"O que nunca ninguém diz, porventura com medo de parecer vaidoso, é que a inteligência tem um preço: a solidão" (Nuno Lobo Antunes)
sexta-feira, outubro 17, 2008
Alentejo Popular...
O AlentejoPopular fez anos e ofereceu uma página on line, com jornal virtual. Eu gosto do Alentejo Popular: acho-o um jornal sério! Assume aquilo que é e não procura enganar ninguém. Um dia, até vou ler uma edição!
São poucas as publicações no baixo alentejo, em termos de jornais. Temos o diario do alentejo, o correio alentejo e o alentejo popular completa o tridente. Há 2 anos atrás um projecto de jornal diário, não me recordo o nome, foi à vida passado poucas semanas. O único semanário desportivo da região - O Ás, está 20 anos depois suspenso, em tempos (há 10 anos atrás) houve o Topo Sul para os lados do campo branco. E é isto que há... Ah e temos também a revista Mais Alentejo!
O alentejo popular é jornal algo carola iniciado por alguém que, por motivos afectivos, me é bastante próximo! Nevertheless, julgo que qualquer publicação é sempre de louvar neste deserto jornalistico que é o alentejo e beja em concreto!
No dia em que leres essa edição irás perceber que o Alentejo Popular é tudo menos um jornal que "assume o que é e não procura enganar ninguém". Aliás, aproveita e lê logo o ponto dois do Estatuto Editorial onde consta o seguinte. "O Alentejo Popular assume-se como um jornal independente de quaisquer poderes e interesses económicos, políticos ou religiosos(...)". Lê e diz-me se eles tentam ou não enganar-nos? Só não enganam porque não somos parvinhos de um todo!
O Alentejo Popular na verdade não engana ninguém. É um jornal anticapitalista onde podemos ler artigos muito interessantes que nos ajudam a pensar e a não reagir como o cão do Pavlov.(não sei se é asssim que se escreve).É um jornal que, apesar de não me identificar com ele em alguns aspectos, mantém uma matriz democrática e de liberdade de expressão que pede meças a esse pretenso paladino da democracia que dá pelo nome de Correio Alentejo e que exerce censura encapotada sob diversas formas.M&M
@Beija - Se ler o resto do ponto dois do Estatuto Editorial, irá ver que o AlenteJo Popular se assume como um jornal de Esquerda (sendo interessante constatar que apenas o vocábulo esquerda merece letra maiúscula: é nesse sentido que digo que o jornal não engana...)
@Anónimo 3.16 - Não vou entrar em polémicas, sendo que apenas tenho para oferecer o meu testemunho pessoal! Nunca em momento algum tive nenhuma limitação por parte do CorreioAlentejo! Sempre escrevi o que quis, como entendi, sem nenhuma interferência do Director do Jornal que, sublinho, apenas conversei uma vez por cinco minutos.
Pois é, não se trata de polémicas, mas tão só de uma análise da realidade.Factos.Claro que não teve qualquer limitação.A censura inteligente usa outras ferramentas, outros ardis, para coarctar a liberdade de opinião.Chama-se a isso gestão da informação, ou gestão do estatuto editorial, que bem feito dá para a tomada de posições se escudar por detrás do dito cujo.M&M
@anónimo - só lhe posso oferecer a minha experiência pessoal! E muito honestamente, estou profusamente convencido que se respire mais liberdade de opinião no CAlentejo que em qualquer outra imprensa escrita da cidade!
