudio Torres garante que houve "um corte completo" entre a autarquia e o CAM. E acrescenta que as consequências "vieram a agravar-se progressivamente", até aos dias de hoje, acusando Pulido Valente de abandonar Mértola para "ocupar outro pedestal com objectivos meramente pessoais".
    "Pulido Valente aproveitou-se do trabalho que realizámos ao longo de 30 anos para o apresentar agora como sendo trabalho seu", acusa Cláudio Torres. O ex-autarca não comenta esta declaração por a considerar "descabida".
    Seja como for, quem se desloque a Mértola nota que já não há jovens a trabalhar nas escavações. "Tudo isso acabou", lamenta o arqueólogo, que recebeu o Prémio Pessoa, em 1991, pelo trabalho que até então tinha desenvolvido na vila alentejana. "As escavações foram travadas", prossegue o investigador, esclarecendo que só foi possível concretizar o arranjo da alcáçova do castelo de Mértola, para a tornar visitável, porque era um projecto antigo.
    "Estamos a viver com enormes dificuldades com base no trabalho na área formativa para sobreviver", informa Cláudio Torres, referindo que a única tarefa que ainda vai sendo feita se limita ao levantamento e interpretação dos vestígios arqueológicos que surgem num qualquer buraco que é aberto na zona histórica da vila.
    Colocado perante os novos desafios que se apresentam à continuidade do campo arqueológico, decorridos 30 anos, o arqueólogo acredita que apesar das dificuldades o CAM "vai sobreviver à custa de um prestígio que vem de trás": "O prestígio do nosso trabalho."


    In
    Público
    1 de Junho de 2009
    Carlos Dias

    É este Senhor que queremos para protagonizar a mudança em Beja?! Ná, PARA PIOR JÁ BASTA ASSIM.

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  6. Anónimo13:58

    h...ninguem diria que estes passaros os incomodam!
    Quase que afirmo que são fonte de inspiração...
    lindo texto!

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  7. @anónimo 1.51.
    Para esclarecimento de todos, deixo a posição de uma bem conhecido militante comunista de Mértola, com responsabilidades no Parque:
    "A esquerda, pá!

    Preocupados com o passado, o presente e o futuro da agricultura, reuniram‑se num colóquio em Mértola Cláudio Torres (apoiante do Bloco de Esquerda e da CDU), Constantino Piçarra (apoiante só do Bloco de Esquerda) e um ex-ministro da Agricultura, considerado próximo só do PCP. O encontro foi anunciado há semanas em Castro Verde por Fernando Rosas, candidato bloquista à presidência, mas na realidade foi organizado pelo Campo Arqueológico de Mértola, dirigido por Cláudio Torres, mandatário nacional de Rosas. Ou seja, o Bloco Agrícola de Mértola anda a realizar, empenhada­mente, iniciativas no domínio da arqueologia de esquerda. Que escrevo eu? Há qualquer coisa que não soa bem aqui. Re-escrevamos: o Campo Arqueológico de Esquerda promoveu, no passado dia 4, e em conjunto com o Bloco de Mértola, um colóquio sobre agricultura. Não, bolas, também não foi assim. Quem promoveu o encontro foi o Bloco Arqueológico de Mértola em conjunto com o Campo de Esquerda. Também não. Acho que me enganei outra vez... O colóquio foi uma iniciativa da Esquerda Arqueológica no Campo com a colaboração de Mértola em Bloco. Se calhar também não foi exactamente isso. Vamos então tentar de novo. Realizou-se recentemente um encontro promovido pelo Bloco do Campo Agrícola em conjunto com alguns elementos da Esquerda Arqueológica. Não, caramba, enganei-me outra vez. Até parece mentira! Vamos à última tentativa: a Agricultura Arqueológica da Esquerda conspirou recentemente com membros do Campo de Mértola. Bem, desisto. Fiquemos por aqui.

