sexta-feira, janeiro 07, 2011

O primeiro dia do resto da vida...


Gostava que amanha fosse o primeiro dia do resto da vida do Diário do Alentejo! E tenho esperança que seja. Porque o Paulo Barriga é sério, é competente e tem um projeto para o nosso jornal! Porque o Barriga é cá da terra! Sim, porque o DA é o jornal da nossa terra, da nossa região, da nossa gente!
Batalhei muito por esta solução; pela simples razão que estou absolutamente convicto que esta a melhor solução! Não tenho nenhuma amizade especial com o Paulo Barriga: respeito-o, admiro o seu trabalho, temos uma relação cordial, mas, não me recordo ter jantado com ele, ido para os copos com ele, trocar mails de gajas vestidas ou outros ritos humanos! 
Muitas e muitas vezes expus a podridão do DA, porque me entristecia assistir calado ao que um bando de ímpios andou a fazer com a liberdade de imprensa, o dever de informar, o respeito pela cousa pública, os mais básicos e elementares primados da democracia! Contra o silêncio dos cobardes, o silêncio dos oportunistas, tantas e tantas vezes contra a incompreensão daqueles que apenas conseguem lutar pelo seu umbigo; aliás, é isso que explica, que durante anos a minha defesa pelo nosso jornal fosse conspurcado com insinuações indecentes!
Desde que o Paulo Barriga foi escolhido para diretor, não troquei com ele uma palavra, uma sms, um mail, nada, absolutamente nada! Por razões minhas, que não me apetece explicar! Quebro o silêncio hoje, dirigindo-me a ele publicamente, começando por lhe dar os parabéns e lhe desejar toda a felicidade do mundo! E fazendo-te um pedido: sê igual a ti próprio, procura reunir-te dos melhores, resiste às pressões que inevitavelmente vão existir e faz crescer em nós o orgulho em ter um jornal secular!
Paulo, na tua frente apenas vejo dificuldades: tens uma redação politizada, carências económicas, excesso de funcionários e falta de jornalistas, ceticismo dos leitores, que durante anos foram bombardeados com vergonhosa propaganda! Mais: quem durante anos e anos foi cúmplice cobarde da ignomínia, vai exigir de ti em breves meses o que o jornal já mais foi em anos! Mas segue o teu rumo, ciente da tua razão, sem perder tempo com as tolas vozes que o vento há muito deixou de escutar!
Amanhã, vou acordar e comprar o DA: pela primeira vez em muitos anos!

7 comentários:

  1. Anónimo00:12

    E eu também, pela primeira vez. Aguardo respeito.

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  2. Anónimo00:21

    Bravo! Apoiadíssimo!

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  3. Dica00:23

    Fui assinante durante muitos anos e em pequenos textos fizeram-me CENSURA, explicaram-me por motivos de critérios jornalisticos e de espaço, e em face do exposto só tinha uma atitude a tomar, deixá-lo de o ser.

    Agora na banca vou comprá-lo pela manhã e só desejo que como na canção " não há machado que corte a raiz ao pensamento " e um jornalismo independente e plural, impere no Diário do Alentejo.

    O desafio é enorme Paulo Barriga, boa sorte !!!

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  4. Anónimo13:12

    Desculpem a minha ignorancia, mas alguém conhece o projecto para o DA?
    Onde posso consultá-lo?
    Para me poder pronunciar.......

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  5. @anónimo - Da entrevista, constava a obrigação dos candidatos apresentarem um projeto para o DA! No passado falei com o Paulo e sei que tem ideias claras sobre o que pretende!

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  6. Anónimo07:10

    Depois de lido o primeiro número do DA post Comunismo, não notei grande diferença.

    Continuam os mesmos artigos fracotes, as mesmas crónicas, umas melhores, outras piores, mas sem que nenhuma seja verdadeiramente marcante.

    A qualidade dos cronistas, certamente boas e esforçadas pessoas que dão o seu melhor, continua a ser muito fraquinha.

    Em suma, o DA continua mauzote, a tratar os assuntos pela rama, sem rasgos de análise ou crítica.

    Seja como for, não se podia mudar do dia para a noite em tão pouco tempo. Esperam-se melhores dias. Boa sorte para o projecto.

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  7. @anónimo - O Barriga é o primeiro a afirmar que novidades só no futuro! Mas.. deu para perceber que ele sabe qual o caminho que deseja!

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!