Imbuído no meio de prazos e projectos, o sono tranquilo foi atormentado por um pesadelo que me despertou inquieto! O sonho – vamos baptiza-lo assim para fugir da redundância – era sobre a cidade de Beja sem que nunca tinha existido Ensino Superior.
Pela mente perpassou-me uma cidade em que os jovens tinham de migrar para Lisboa para continuar os seus estudos - caso as famílias tivessem condições económicas para suportar esta imensa empreitada -, sendo que na sua gorda maioria, eram forçados a engrossar abruptamente o mercado de trabalho não qualificado, onde quer que os empregos os levassem! Uma região em que as largas centenas de pessoas às quais a vida esbulhou na adolescência a possibilidade de seguirem estudos superiores, não teriam tido a possibilidade de na idade adulta perseguirem um desejo de criança e em regime pós-laboral alcançarem a almejada licenciatura.
Em sobressalto, imaginei uma cidade que, se hoje tem imensas carências de quadros qualificados, não oferecia nenhumas condições para o regresso a casa dos filhos da terra, abandonando-os à sua sorte no litoral do País ou pelo estrangeiro, quebrando os laços que os ligam à cidade onde cresceram.
Eu sou um dos 3000 alunos do IPB. Também eu já passei pela experiência de ter frequentado o ensino superior, em Lisboa. Na altura, custou-me muito a adaptação a uma nova realidade, ainda por mais, fora de casa. O curso que escolhera também não se identificava comigo. De facto, entrara para o curso errado, o que complicou mais a minha situação. Até que um dia desisti, e disse para comigo, o teu futuro não é este. Passei por um período de profunda reflexão, perscrutando exaustivamente o rumo que queria dar à minha vida. Foi então, que eu decidi entrar para o IPB, se bem que podia ter dado continuidade à vida académica na capital. Todavia, acabei por não o fazer. Na altura, tive receio de encontrar os fantasmas da minha recente experiência falhada, enquanto estudante do ensino superior. Acabei por achar que a solução devia ficar à porta de casa, na terra que eu estimo e que me deu sempre razões para sorrir. Hoje, posso afirmar com tranquilidade que tomei a decisão assisada. Voltei a encontrar felicidade. Voltei a encontrar o sucesso. E o mais importante sinto-me cada vez mais maduro quer a nível pessoal quer a nível intelectual. Estou agradecido por tudo o que eu aprendi no IPB, até agora. E digo mais, dos dois ensinos por que passei, o de Beja contribuio mais para o enriquecimento de conhecimento, sem nunca menosprezar o ensino de Lisboa, que como é consabido tem um estatuto quase imaculado. Apenas quero deixar a ideia, que o nosso ensino superior, em Beja, não é menos bom que o de Lisboa. Ademais, existem muitas pessoas, entre elas alguns professores, que me aconselham regressar a Lisboa. Até podia. No entanto, ganhei um grande respeito pelo IPB, acabando por suprimir os preconceitos induzidos em relação a esta exímia instituição. Aliás, o meu apego a esta é maior do que nunca. Como tal, pretendo acabar a minha licenciatura, cá em Beja, como forma de agredecimento e como símbolo da existência de qualidade. E nada e ninguém me consegue desviar dessa meta.
ResponderEliminarExcelente! E... sempre a defender os seus "meninos"...
ResponderEliminarCaro sonhador com pesadelos,
ResponderEliminarFiquei com uma dúvida: o IPB é uma empresa ou uma Instituição escolar/Estabelecimento de ensino superior público?...
O meu caro, sabe bem o que é! Mas.. nesta era de pornografia dos números, por vezes é interessante mostrar valores económicos para algumas mentes perceberem. Curiosamente, este fim de tarde ouvi o mesmo argumento!
ResponderEliminarMas... acho redutor ficarmos por estes numeros! Obviamente q outros valores são bem mais importantes!
Sim, também ouvi, e pareceu-me um argumento enviesado e menor, economicista, comparado com a importância formativa, desenvolvimentista e cultural da Instituição. De qualquer forma, pensei que querias encaminhar a coisa para a "empresarialização" das Universidades e Politécnicos e da sua parcial "auto-sustentação" financeira, no que isso implica de reconfiguração dos serviços prestados à comunidade e de articulação com o tecido empresarial envolvente.
ResponderEliminarNão! Apesar de ideologicamente sem favorável ao mercado, penso que é um disparate avançarmos neste momento para uma empresarialização de Universidade e Politécnicos. Seria trágico para o interior do País!
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