@anónimo - quando os Republicanos nacionalizam, explique-me o que é a esquerda! Mas, para não fugir, acho a imprensa regional espelha a sensibilidade regional: no entanto, vejo no CA espaço para pessoas que não são de esquerda, como "moi meme"!
h, você é que me tem que explicar o que é a direita, esta direita neoliberal de que se diz defensor. Imagino a confusão que vai na sua cabeça depois deste trambolhão provocado pelo capitalismo especulativo e criminoso.Você que se dizia defensor do mercado e via o mercado como o grande regularizador da vida económica e financeira, podendo, em sua opinião, regular a vida das sociedades nos seus mais variados aspectos.Você que demonstrava uma fé cega no mercado e que defendia menos estado e mais mercado, tem agora uma boa sarna ideológica para se coçar. Sabe, não estamos apenas perante um caso de policia e de um crime contra a humanidade, o que já era muito e gravissimo, estamos também perante a falência do capitalismo na sua fase mais bruta e irracional que se denomina neo-liberal.Acerca do CA, quem disse que esse jornal é de esquerda? E quem disse que você é de direita? Cumprimentos do M & M
Excelente troca de opiniões, é por isso que gosto deste blog, discute-se sem ofender, até diria mais, diria que é um blog que assume aquilo que é e não procura enganar ninguém. Quanto ao comentário das 6:01 do M&M, diria que é o Sistema! H, gostava de ler a sua opinião sobre o último comentário do M&M (... boa sarna...), mas atenção sem autocensuras.
M&M - Vamos por partes! Eu sei que agora está na moda falar em neo-liberalismo, mas é capuz que nunca enfiei. Assumo-me sempre como liberal, continuo a entender que o capitalismo tem defeitos mas é o melhor sistema que conheço e acredito no mercado. Mas nunca defendi um Estado fraco, antes pelo contrário: quero o Estado fora da economia, mas forte e regulador! A tese do crime contra a humanidade é gira (só espero que o Garçon não lhe pegue...), mas estou convicto que estamos perante um caso de policia, que as autoridades devem investigar, julgar e punir. Mas.. contrariamente à vox populi não acho que esta crise seja apenas financeira na Banca americana. Desde já convido-o em primeira mão para a minha crónica de quinta na RPax, onde terá várias razões para me criticar e dar porrada intelectual!
h, vamos por partes, não se pode ser apologista de um sistema económico/politico e, quando interessa, apenas dele retiramos os aspectos positivos, pois qualquer sistema tem coisas positivas. O neo-liberalismo não foi descoberto agora. Começou há muito tempo e teve um forte incremento com a queda do muro de berlin e a ascensão de reagan e tatcher ao poder.O sistema financeiro e politico viram-se com todo o poder nas mãos sem terem que recear o papão comunista que, ou tinha morrido ou estava moribundo.Tomaram conta da politica mundial, deram corda ao mundo da alta finança especulativa, tomaram de assalto os média, enfraqueceram os sindicatos, etc...Tudo isto em nome do santo mercado, que segundo eles iria zelar pelo nosso bem estar. Imagine os fundos de pensões nas mãos desta gentinha. Imagine a saúde, a água a electrecidade os combustiveis, destes tem você excelentes exemplos da pouca vergonha instalada.Os mesmos gurus da economia que há poucos meses queriam privatizar tudo, são os que agora gritam pela intervenção do estado. Nunca lhes passou pela cabeça nacionalizar os lucros, mas foram lestos a pedir a nacionalização dos prejuizos. Grande moral tem esta gente.Ninguém os viu a pedir o julgamento dos banqueiros e especuladorers financeiros, eles pedem logo é a prisão de alguém que preste falsas declarações acerca do rendimento minimo. Esses paladinos da hipocrisia que assinam por paulo portas, antónio borges, joe berardo, jardim gonçalves,joão salgueiro, entre outros, deviam ter vergonha na cara. A tese do crime contra a humanidade não é gira é tragicamente uma verdade. Sabe quantos milhões de pessoas estão a ser atiradas para a miséria com esta brincadeira dos senhores donos do mundo? finalmente, não é meu objectivo dar porrada intelectual ou outra em ninguém e muito menos em você. Trata-se apenas de uma troca de opiniões entre pessoas civilizadas. Apenas isso. M & M
M&M - "porrada" intelectual é apenas uma expressão que uso para designar a troca de opiniões! Algo que muito gosto e acho muito saudável! Afastada a questão de forma, vamos ao conteúdo! Obviamente que tem razão: quando adoptamos um sistema, temos de aceitar os seus aspectos negativos! Agora, honestamente, não me parece que defender o mercado, obrigue a defender um mercado não regulado! Deixe-me dar um exemplo: o mercado dos selos ou da pintura, que atinge níveis de especulação obscenos, sem que os Estados façam o menor esforço para regular e impedir abusos. Discordo totalmente de quando fala em nacionalização de prejuízos sem nacionalizar os lucros! A solução europeia (contrariamente à Americana) não passou por subsídios aos Bancos; por outro lado, a nacionalização dos lucros pode fazer-se (e faz-se)através de politicas fiscais! Se estudarmos a história recente do País, tivemos três sistemas nas ultimas décadas: uma economia planificada e protegida de Marcello e Salazar, uma politica socializante entre 75 e 84 e depois uma economia de mercado: analisando as três, prefiro a última: mesmo com as suas fragilidades!