    No fundo, acho que toda a gente percebeu. Foi uma iniciativa gira, pá. Isso é que interessa. Foi assim uma coisa de esquerda, pá. Da esquerda caviar mais da esquerda tractorista. Da esquerda folclórica e da esquerda des­con­traída. Da esquerda de camisa aos quadrados à esquerda de boina gue­varista. Da esquerda mais ou menos animada à esquerda mais ou menos coerente. No fundo não interessa muito se foi o Bloco de Mértola, a Arqueologia Agrícola ou o Campo de Esquerda quem organizou a iniciativa. No fundo, o importante é a esquerda. A esquerda, pá.
    .
    Este texto foi publicado em Novembro de 2000, nas páginas do Diário do Alentejo. Em tom um pouco chocarreiro protestava então contra aquilo que considerava, e considero, ser uma desnecessária promiscuidade entre um partido político (o Bloco ou qualquer outro, para o caso é indiferente) e a esfera de acção de uma instituição de investigação científica. Sendo eu membro do Campo Arqueológico de Mértola não podia deixar de me expressar em conformidade com aquilo que penso. Por questões de princípio, de coerência e de frontalidade.
    .
    Sem grande surpresa, admito que sem surpresa, a cena repete-se. Agora com as roupagens de uma iniciativa cultural, o lançamento do livro Périplo, de Miguel Portas e Camilo Azevedo. A iniciativa aparece na agenda do website do Bloco de Esquerda (http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=29&Itemid=124), sob o pouco inocente título "Miguel Portas participa no Festival Islâmico de Mértola". O link seguinte (http://www.esquerda.net/media/festival_islamico.pdf) é um pouco mais concreto, com a apresentação do programa de actividades do candidato no concelho de Mértola. Deixando de parte o tom "espontâneo", no sentido tauromáquico da expressão, da participação de Miguel Portas no Festival, faço questão em me demarcar, enquanto investigador e membro da Direcção do Campo Arqueológico de Mértola, desta e doutras iniciativas do mesmo género, previstas ou a programar no CAM.
    .
    Não vejo, decorridos estes nove anos, razões para alterar os meus princípios nem o dogma da frontalidade. Não presumo ter sempre razão. Desta vez tenho a certeza de ter razão.
    .
    Vai haver reportagens na tv e muitos destaques e coisas assim. Alguém duvida?

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  8. @anonimo das 1:51

    embora não vislumbre a relação do seu comentário com o post aqui tem a minha resposta:

    É que é mesmo um destes que faz falta... com eles no sitio para por fim a certas coutadas de certos Srs.

    Embora não goste particularmente de politicos que saltam de umas camaras para outras.

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  9. Anónimo17:38

    E você nao responde ao Cláudio Torres?!!

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  10. @anónimo - Porque responderia? O Cláudio Torres falou em mim? Sabe lá ele quem eu sou!!!
    Se alguém pode/deve responder, será o visado!

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  11. Pedro18:27

    Concordo. É muito bonito, até romântico em certos momentos, acordar a ouvir os pássados a cantar. Mas quando se sai de casa, e se vê o carro todo cagado é... f*****.

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  12. Ao ler este texto pensava que estavas a ficar doido - até ler o fim. Alías, um texto desses da tua parte tinha que ter um fim assim :)

    Agora, não sejas assim, eu adoro pássaros e tenho pena não ter bichinhos desses na minha redondeza!

    Por outro lado, no alto verão já gostas de ter a carroça estacionado por baixo dessas árvores, certo?

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  13. Anónimo12:22

    Como uma linda manhã, com o chilrear dos pássaros a anunciar o regresso do sol a esta metade do mundo, a mais suave e mais pura brisa que é a da manhã a entrar descaradamente pelas janelas abertas e a preparar-nos para um new day comes again, de repente se transforma numa verborreia partidária, insinuações, interesses, mentiras... tudo em nome da democracia e da liberdade de alguns.

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  14. @anónimo - Infelizmente concordo consigo... Lamentável!

