As namoradas de Klimt, surgiu na segunda metade da década de dez, portanto, nos seus últimos anos, na fase final da sua absolutamente excecional carreira! Como se ainda não tivesse cansado de chocar os seus contemporâneos, de ser carne para escárnio para os seus imensos detractores, Klimt pinta lésbicas, despindo uma delas de todos os preconceitos, bem como de roupa, desnudando-a, numa época e num tempo, em que as mulheres ainda não eram lésbicas e que não se despiam quando se amavam!
Já um pintor consagrado, Klimt despe a sua personagem e pinta-a com traços sensuais, exibindo a sua penugem feminina, num tempo em que as mulheres ainda não usavam cabelos íntimos, absolutamente insensível ao efeito que o quadro poderia produzir entre os seus!
A força da cores é absolutamente soberba nesta pintura; tons fortes, de fogo, quiçá premonitório, porquanto este quadro desapareceu quando ardeu num incêndio na década de cinquenta.
A força da cores é absolutamente soberba nesta pintura; tons fortes, de fogo, quiçá premonitório, porquanto este quadro desapareceu quando ardeu num incêndio na década de cinquenta.
Se Klimt fosse uma cor, seria o amarelo dourado, seria pedaços de ouro plantados na tela, seria tons de girassol que nos ilumina com mais força que o sol; mas nas suas namoradas, nas lébicas de Klimt, encontramos o vermelho forte da paixão, o desejo, a cobiça; aliás, se o vermelho fosse pouco, o autor empresta-nos uma serpente, simbolismo sexual, não raras vezes de pecado, ou de pessoas de má índole na nossa cama ... mas, segundo alguns, igualmente símbolo de Cristo! Não fosse a paixão a junção do profano e o sagrado...
Adoro! Gosto da cor dos quadros, do amarelo dourado, dos pedaços de fio de ouro que plantou nas suas telas. Absolutamente fantástico!
ResponderEliminarUm dia vou ter uma tela Klimt aqui em casa :)