Desculpe voltar ao assunto. Em primeiro lugar só se fala na necessidade de regular o mercado agora depois da porta arrombada, porque antes o dogma dos liberais era precisamente não tocar nem regular o mercado. Em segundo lugar, o passo seguinte na Europa vai ser a nacionalização dos prejuízos dos bancos, é só uma questão de tempo até que o efeito dominó cá chegue.Essa da politica fiscal releva de alguma inocência na análise da situação, como sabe os bancos, as sociedades financeiras, o grande capital especulativo tem os seus paraísos fiscais, as suas empresas fictícias, e mil e uma forma de fugir ao fisco. Por outro lado os governos e os políticos que conhecemos têm desde há muito uma grande cumplicidade com essa gente, cirandando entre eles e as suas empresas e bancos e a acção governativa, numa despudorada relação que todos conhecemos. Daí que as leis sempre os favoreçam e quando algo imprevisto acontece ou se fecha os olhos, ou prescreve ou há um perdão fiscal ou os mil e um juristas de que se acompanham, conseguem dar a volta ao texto, com a pinta que os advogados desta área e os ficalistas em especial, sabem melhor do que ninguém. Lembra-se do caso do filho do Jardim gonçalvez a quem o papá deu mais de um milhão de contos e depois lhe perdoou a dividazinha? è apenas um exemplo que se soube.... para terminar direi que a experiência de um arremedo de economia socialista durou apenas 8 meses, já que terminou em novembro de 1975 e começou a 11 de março do mesmo ano. Cumprimentos e desculpe mais esta "tareia" M & M
@M&M - Volte sempre porque gosto de debater com pessoas inteligentes. E não vai ser resposta...
É verdade que muito socialista recauchutado só agora fala em regulação: mas há outros que há muito falam nisso. Aliás, há anos no meu ensino que dou destaque a isso mesmo. Sobre os paraísos fiscais, totalmente de acordo: todos os anos lanço a mesma proposta: alguém me explique uma razão legal para existirem! (continuo a achar, que o mais decente dos paraísos fiscais é esconder bens em processos de divórcio!!).
Mas... se me quer apanhar descalço, movido por masoquismo, dou-lhe uma dica: onde as minhas convicções tremeram com a crise financeira mundial, foi no facto de sempre ter defendido o gestor-profissional em vez do gestor-capitalista! Nesse ponto, confesso que sinto incomodidade: a custo, começo a achar que as empresas devem ser geridas pelos accionistas e não por gestores de carreira, mais preocupados nos dividendos pontuais que numa politica de longo prazo. Aliás, como os governos...
Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!
São poucas as publicações no baixo alentejo, em termos de jornais.
ResponderEliminarTemos o diario do alentejo, o correio alentejo e o alentejo popular completa o tridente.
Há 2 anos atrás um projecto de jornal diário, não me recordo o nome, foi à vida passado poucas semanas.