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  15. @zig - Cão que morde não ladra, apenas lambe!!
    Digo estes dislates, mas nunca na vida usei uma arma de fogo... e espero morrer sem o fazer!

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  16. as primeiras palavras até à virgula foram "roubadas" soam-me familiares!!! Não podes ver nada.... xiiiiiiii

    Se meteres tampões nos ouvidos e o carro estacionado em outro local... escusas de ir com a caçadeira aos passarinhos!!!!

    vai de fisga!! e a seguir podes criar algo gourmet...

    "Frit oiseaux à l'h"

    onde explicas a forma de obter os ingredientes!!!
    ahahahahah

    ResponderEliminar
  17. as primeiras palavras até à virgula foram "roubadas" soam-me familiares!!! Não podes ver nada.... xiiiiiiii

    Se meteres tampões nos ouvidos e o carro estacionado em outro local... escusas de ir com a caçadeira aos passarinhos!!!!

    vai de fisga!! e a seguir podes criar algo gourmet...

    "Frit oiseaux à l'h"

    onde explicas a forma de obter os ingredientes!!!
    ahahahahah

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  18. Queres a receita?!! vou ponderar... LOL

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  19. Anónimo18:17

    Já agora.. a resposta de Pulido VAlente
    "O projecto de Cláudio Torres para Mértola sempre foi assumido pelo próprio como “agitprop” (sic) mais do que uma intervenção de carácter exclusivamente científico. No entanto, nunca se assumiu plenamente como projecto político de modo a poder ser sufragado pelo povo de Mértola em eleições livres e democráticas.

    Paralelamente à componente científica e patrimonial de valor e reconhecimento incontestáveis sob a responsabilidade do Campo Arqueológico de Mértola, foi sendo concretizada a vertente política, ideológica e partidária através da instrumentalização, para esse efeito, da gestão municipal atribuída em eleições sucessivas durante mais de 20 anos ao PCP/CDU.

    Em 2001 a população de Mértola, em eleições livres, ao recusar a continuidade do projecto do PCP/CDU, apoiado pública e empenhadamente por Cláudio Torres, manifestou-se claramente contra a componente da sua proposta política e ideológica, sem contudo deixar de reconhecer e apoiar a vertente científica e patrimonial da mesma, a qual foi assumida em todos os programas eleitorais das forças concorrentes, nomeadamente da vencedora, isto é, o PS que eu representei enquanto cabeça de lista primeiro e presidente da Câmara depois.

    E é aqui que está o cerne do problema! Cláudio Torres não querendo ir abertamente a jogo com o seu projecto político pessoal (Independente? PCP? Bloco de Esquerda? Guterrista/Sampaísta?) e perdendo o seu “braço armado” que era o executivo camarário PCP, ficou sem instrumentos para concretizar a sua proposta político-ideológica, para além do que lhe é proporcionado pelo Campo Arqueológico de Mértola. Foi este, recentemente, o caso quando utilizou abusivamente o Campo Arqueológico para promover o candidato do Bloco de Esquerda às eleições europeias, o que lhe mereceu uma crítica mordaz e uma desmarcação clarificadora do seu colaborador mais directo.

    Por tudo isto, facilmente se perceberá a visível e manifesta perturbação de Cláudio Torres relativamente à minha pessoa, ao trabalho significativo que a equipa que tive o prazer de coordenar realizou ao longo dos últimos 7 anos (reconhecido, nas urnas, pela população de Mértola) e ao meu percurso político.

    O que já não se compreende e muito menos se aceita é que uma pessoa com o estatuto de figura pública como Cláudio Torres recorra, cego pelo ódio político, à mentira e calúnia pessoal para denegrir e atacar sem fundamento, não as ideias do seu adversário mas a própria pessoa e o trabalho por ela realizado de forma empenhada e reconhecida.

    Na Faculdade de Letras, onde foi meu professor, Cláudio Torres ensinou-me, entre outras coisas, que os ídolos têm pés de barro. Cláudio Torres foi durante muitos anos o meu ídolo… "

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!