Conheceram-se numa noite de lua cheia. Estava calor e a rua convidava ao pecado! Já se conheciam mas nunca se tinham olhado. Tinham-se visto, mas nunca os olhos de um tinham encontrado os olhos do outro!
E quando se olharam sentir um tremor no corpo, um terrível arrepio que lhes oferecer ardor ao rosto. Ela baixou e olhar e corou! Ele quis ser forte e manteve os seus olhos nos olhos dela.
Mas não o fez porque foi forte: fê-lo porque foi demasiado fraco para contrariar o que sentia!
Começaram as primeiras tímidas conversas, sem grande assunto, mais nervos que sentido, a timidez nervosa que faz de todos os enamorados tolos. Roubaram-se cheiros e pequenos toques. Os primeiros tímidos olhares que se fundiram em sorrisos. Depois, uns olhares menos tímidos! E uma ou outra piada, umas mais inocentes que outras.
Um dia ele acordou a pensar nela. Naquele mesmo dia em que ela tinha sonhado com ele. E ela acordou corada!
Estavam apaixonados! Foi ele que se confessou! Foi ela que o aceitou com um beijo. Num dia que tinham ido almoçar à praia. Um dia lindo de inverno. Só os dois e a imensidão do mar azul como cúmplice testemunha!
Fizeram planos a dois. Os sonhos de um foram os sonhos de outro. Amaram-se como nunca ninguém se tinha amado antes, como nunca ninguém se amou depois. Tantas vezes o disseram. Casaram no mês de Agosto e ambos choraram quando o Padre, que os conhecia desde pequenos, os declarou marido e mulher. E voltaram a largar lágrimas felizes quando nasceu a primeira e única filha, fruto de um imenso amor, depois de uma gravidez terrivelmente complexa que ultrapassaram a dois. De mãos dadas! Chamaram Catarina à filha, insistência dele, que queria que a sua filha tivesse o mesmo nome que a mãe.
Catarina, a mãe, morreu ontem! Catarina levou um tiro e não resistiu, ficando prostrada no chão, na cozinha que sonharam os dois e ele construiu com as suas próprias mãos, em tantos fins-de-semana de trabalho! Foi ele que a matou! Quando lhe bateu mais uma vez. A ultima vez!
Ninguém foge ao seu destino!
ResponderEliminarQuem tem de morrer de um tiro, não morre de uma facada!
Muito bem. Gostei.
ResponderEliminarH estas bem???Deixaste o tabaco .....estas a fumar poejos?????
ResponderEliminarJC - é publicidade a uma conferência que estou a organizar para segunda-feira!
ResponderEliminarAbraço.. sem poejos!
espero que ajude,abr
ResponderEliminarhttp://www.guardian.co.uk/education/mortarboard/2009/nov/25/role-teachers-domestic-violence
Obrigado JC!
ResponderEliminarAbraço