O único semanário desportivo da região - O Ás, está 20 anos depois suspenso, em tempos (há 10 anos atrás) houve o Topo Sul para os lados do campo branco.
E é isto que há...
Ah e temos também a revista Mais Alentejo!
O alentejo popular é jornal algo carola iniciado por alguém que, por motivos afectivos, me é bastante próximo! Nevertheless, julgo que qualquer publicação é sempre de louvar neste deserto jornalistico que é o alentejo e beja em concreto!
ResponderEliminar@anónimo - Nenhuma crítica ao AP e desejo as melhores felicidades: como lhe disse, gosto de projectos que se assumem, na defesa dos seus ideias.
ResponderEliminarPor vezes também o compro. Curiosamente, tem por vezes notícias sobre o que menos se espera, sobre a vida religiosa...
ResponderEliminarPor falar em religião. A igreja mantém, tanto quanto sei, um semanário (e também um seminário, lol) editado em Beja. Portanto, são 4!
No dia em que leres essa edição irás perceber que o Alentejo Popular é tudo menos um jornal que "assume o que é e não procura enganar ninguém".
ResponderEliminarAliás, aproveita e lê logo o ponto dois do Estatuto Editorial onde consta o seguinte. "O Alentejo Popular assume-se como um jornal independente de quaisquer poderes e interesses económicos, políticos ou religiosos(...)". Lê e diz-me se eles tentam ou não enganar-nos? Só não enganam porque não somos parvinhos de um todo!
O Alentejo Popular na verdade não engana ninguém. É um jornal anticapitalista onde podemos ler artigos muito interessantes que nos ajudam a pensar e a não reagir como o cão do Pavlov.(não sei se é asssim que se escreve).É um jornal que, apesar de não me identificar com ele em alguns aspectos, mantém uma matriz democrática e de liberdade de expressão que pede meças a esse pretenso paladino da democracia que dá pelo nome de Correio Alentejo e que exerce censura encapotada sob diversas formas.M&M
ResponderEliminar@Beija - Se ler o resto do ponto dois do Estatuto Editorial, irá ver que o AlenteJo Popular se assume como um jornal de Esquerda (sendo interessante constatar que apenas o vocábulo esquerda merece letra maiúscula: é nesse sentido que digo que o jornal não engana...)
ResponderEliminar@Anónimo 3.16 - Não vou entrar em polémicas, sendo que apenas tenho para oferecer o meu testemunho pessoal! Nunca em momento algum tive nenhuma limitação por parte do CorreioAlentejo! Sempre escrevi o que quis, como entendi, sem nenhuma interferência do Director do Jornal que, sublinho, apenas conversei uma vez por cinco minutos.
ResponderEliminarPois é, não se trata de polémicas, mas tão só de uma análise da realidade.Factos.Claro que não teve qualquer limitação.A censura inteligente usa outras ferramentas, outros ardis, para coarctar a liberdade de opinião.Chama-se a isso gestão da informação, ou gestão do estatuto editorial, que bem feito dá para a tomada de posições se escudar por detrás do dito cujo.M&M
ResponderEliminar@anónimo - só lhe posso oferecer a minha experiência pessoal! E muito honestamente, estou profusamente convencido que se respire mais liberdade de opinião no CAlentejo que em qualquer outra imprensa escrita da cidade!
ResponderEliminarH diga-me por favor qual o jornal de Beja que não tem conotação directa ou indirecta com a esquerda.....!!!!
ResponderEliminar@anónimo - quando os Republicanos nacionalizam, explique-me o que é a esquerda!
