quinta-feira, maio 20, 2010

Trinta e Sete (com Adenda)

Quando este post aparecer aqui, vou estar sentado no Pax Julia a ver o ultimo trabalho dos Lendias. Aliás, porque há a estúpida mania de os espectáculos não começarem a horas, devo estar agora na porta da entrada - que não gosto, porque preferia que fosse a principal - a ingerir nicotina feito parvo. Pelo menos deverá estar uma noite agradável e não faço a figura patética de estar a tiritar de frio à chuva, com o dito cujo na boca.
Gosto dos Lendias - apesar de eles agora não gostarem de mim - e fico feliz por regressarem ao Pax Júlia, porque na Casa que chamam de Cultura, o único espectáculo que oferece condições, será para um desfile de retro-escavadoras!
O espectáculo será nesta e na próxima semana: passe por lá! Normalmente vale a pena!

Adenda: Fui ver e gostei bastante. O cenário estava fabuloso - palavra de honra que ainda gostei mais do que quando a AA apareceu nua -, a música bastante aceitável e excelente jogo de luzes. O Revez discorda, admito que seja preconceito, mas encenar-se a si próprio é sempre demasiado arriscado: há pausas que dispensava, mas reconheço que pode ser problema meu. Tirando isso, o António Revez esteve brilhante: a tristeza, a mágoa, mesmo a raiva que não escondes, fizeram-te brilhar num texto complexo.
Quando percebi que o texto juntava Luiz Pacheco, José Mário Branco e um texto do actor, pareceu-me demasiada presunção: não me leves a mal, mas apesar de discordar de ti quando dizes que a tua escrita é uma merda, não te reconheço o talento literário do teu irmão, por exemplo. Mas foi uma óptima supresa: o texto foi bom e perfeito para este trabalho.
Termino, com uma alusão à parte final - da peça, não dos comentários dos espectadores -: sabes a minha opinião e sabes que nao mudei. Como é público que fui apoiante de Pulido Valente nas autárquicas, com algumas responsabilidades, que não enfatizo, nem escondo. E um dos motivos que me fez lutar pela mudança, que me fez perder horas e horas a trabalhar num projecto sem pedir nem querer nada em troca, foi tornar possível que um actor, numa peça subsidiada pela CMBeja e no Pax Júlia, possa dizer o que tu disseste sobre o actual director do Pax e o actual executivo da CMBeja. Porque essa é a enorme vantagem de quem gosta de democracia...

15 comentários:

  1. Anónimo10:16

    também contigo e através de ti chegou a democracia a Beja. ah, ah, ah,ah,ah,

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  2. Nunca subscrevi! Acho que já havia democracia em Beja. Disse antes e mantenho: se queremos por datas, chegou o 25 de Novembro!

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  3. Anónimo12:54

    É verdade que este grupito de três pessoas recebe 50.000 Euros e tem instalações gratuitas?!
    Haja respeito por quem trabalha!

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  4. Anónimo13:23

    Quem trabalha não usufrui de tais regalias.
    Será que foi desta que os Lendias fizeram um trabalho novo ???
    O forte deles é repor trabalhos antigos ..

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  5. Anónimo14:13

    Acho que a sua opinião relativamente ao final da peça deve ser a mesma que a minha: aquilo foi no mínimo DE MUITO MAU GOSTO!

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  6. "Vamos conversando, conversando... sim, porque agora pode-se falar... ou já não se pode?" FMI - José Mário Branco, 37 anos

    Cépticos, críticos, parvos, anónimos e mesmo quem acumule mais do que uma destas opções, aceitamos todo o tipo de público. Hoje, amanhã e nas próximas quinta, sexta e sábado.
    Sempre às 22h, na sala-estúdio Pax Julia, instalamo-nos lá, gratuitamente durante 15 dias. E não trabalhamos. Ficamos lá sentados todos os dias, das 9 às 17h a gozar as instalações. Se se quiserem juntar a nós, teremos todo o gosto.

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  7. Ana - fico curioso em descobrir onde me inseres...

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  8. Hugo:
    Parece-me suspeito que gostes mais de ver o Revez sem camisa do que essa tal AA nua, mas de qualquer forma, queria agradecer a tua presença e o teu comentário. Parece que, de facto, é este o espaço para se falar de cultura em Beja.
    Se bem que o falar de cultura, salvo raras excepções e comentários, revelam a completa ingenuidade (senão burrice) e um perfeito desconhecimento do que se fala. Mas o que fazer? Já pensei ir para a Praça da República fazer palestras, mas não passa lá ninguém...
    Continuo a achar muito triste que a luta partidária ocupe lugar de destaque quando se fala de teatro.
    Temos sempre de falar de política, é lógico, porque o teatro, na sua essência, é isso mesmo, mas os partidos, já são outra coisa. Discordamos, como sabes, em relação às opções tomadas, também não mudei de opinião. Mas respeito as tuas, (que remédio! se não consigo fazer-te mudar de ideias!)
    Acho que o tempo nos dirá, através dos resultados e do que será a vida cultural de Beja. E se as memórias não forem curtas, poderemos aferir o que foram boas e más medidas. Tendo em conta o caminho apontado, eu não auguro nada de bom.
    Para que conste, a Lendias NÃO tem espaço de ensaios. A Junta de Freguesia de Vila Azedo emprestou-nos um espaço onde nos instalámos. Por isso, a todos os que revelam preocupações com as condições em que trabalhamos, nada temam, que em Junho há mais.
    Até lá

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  9. Moi - Por acaso, o que dizes ao inicio, preocupa-me! Ainda tenho esperança na reposição do tal trabalho da AA, num dia em que "a gaja" use secador. Ouvi dizer que resulta muito bem!

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  10. ah, ah, ah, ah, (ler exactamente como está escrito e não com uma entoação que indique qualquer vontade de rir)

    tenho uma dor nos pés que não imaginas...

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  11. São as dores de ser Mulher! ehehe

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  12. Alves19:26

    Muito triste o Sr. Revez, muito triste, muito triste!... Enfim, ele tem-nos habituado a todos a isto, agora andar a receber dinheiro para fazer aquelas figuras!? Enfim! E não o mandam embora de vez!!!

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  13. Anónimo22:11

    Mas revoltante, revoltante, é um grupelho só de uma senhora chupista, mamar 150 mil euros

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  14. Anónimo22:35

    Só queria dizer que agora passa muita gente na praça da república, ao fim da tarde está sempre cheia de adultos e crianças!

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  15. Anónimo01:58

    ...os cães ladram mas a caravana passa...

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!