A cunha não resulta de uma propensão nacional para a aldrabice. É a informalidade de quem não se organiza. E, num país pequeno onde toda a gente se conhece, a cunha é a forma das redes de contactos valerem mais do que o esforço e a competência. Ela tem efeitos na qualidade do que se faz ou na justiça das decisões que se tomam. Mas ela é, acima de tudo, um travão à mobilidade social. Quem está mais longe do poder não consegue empregos, é mais facilmente vítima de arbitrariedades, passa por calvários burocráticos a que outros são poupados. Basta olhar para os quadros das principais empresas, para os apelidos que se repetem e para a pequenez da nossa elite para perceber como essa rede informal é eficaz. E nas decisões administrativas passa-se o mesmo: se as regras não são claras e previsíveis e quem toma decisões não é rigoroso a aplicá-las a cunha subsitui a justiça. E é inevitável que assim aconteça.
Não basta não tolerar a cunha. Podemos e devemos continuar a fazer as coisas como se ela não existisse. Mas não chega, porque ela acaba sempre por se impor. A cultura do rigor nos procedimentos de quem tem de tomar decisões - políticas, administrativas ou empresariais -, seja no Estado ou no setor privado, é a única arma eficaz contra a informalidade das redes de contactos.
A propósito de cunhas , fazer post ao abrigo do novo acordo , parece coisa abrasileirada , não acha? :)
ResponderEliminar@anónimo - é o Português que temos. No próximo ano letivo vou ser obrigado a escrever assim. A ideia é começar a habituar-me!
ResponderEliminarEntão e eu que sou aluna ,não sei escrever assim. também irei ser obrigada?
ResponderEliminar@só mais tarde. Nós é que temos de começar a escrever português esquisito ainda este ano!
ResponderEliminarJá não é para mim!
ResponderEliminarEste novo acordo é feio.
Vamos habituar-nos... Pense assim: hoje era impensável escrever pharmácia, phutebol ou phoda!
ResponderEliminarQualquer dia tiram-lhe o H e fica só ugo!pela logica ...já pensou nisso? LOL
ResponderEliminarSim! Mas os nomes próprios ficam inalterados! Ou seria o blogue do
ResponderEliminarMas já não tiraram o c ao vitor?
ResponderEliminarEntão dir-se-ia:
ResponderEliminar- O agão do mextre J M Mextre dretor do osprital, nã lentra feijanito no ku, ten ca un cuurricolo cate paresse que foi kagado generali
A etiqueta "esquecida" é provocações? Ou é outra coisa qualquer? ;)
ResponderEliminarMaria - é um convite a pensar...
ResponderEliminarCuba: 5 ministérios e central sindical iniciam despedimentos
ResponderEliminarCinco ministérios cubanos e a central sindical única iniciaram hoje o processo de redução dos funcionários do Estado, num plano que prevê a eliminação de meio milhão de postos de trabalho, indicou a agência espanhola Efe.
Os ministérios de Indústria Açucareira, Agricultura, Construção, Saúde Pública e Turismo foram os escolhidos para começar o «reordenamento laboral», uma das principais medidas aprovadas pelo governo de Raúl Castro para ultrapassar a grave crise económica que asfixia a ilha.
Funcionários de vários destes ministérios confirmaram à Efe o início do processo e adiantaram que este será realizado de forma paulatina, nos próximos quatro ou cinco meses, em função da dimensão e da quantidade de trabalhadores de cada unidade.
Diário Digital / Lusa