ResponderEliminarMas, para não fugir, acho a imprensa regional espelha a sensibilidade regional: no entanto, vejo no CA espaço para pessoas que não são de esquerda, como "moi meme"!
h, você é que me tem que explicar o que é a direita, esta direita neoliberal de que se diz defensor. Imagino a confusão que vai na sua cabeça depois deste trambolhão provocado pelo capitalismo especulativo e criminoso.Você que se dizia defensor do mercado e via o mercado como o grande regularizador da vida económica e financeira, podendo, em sua opinião, regular a vida das sociedades nos seus mais variados aspectos.Você que demonstrava uma fé cega no mercado e que defendia menos estado e mais mercado, tem agora uma boa sarna ideológica para se coçar. Sabe, não estamos apenas perante um caso de policia e de um crime contra a humanidade, o que já era muito e gravissimo, estamos também perante a falência do capitalismo na sua fase mais bruta e irracional que se denomina neo-liberal.Acerca do CA, quem disse que esse jornal é de esquerda? E quem disse que você é de direita? Cumprimentos do M & M
ResponderEliminarExcelente troca de opiniões, é por isso que gosto deste blog, discute-se sem ofender, até diria mais, diria que é um blog que assume aquilo que é e não procura enganar ninguém.
ResponderEliminarQuanto ao comentário das 6:01 do M&M, diria que é o Sistema!
H, gostava de ler a sua opinião sobre o último comentário do M&M (... boa sarna...), mas atenção sem autocensuras.
@sgpax - É a cultura deste blogue: aqui as divergências saúdam-se porque se gosta do debate de ideias! E.. agora a resposta!
ResponderEliminarM&M - Vamos por partes! Eu sei que agora está na moda falar em neo-liberalismo, mas é capuz que nunca enfiei. Assumo-me sempre como liberal, continuo a entender que o capitalismo tem defeitos mas é o melhor sistema que conheço e acredito no mercado. Mas nunca defendi um Estado fraco, antes pelo contrário: quero o Estado fora da economia, mas forte e regulador!
ResponderEliminarA tese do crime contra a humanidade é gira (só espero que o Garçon não lhe pegue...), mas estou convicto que estamos perante um caso de policia, que as autoridades devem investigar, julgar e punir.
Mas.. contrariamente à vox populi não acho que esta crise seja apenas financeira na Banca americana. Desde já convido-o em primeira mão para a minha crónica de quinta na RPax, onde terá várias razões para me criticar e dar porrada intelectual!
h, vamos por partes, não se pode ser apologista de um sistema económico/politico e, quando interessa, apenas dele retiramos os aspectos positivos, pois qualquer sistema tem coisas positivas. O neo-liberalismo não foi descoberto agora. Começou há muito tempo e teve um forte incremento com a queda do muro de berlin e a ascensão de reagan e tatcher ao poder.O sistema financeiro e politico viram-se com todo o poder nas mãos sem terem que recear o papão comunista que, ou tinha morrido ou estava moribundo.Tomaram conta da politica mundial, deram corda ao mundo da alta finança especulativa, tomaram de assalto os média, enfraqueceram os sindicatos, etc...Tudo isto em nome do santo mercado, que segundo eles iria zelar pelo nosso bem estar. Imagine os fundos de pensões nas mãos desta gentinha. Imagine a saúde, a água a electrecidade os combustiveis, destes tem você excelentes exemplos da pouca vergonha instalada.Os mesmos gurus da economia que há poucos meses queriam privatizar tudo, são os que agora gritam pela intervenção do estado. Nunca lhes passou pela cabeça nacionalizar os lucros, mas foram lestos a pedir a nacionalização dos prejuizos. Grande moral tem esta gente.Ninguém os viu a pedir o julgamento dos banqueiros e especuladorers financeiros, eles pedem logo é a prisão de alguém que preste falsas declarações acerca do rendimento minimo. Esses paladinos da hipocrisia que assinam por paulo portas, antónio borges, joe berardo, jardim gonçalves,joão salgueiro, entre outros, deviam ter vergonha na cara. A tese do crime contra a humanidade não é gira é tragicamente uma verdade. Sabe quantos milhões de pessoas estão a ser atiradas para a miséria com esta brincadeira dos senhores donos do mundo? finalmente, não é meu objectivo dar porrada intelectual ou outra em ninguém e muito menos em você. Trata-se apenas de uma troca de opiniões entre pessoas civilizadas. Apenas isso. M & M
ResponderEliminarM&M - "porrada" intelectual é apenas uma expressão que uso para designar a troca de opiniões! Algo que muito gosto e acho muito saudável!
