Em semana de Orçamento de Estado* as críticas ao Governo (porque em Portugal, é obrigatório a oposição chumbar sempre o orçamento) traduzem uma preocupante esquizofrenia! O que não é estranho, num momento de miopia ideológica onde a direita liberal pede nacionalizações e a esquerda conservadora masturba-se com a crise económica!
Para ilustrar o desnorte na crítica, usamos duas crónicas de ontem! A de Lopes Guerreiro (de quem discordo ideologicamente mas nutro estima intelectual) e do Director do Diário do Alentejo (de quem seria hipocrisia dizer que tenho estima intelectual): enquanto o primeiro critica o eleitoralismo populista deste orçamento, que a troco de hipotéticos votos abre as torneiras orçamentais (eu escrevi isto em Janeiro no CorreioAlentejo) o segundo entende que o ênfase do documento é a protecção aos banqueiros, alinhando na tolice de quem confunde a concessão de garantias numa lógica sinalagmática com a atribuição de subsídios a fundo perdido!
Compreenda a velha esquerda uma coisa: não se pode simultaneamente criticar um Orçamento por ser populista e elitista! Porque se o Governo precisa de credibilidade, as oposições também...
* Nota do Autor: Orçamento de Estado é um documento fantasioso onde se exibem algumas coisas e escondem muitas sobre as contas públicas, que ciclicamente dá lugar a diarreia verbal!
Adenda: Uma análise interessante... Destaco os pecados do orçamento!
Adenda2 - Penso que não subsistem dúvidas no texto, mas fica claro que me identifico com a primeira das análises...
Para ilustrar o desnorte na crítica, usamos duas crónicas de ontem! A de Lopes Guerreiro (de quem discordo ideologicamente mas nutro estima intelectual) e do Director do Diário do Alentejo (de quem seria hipocrisia dizer que tenho estima intelectual): enquanto o primeiro critica o eleitoralismo populista deste orçamento, que a troco de hipotéticos votos abre as torneiras orçamentais (eu escrevi isto em Janeiro no CorreioAlentejo) o segundo entende que o ênfase do documento é a protecção aos banqueiros, alinhando na tolice de quem confunde a concessão de garantias numa lógica sinalagmática com a atribuição de subsídios a fundo perdido!
Compreenda a velha esquerda uma coisa: não se pode simultaneamente criticar um Orçamento por ser populista e elitista! Porque se o Governo precisa de credibilidade, as oposições também...
* Nota do Autor: Orçamento de Estado é um documento fantasioso onde se exibem algumas coisas e escondem muitas sobre as contas públicas, que ciclicamente dá lugar a diarreia verbal!
Adenda: Uma análise interessante... Destaco os pecados do orçamento!
Adenda2 - Penso que não subsistem dúvidas no texto, mas fica claro que me identifico com a primeira das análises...
Antes de mais Parabéns, este post está extraordinariamente bem conseguido (pode-se retirar muita informação das linhas e entrelinhas).
ResponderEliminarContudo são meras opiniões as dos citados, que se limitam a defender as suas causas, uns com mais jeitinho outros com menos.
A pressa é sem dúvida a inimiga da perfeição e quando se critica por criticar, leva à descrebilização.
E nada pior para uma democracia, do que uma oposição com poucos créditos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarpara que o post não seja mal interpretado:
ResponderEliminarclaro que muita gente de esquerda está satisfeita com a crise... é nestas alturas que sobem os votos da esquerda.
Já confundir uma garantia (que visa permitir a obtenção de juros mais baixos por parte dos bancos nacionais e conjutamente com os restantes estados Europeus forçar a descida da euribor) com subsidios... das duas uma ou estão falando daquilo que não sabem ou estão a ser intelectualmente desonestos.
aproveitar a conjuntura para somar votos, mas não á custa de desinformação do publico