sexta-feira, fevereiro 25, 2011

A posta prometida...

No tempo em que este blogue era sobretudo um laboratório, amiúde falava em peidos! Bem sei que agora estou proscrito de o fazer, porquanto corro o risco de aparecer o meu intelectual de estimação a insultar-me, alegando pela proibição do blogue, porque, para tal personagem, é impróprio de um professor “universitário” falar de peidos, pensamento própria de uma certa mentalidade, que por aí ainda circula, que os académicos devem viver fechados na redoma da intelectualidade, proibidos de terem gases ou, se os têm, guarda-los na hipocrisia do esquecimento, mas nunca, jamais, fazer uma ode ao peido!
Se hoje partilho com o leitor uma reflexão de peidos, não é que pretenda que o blogue feda, mas, por estar convicto de que as flatulências fazem parte da nossa história colectiva, que estudar os traques é a melhor forma de compreender a natureza humana! Arrisco mesmo considerar que a bufa é o verdadeiro espelho das relações amorosas!
No período do enamoramento nenhum dos apaixonados bufa! São aqueles momentos mágicos onde ambos ocultam as imperfeições, onde tudo é um mar excelência, onde cada um é exatamente o sonho do outro!
Depois há sempre o dia do primeiro peido! O primeiro tímido, nervoso, sempre inesquecível peido! Que curiosamente é uma verdadeira declaração de amor! Porque é uma forma barulhenta e terna de dizer, estou aqui, amo-te e sinto-me confortável contigo, quero que me conheças totalmente, que respires o meu intimo! Porque quando as pessoas estão apaixonadas, pode estar um cheiro de pestilento, pode o barulho acordar toda uma avenida, que cada peido é um momento de partilha, de riso,  porque os amantes, mesmo sufocados, conseguem ver em cada peido um momento de felicidade!
E depois da paixão, onde ficam os peidos?
Se quer saber se a mulher com que partilha os seus dias ainda a ama, peide-se, meu caro amigo! Se ela nada dizer, se lhe cheirar com indiferença, se esboçar uma omissão, pode arrotar de felicidade porque a sua mais que tudo ama-o! Mas, se ela protestar, se gritar, espernear, se se queixa, meu caro amigo, é tempo de ir bufar para outra freguesia, porque quem não tem paciência para os seus peidos, já não tem paciência para si!
(adaptado de algo que vi, li, contaram-se, sonhei ou vivi)

6 comentários:

  1. O que nos faz ser de gerações diferentes... o ser humano tem a tendência de ser 8 ou 80... e nestas coisas sempre fui pelo 8 que depois alguém se lembra de passar para o 80... e não vá o diabo tecê-las... é melhor ser como não estar nu o tempo todo... por vezes um pouco de roupa em cima sabe melhor que a nudez total.

    ResponderEliminar
  2. Anónimo00:59

    Até a falar de peidos você é genial!

    ResponderEliminar
  3. É sempre interessante conhecer a versão puramente masculina dos factos...

    ResponderEliminar
  4. Love terry11:29

    Muito bom!!!!

    ResponderEliminar
  5. Chengdu11:29

    Não tendo nenhum contrato matrimonial, tenho outro tipo de contrato com a minha companheira....todos os dias a horas certas os peidos dela me servem de despertador. Em contrapartida, à noite, ela adormece ao som dos meus. E se isto não é amor, então não sei !

    ResponderEliminar

Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!