ResponderEliminarAfastada a questão de forma, vamos ao conteúdo!
Obviamente que tem razão: quando adoptamos um sistema, temos de aceitar os seus aspectos negativos! Agora, honestamente, não me parece que defender o mercado, obrigue a defender um mercado não regulado!
Deixe-me dar um exemplo: o mercado dos selos ou da pintura, que atinge níveis de especulação obscenos, sem que os Estados façam o menor esforço para regular e impedir abusos.
Discordo totalmente de quando fala em nacionalização de prejuízos sem nacionalizar os lucros! A solução europeia (contrariamente à Americana) não passou por subsídios aos Bancos; por outro lado, a nacionalização dos lucros pode fazer-se (e faz-se)através de politicas fiscais!
Se estudarmos a história recente do País, tivemos três sistemas nas ultimas décadas: uma economia planificada e protegida de Marcello e Salazar, uma politica socializante entre 75 e 84 e depois uma economia de mercado: analisando as três, prefiro a última: mesmo com as suas fragilidades!
Desculpe voltar ao assunto. Em primeiro lugar só se fala na necessidade de regular o mercado agora depois da porta arrombada, porque antes o dogma dos liberais era precisamente não tocar nem regular o mercado. Em segundo lugar, o passo seguinte na Europa vai ser a nacionalização dos prejuízos dos bancos, é só uma questão de tempo até que o efeito dominó cá chegue.Essa da politica fiscal releva de alguma inocência na análise da situação, como sabe os bancos, as sociedades financeiras, o grande capital especulativo tem os seus paraísos fiscais, as suas empresas fictícias, e mil e uma forma de fugir ao fisco. Por outro lado os governos e os políticos que conhecemos têm desde há muito uma grande cumplicidade com essa gente, cirandando entre eles e as suas empresas e bancos e a acção governativa, numa despudorada relação que todos conhecemos. Daí que as leis sempre os favoreçam e quando algo imprevisto acontece ou se fecha os olhos, ou prescreve ou há um perdão fiscal ou os mil e um juristas de que se acompanham, conseguem dar a volta ao texto, com a pinta que os advogados desta área e os ficalistas em especial, sabem melhor do que ninguém.
ResponderEliminarLembra-se do caso do filho do Jardim gonçalvez a quem o papá deu mais de um milhão de contos e depois lhe perdoou a dividazinha? è apenas um exemplo que se soube.... para terminar direi que a experiência de um arremedo de economia socialista durou apenas 8 meses, já que terminou em novembro de 1975 e começou a 11 de março do mesmo ano. Cumprimentos e desculpe mais esta "tareia" M & M
@M&M - Volte sempre porque gosto de debater com pessoas inteligentes. E não vai ser resposta...
ResponderEliminarÉ verdade que muito socialista recauchutado só agora fala em regulação: mas há outros que há muito falam nisso. Aliás, há anos no meu ensino que dou destaque a isso mesmo. Sobre os paraísos fiscais, totalmente de acordo: todos os anos lanço a mesma proposta: alguém me explique uma razão legal para existirem! (continuo a achar, que o mais decente dos paraísos fiscais é esconder bens em processos de divórcio!!).
Mas... se me quer apanhar descalço, movido por masoquismo, dou-lhe uma dica: onde as minhas convicções tremeram com a crise financeira mundial, foi no facto de sempre ter defendido o gestor-profissional em vez do gestor-capitalista! Nesse ponto, confesso que sinto incomodidade: a custo, começo a achar que as empresas devem ser geridas pelos accionistas e não por gestores de carreira, mais preocupados nos dividendos pontuais que numa politica de longo prazo. Aliás, como os governos...