sexta-feira, maio 14, 2010

Sobre o roubo fiscal: porque há outro caminho!

Portugal não está perante a inevitabilidade de aceitar o acordo PS-PSD para salvar as contas públicas, evitar a bancarrota e permitir-nos continuar no Euro e na Europa. E é nestes momentos complexos que o País deve meditar e escolher o seu caminho.
Não temos de viver sufocados com o Euro; podemos sair do sistema monetário, resgatar o Escudo, de forma a ter uma ferramenta de política financeira - a moeda - e desta forma desvalorizar o Escudo: isso ia permitir exportar mais - porque os nossos produtos ficavam muito mais baratos no exterior - e diminuir as importações, porque seriam muito mais caras. O que até era muito positivo neste sociedade materialista: deixávamos de comprar plasmas, mp3, homevideos, nintendos, telemóveis que fazem tudo menos meninos, entre outras futilidades da sociedade de consumo para alienar os cidadãos.
Concomitantemente, era possível aumentar todos os salários e pensões em 10%, de forma a impulsionar o consumo interno e gerar emprego; claro que para tal será conveniente fechar as fronteiras à entrada do produtos estrangeiros, provenientes de economias ricas e os grandes responsáveis pela ruína da produção nacional.
E isto não é demagogia: todas estas medidas podiam ser pagas pela nacionalização da Banca e das grandes empresas! E nem me parece necessário pagar indemnizações: o que esses chulos capitalistas chuparam o País nas últimas duas décadas é mais do que o suficiente para se sentirem indemnizados. Da mesma forma que os bens da Igreja deviam ser nacionalizados: é nojenta a ostentação do clero, a forma como estes dias gozaram com quem sofre e tem dificuldades, exibindo opulência da norte a sul. (com excepção aos peregrinos, que ao andar a pé, poupam na factura energética).
Por fim, urge combater as desigualdades sociais! Não nos podemos resignar perante as desigualdades crescentes! Honestamente, se médicos, enfermeiros e auxiliares, trabalham as mesmas horas, no mesmo local, com o mesmo desgaste, porque razão não ganham todos o mesmo?! Porque raio os médicos ganham mais e, sejamos francos, têm um trabalho bem mais cómodo que os auxiliares?!
36 anos depois de Abril é o momento de voltar a lutar, de regressar à rua e realizar os desígnios do verdadeiro Abril!

23 comentários:

  1. Anónimo15:12

    Excepcional!

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  2. Anónimo15:36

    Com ou sem ironia com ou sem sarcasmo, acabaste de criar um Manifesto.
    No entanto apenas os teus caros leitores e comentadores o terão em conta.

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  3. @anónimo- apenas falo para quem me lê! Admito reutilizar o texto, mas será sempre no âmbito restrito de quem tem paciência para me ler/ouvir!

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  4. Anónimo15:52

    Estou sem saber o que dizer!

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  5. Camarada H ;) um must!

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  6. Anónimo17:12

    ESPERO QUE TODOS OS TEUS LEITORES SAIBAM INTERPRETAR O QUE ESCREVESTE SE NAO...!

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  7. lição de tango17:24

    Totalmente de acordo com as suas palavras. Nós já deixámos de mandar no nosso país e quando mandamos......é o que se vê!!!!!!!!

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  8. Não te conheço muito bem, mas uma conversa destas só pode ser MUSICA. Será que vais passar a ganhar tanto como a empregada da limpeza da tua escola? Põe os pés no chão.

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  9. Anónimo17:55

    Um espectáculo de um texto! Bato-lhe palmas!

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  10. Não sei se hei de rir ou de chorar ao ler isto, mas está muito bem escrito!

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  11. parabens, um belo texto ironico. a brincar a brincar é que se dizem as verdades. hahahahh
    gostei,e não estou a ser ironico.
    Só é pena é que os tempos em que vivemos e os que nos esperam não deem vontade de rir, mas isso são outros quinhentos.
    abraço hugo

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  12. Anónimo19:23

    Grande texto: não é por acaso que causa tanta inveja em outros blogs!

