Irá ser perseguido por um português. Com um cão. Que caga o sitio já limpo. Para marcar território. Enquanto come uma bolachas o português ri-se. Da poia que ficou no local limpo. Depois de acabar as bolachas o pacote é atirado para o local. Já limpo outra vez. Faz-lhe confusão tanta limpeza. Assim que o pacote desaparece para o balde de lixo ele cospe. Cruza os braços e bate o pé impacientemente. Não reconhece este local limpo. Não faz parte da educação dele. Não faz parte do universo dele. Agarra no telefone e liga para o motorista.
"Jarbas, leva-me para o parlamento que alguém quer limpar os meus amigos. Vão vagar lugares e devem-me favores. É agora!!!"
Não fui. Envergonhei-me por não participar embora tivesse justificação suficientemente forte. Mas senti que era uma mera desculpa. E vocês que fizeram? O mesmo que eu não é?
Eu não fui. É não me sinto envergonhado. Porque sei que nada do que estão a limpar é lixo criado por mim. E se alguma coisa que eu detesto é limpar algo quando sei que atrás de mim vem alguém a sujar. Até parece que o fazem de propósito.
Embora este género de movimento seja em parte pedagógico, afecta pouco aqueles que não têm consciência da merda que fazem.
Não desencorajo. Mas também não me sinto encorajado...
Eu sinceramente acho muito mais importante educar os que me rodeiam consciencializando -os para o problema . O oceano é feito de muitas gotas e todas fazem a diferença.
Nuno Oliveira - se por acaso o blogue "anti-portuguesinho uma batalha contra a inércia" se relaciona directamente consigo então não faz jus à proposta interventiva.
A minha batalha contra a inércia é a nível da mentalidade. Eu dou o exemplo. Ao não agir contra os meus princípios. Ao falar sobre os assuntos e procurar que as pessoas pensem seriamente nos assuntos antes de falar. Não procuro demonstrar aos outros que sou muito "bonzinho" se não o for.
A minha opinião, sinceramente, é que estas acções são boas para as crianças. Sensibiliza-as.
Um adulto não se sensibiliza. Ou já está ou não é minimamente afectado.
Há outras formas de agir.
Se eu o apanhar a passear o seu cão e não recolher os dejectos, pode crer que terá uma acção com algum vigor da minha parte. Fará com que pense duas vezes antes de o voltar a fazer.
O que me recuso a fazer é construir 50 apartamentos numa ilha deserta, na esperança que haja um náufrago que dê à costa. Tenho mais que fazer com a minha energia e tempo.
Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!
Hugo ,você invariavelmrnte faz-me sorrir a sua coragem e lealdade são pouco vulgares. Obrigada
ResponderEliminarLOL! Bem visto!!
ResponderEliminarboa quando começamos?
ResponderEliminarH, faz-me um favor, escreve lá uma daquelas mesmo hilariantes como tu costumas fazer, please!!!
Caro H,
ResponderEliminarDe nada adianta limpar.
Irá ser perseguido por um português. Com um cão. Que caga o sitio já limpo. Para marcar território. Enquanto come uma bolachas o português ri-se. Da poia que ficou no local limpo. Depois de acabar as bolachas o pacote é atirado para o local. Já limpo outra vez. Faz-lhe confusão tanta limpeza. Assim que o pacote desaparece para o balde de lixo ele cospe. Cruza os braços e bate o pé impacientemente. Não reconhece este local limpo. Não faz parte da educação dele. Não faz parte do universo dele. Agarra no telefone e liga para o motorista.
"Jarbas, leva-me para o parlamento que alguém quer limpar os meus amigos. Vão vagar lugares e devem-me favores. É agora!!!"
...
Muito bom! Serviço público. Já te inscreveste? :)
ResponderEliminarQuando?
ResponderEliminarÉ que por enquanto são os do parlamento que estão a limpar os portugueses!! Limpam-nos tudo, a dignidade, os valores e o dinheiro.
Eu sei de uma coisa que se poderia fazer para começar a "não sujar Portugal" (ja que não se vai limpar)...
ResponderEliminarNão atirar as beatas para o chão!!
(fica o recado para uns que aqui estão)
Raquel - posso ser agnóstico, mas respeito a Igreja! E nunca andei a atirar beatas ao chão!
ResponderEliminarLou - Prometo que vou tentar!
ResponderEliminarNuno, sem dúvida: é uma questão de cidadania... ou falta dela!
ResponderEliminarVou ser polémica...mas algumas "dessas" beatas precisavam!
ResponderEliminarRaquel - a maioria! ehehehe
ResponderEliminarH: mas...depois , deixavam de ser beatas!! hehehe
ResponderEliminarNão fui. Envergonhei-me por não participar embora tivesse justificação suficientemente forte. Mas senti que era uma mera desculpa. E vocês que fizeram? O mesmo que eu não é?
ResponderEliminarResposta no post de hoje :)
ResponderEliminarCaro a-nonimo
ResponderEliminarEu não fui. É não me sinto envergonhado.
Porque sei que nada do que estão a limpar é lixo criado por mim.
E se alguma coisa que eu detesto é limpar algo quando sei que atrás de mim vem alguém a sujar. Até parece que o fazem de propósito.
Embora este género de movimento seja em parte pedagógico, afecta pouco aqueles que não têm consciência da merda que fazem.
Não desencorajo. Mas também não me sinto encorajado...
Eu sinceramente acho muito mais importante educar os que me rodeiam consciencializando -os para o problema . O oceano é feito de muitas gotas e todas fazem a diferença.
ResponderEliminarNuno Oliveira - se por acaso o blogue "anti-portuguesinho uma batalha contra a inércia" se relaciona directamente consigo então não faz jus à proposta interventiva.
ResponderEliminarCaro a-nonimo,
ResponderEliminarA minha batalha contra a inércia é a nível da mentalidade. Eu dou o exemplo. Ao não agir contra os meus princípios. Ao falar sobre os assuntos e procurar que as pessoas pensem seriamente nos assuntos antes de falar. Não procuro demonstrar aos outros que sou muito "bonzinho" se não o for.
A minha opinião, sinceramente, é que estas acções são boas para as crianças. Sensibiliza-as.
Um adulto não se sensibiliza. Ou já está ou não é minimamente afectado.
Há outras formas de agir.
Se eu o apanhar a passear o seu cão e não recolher os dejectos, pode crer que terá uma acção com algum vigor da minha parte. Fará com que pense duas vezes antes de o voltar a fazer.
O que me recuso a fazer é construir 50 apartamentos numa ilha deserta, na esperança que haja um náufrago que dê à costa. Tenho mais que fazer com a minha energia e tempo.
Mas não censuro quem o faça.