Beja e a sua vocação histórica!

Hoje o executivo camarário convida os bejenses para se pronunciarem sobre o Plano Diretor Municipal! Gosto desta visão nova de democracia participativa, do respeito pelos munícipes, de os fazer atores ativos da nossa história coletiva!

Não sei falar do que desconheço, pelo que, obviamente, não vou opinar sobre a questão técnica! Mas não ignoro, nem permito que se esqueça, que antes de ser técnica, esta é uma questão política, porque, todos podemos e devemos ter um contributo para escolher o futuro da nossa cidade, para responder à questão que para mim há muito é fundamental: que Beja queremos em 2020!

As minhas convicções não são propriamente segredo de estado e amiúde tem brotado no papel! Sonho um imenso parque verde na zona sudeste da cidade, i e, a zona confinante com o Bairro do Mirra Serra ao Bairro da Conceição, sendo que, seria na extremidade oposta a este parque que surgiriam as novas urbanizações, de molde a que, em duas décadas, a cidade seja atravessada por um grande parque verde!

A preservação da parte histórica da cidade, quer o património hoje conhecido quer o imenso que está oculto, deverá ser a grande prioridade da década! Urge um esforço coletivo para a reabilitação dos edifícios no centro histórico, isentando-os de todas as taxas possíveis, pressionando os Governos para ter a reabilitação urbana como a prioridade das prioridades para os apoios públicos! Envergonha-nos o aspeto decadente dos prédios, que gritam por salvação ou, na falta de melhor, uma pintura que lhes devolva dignidade!

O que levou muita gente, que tem alergia aos partidos, a sair da quietude e lutar por uma alternativa na cidade de Beja, é o desejo de que haja coragem de sonhar a cidade, o desejo de que se consiga ver mais longe que o quotidiano, a audácia de acreditar que Beja tem condições para recuperar a sua vocação histórica e reerguer-se como a grande capital do Sul!