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  13. hpalma20:18

    O regresso ao escudo seria bom nesses aspectos que referiu, mas estando o Estado Português e as famílias altamente endividados onde é que arranjávamos escudos para pagar as dividas contraídas em Euros? Estoirávamos em dois tempos!
    A Venezuela já o fez no passado, desvalorizando a sua moeda em relação ao dolar. A economia caiu a pique durante meses e só não estourou porque tinham petróleo e as familias já eram tão pobres que não tinham dinheiro para se endividar. É certo que tiveram uma recuperação fantástica mais tarde , mas só possivel devido ao ouro negro. Portugal só sobreviveria à desvalorização da moeda se tivesse algo de muito valioso para exportar imediatamente e que segurasse a economia no espaço de tempo curto. Na minha opinião, morreríamos antes de se dar a recuperação originada pela diminuição de importação vs aumento das exportações

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  14. Anónimo21:15

    Beja é demasiado pequena para ti: alguém com a tua inteligência devia ter horizontes mais vastos.
    Pense nisso e saía daí!

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  15. Anónimo23:27

    Excepcional!

    Se vivessemos na idade média (aquela época em que coabitavam reis, rainhas, fidalgos, servos, plebeus, e outras "coisas" assim).

    Sua senhoria seria certamente um dos poucos fidalgos, pois a fidalguia era uma honra transmitida de pais para filhos.

    Ou, caso o seu progenitor, não tivesse tamanha honraria, vossa senhoria não passava de mais um dos muitos plebeus.

    O 25 de abril é assim, uns gostam do de 1974, outros preferem o de 974. Em 974 havia Abril, ou não?

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  16. Anónimo14:26

    Não é todos os dias que recebe tantos elogios à sua escrita, apesar de esse don ser patente em todos os textos que costuma brindar os seus leitores. Bom só me resta dizer que o sonho foi bonito mas a realidade é outra e nem sempre o que se sonha é exequível... mas devemos continuar a tentar e a sonhar.

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  17. A meu ver só peca por não referir a medida mais emblemática para o Alentejo: uma nova reforma agrária! Desta vez não se expropria os antigos agrários mas antes aqueles a quem os primeiros venderam tudo em prol de sacos de dinheiro, i.e., os espanhóis e holandeses que puseram campos, outrora deixados ao abandono, a produzir! Uma vergonha!!

    PS: Já agora também se devia equacionar em retirar a cidadania portuguesa ao Durão, enquanto que o Socrates podia bem ir parar ao Campo Pequeno!

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  18. Anónimo01:34

    Isto é o que pensa verdadeiramente?!!!!

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  19. Anónimo18:45

    Apoiado, a parte do "PS".

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  20. Cherne23:22

    Das duas uma, ou bateu com a cabeça nalgum sitio , ou estamos perante a reencarnação de Karl Marx, um sonhador que desconhece as capacidades e limitações do ser humano!
    POrtugueses que vivem contentes com marcas de contrafação, frigorificos vazios e carro de topo de gama`à porta, vencimentos para pagar ferias gozadas à 2 anos num destino mais feio que o Portugues!
    Acredita, que portugal conseguia produzir o suficiente para tantos comilões?
    Quanto aos multinacionais que diz "chuparem", lembre-se que são talvez os unicos com os impostos em dia à fazenda nacional!

    Sugere, que aumente a taxa de desmprego , com despediementos massivos de todos aqueles que trabalham nessas empresas?

    bem..vou considerar que este post é ironico, uma sátira como o auto da India!!!!!!!

    Ahh o principio é bonito, mas não para nós portugueses de Portugal, capitalistas consumistas, chupistas, umbiguistas e tudo aquilo que acabe em istas..

    Fique bem :)

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  21. Anónimo19:16

    Cherne, para quem utiliza nome de peixe caro, só poderia esperar que fosse um acérrimo defensor das multinacionais.
    Empresas que proliferam por todo o mundo explorando os asiaticos, incluindo as crianças, pagando mal, para vender nos países ricos a preços soberbos.
    Deixo-o com o meu último pensamento - será que sabe o que está a defender?!

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  22. Cherne19:20

    Claro que sei, ou não faz ideia de quantas familias estão dependentes dos empregos em multinacionais?!

    Veja o que tem acontecido nos ultimos tempos e falo de Portugal , meu caro!

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  23. Anónimo19:25

    Carissimo Cherne, por saber o que acontece quando uma multinacional encerra é que não sou um acérrimo defensor destas empresas.
    Onde é que as multinacionais estão implementadas? nos países mais pobres, onde os ordenados são parcos e lhes dão lucros maiores.

    Defendo empresas grandes e sustentáveis, nacionais, o nosso tecido empresarial é que deve ser apoiado, são estes que gostam do país e se orgulham de poder contribuir para o seu desenvolvimento.

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