domingo, junho 17, 2007

Blogosfera...



Hoje é raro falar sobre a blogosfera. O assunto aborrece-me! É algo muito meu: num dado momento, faço o que entendo fazer, invisto tempo e esforço e, depois de terminar, fecho esse capitulo e sigo em frente. Sobre a blogosfera, sinto que disse tudo o que tinha a dizer, pelo que voltar ao tema será perder-me em redundâncias!

Mais do que isso: cada vez tenho menor paciência para a chamada blogosfera: eu gosto de sites, alguns dos quais são blogues. Chateia-me que tantos anos depois continuamos a assistir a um destilar de odiozinhos privados, a procura do achincalhamento públicos para captar mais uma dezenas(ou centenas) de visitantes, devassas de privacidades, ataques pessoais mesquinhos na manta esburacada do anonimato!

Abro esta excepção para comentar a histeria, de quando em quando recorrente, sempre que se coloca a possibilidade de alguém ser responsabilizado pelos conteúdos que coloca no seu blogue, ou que tolera que permaneçam no blogues. O funcionamento do Estado de Direito devia ser encarado com a normalidade, que não se compadece com desvarios persecutórios. Vem isto a propósito da possibilidade do Dr Caldeira, editor do PortugalProfundo poder responder a um inquérito; abstendo-me de comentar a desfaçatez de a pseudo-notificação chegar por telefone ou fax com menção da razão (a ultima vez que olhei para o CPP isto era um disparate) e centro-me no essencial: qual o drama do Sr. Dr ser ouvido?
Na diagonal, li imensas exaltações de protesto: acho sempre surpreendente quando pessoas inteligentes esgrimam argumentos a roçar o patético: com data venia não concebo que hoje ainda se continue a equiparar a Internet a conversas de café! Outra tolice recorrente, é afirmar-se que a impossibilidade prática de perseguir judicialmente todos os infractores ou o facto de as decisões judiciais serem dificilmente cumpridas (o argumento Daniela Cicarelli) deveria ter como corolário permitir que a Internet seja um espaço livre de Direito. Adapto uma pergunta que muitas vezes fiz: será que também vamos defender que por existirem muitas autarcas que não são "apanhados" devemos deixar em liberdade aqueles que a Justiça apanha?

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