Começo por clarificar a minha posição, uma espécie de declaração de interesses, para esclarecer quem me ouve e lê, sobre a inexistência pela minha parte de qualquer tipo de preconceito ou conveniências com o tema que hoje abordo: nunca assisti nem tenho especial vontade de assistir ao espectáculo, não tenho um especial carinho em relação ao Porto que sempre me pareceu uma cidade feia e fria, penso que apenas uma vez bebi red bull e acho a sua publicidade televisiva, do mais parolo que a televisão tem para oferecer!
Mas dizer tudo isto ou especialmente por pensar tudo isto, tenho uma legitimidade reforçada para criticar o obscuro negócio que roubou ao Douro para oferecer ao Tejo e Red Bull Air Race, um espectáculo aéreo, que no ultimo ano terá levado algo como um milhão de pessoas às margens do Douro, para ver um bando de parolos a fingir que voam para se esborracharem nas águas do rio! Pessoalmente, se quero ver paspalhos dentro de água vou à praia com os meus sobrinhos, mas felizmente nem todas as pessoas têm os meus estranhos gostos e apetências!
Por razões que me escapam, a cidade do Porto conseguiu realizar um fenomenal espectáculo, um ícone da cidade, um propulsor do seu turismo e de todo o desenvolvimento económico que este carrila! Desviar a iniciativa para Lisboa – ainda por cima atráves de um estranho contrato que é ruinoso para a capital – é algo ofensivo e incompreensível!
Um desenvolvimento de uma região e de um País, faz-se com solidariedade entre as suas partes e não com egoísmos parasitários: uma região deve saber apostar nas suas idiossincrasias, deve ter a audácia e sapiência de apostar naquilo que pode fazer melhor, oferecer um produto genuíno capaz de hipnotizar públicos! As cidades vizinhas, ao contrário de procurar imita-las, reproduzir o que se fez de relevante, roubando impacto ao que existe, deve fazer igual esforço para apostando na originalidade, oferecerem algo diferente, algo autenticamente seu.
Uma capital não deve impor-se por sugar a iniciativa de outras cidades, vilas e aldeias, mas respeitar o que já existe, dando espaço para aqueles eventos floresçam, sendo um motor do desenvolvimento global e não um sugadouro de criatividade alheia! E que fica dito é verdade para Lisboa, como para Beja. Também na nossa região devemos caminhar para um calendário distrital de eventos, que não procurem competir entre si, mas que consigam vencer pela diferença: se Vidigueira e Cuba fazem excelentes Carnavais, não lhe roubem impacto fazendo patéticos Entrudos! Se Mértola construiu o magnifico Festival Islâmico, não vamos fazer em Ferreira o Festival Mouro ou inventar em Aljustrel as noites do sogro para retirar projecção às Noites da Nora que aquecem o Verão de Serpa!
Os Países tal como as pessoas não florescem com egoísmos e sem respeito pelos outros: porque podemos até fingir, mas ninguém genuinamente feliz em cima da infelicidade alheia…
H, estás a fazer confusão com uma espécie de freestyle com "aviões" caseiros (também patrocinado pela Red Bull) que nada tem a ver com as espectaculares e arriscadas manobras com que os melhores pilotos do mundo têm brindado a Invicta. No resto concordo contigo mas deste uma bela barraca com essa introdução!!
ResponderEliminarui este post traz água no bico! o que virá aí!!!
ResponderEliminarConcordo plenamente!
ResponderEliminarQuando soube da noticia fiquei indignada! É mesmo isso, para mim no minimo é facta de ética ou de novas ideias para atrairem as pessoas!
Concordo!
ResponderEliminar@primeiro anónimo - Se é assim, só se confirma que não gosto nem tenho paciência para o dito espectáculo! Mas fica o pedido de desculpas aos leitores/ouvintes!
ResponderEliminarAnónimo Kerido - mas que água pode trazer? Só se mais chuva...
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