sexta-feira, junho 15, 2007

Ota,Beja, Alcochete e parvoices...

Já antes o afirmei e hoje repito-o: construir ou não a OTA, tal como o projecto hoje existe, traça a fronteira entre um Primeiro-Ministro determinado e um Primeiro-Ministro teimoso!
Não me arrogo em especialista de transportes, mas não abdico dos meus direitos de cidadania: e desde há muito que tenho fundada dúvidas sobre a decisão de construir uma cidade aeroportuária na Ota. Como deixei antes escrito, esta não é uma decisão técnica, é primeiro que tudo uma decisão política.
As notícias desta semana, a pausa sabática numa teimosia que parecia irreversível, é um momento que deve ser saudado! A argumentação histérica para procurar justificar o que não tem justificação, é prova bastante das fragilidades do processo.
Pessoalmente, mantenho a posição que sempre tive: entendo ser de um inconcebível novo riquismo desmembrar um aeroporto que funciona, devendo a solução passar pela construção ou reutilização de pequenos aeroportos, que sejam suportes dos que já existem e promovam de forma equilibrada o desenvolvimento regional. Numa lógica de Portela mais um, é irrelevante se a localização é o Montijo, Alcochete ou mesmo a Ota.
E não aceito o argumento de que “Os Velhos do Restelo” sempre estivera contra as grandes obras públicas; se os velhos de Restelo são velhos, é porque tem idade, porque viveram muitos anos e estão fartos de assistir ao desvario financeiro das faraónicas obras públicas, com orçamentos galopantes, em prejuízo dos contribuintes e em benefício dos “sujeitos do costume”…
Contrariamente ao actual Presidente da Edab, nomeado pelo actual Governo, desde sempre que defendi que a Cidade Aeroportuária da Ota mata o Aeroporto de Beja.
Pelo que obviamente considero o momento actual de extrema importância. Urge que as pessoas de boa vontade desta região, se reúnam em torno de um projecto que deve ser de todos, que se deixem de questiúnculas menores, de sonhos utópicos e propostas tontas, que caminhem em conjunto para tornar real um sonho colectivo.
As forças vivas da cidade tem agora uma oportunidade, quiçá das ultimas, para provar se os interesses da região se podem sobrepor a egoísmos partidários ou económicos. Abriu-se uma janela de oportunidade para colocar Beja no mapa do desenvolvimento; resta saber, se vamos estar à altura das nossas obrigações ou vamos continuar sentados debaixo dos nossos chaparros, culpando o tempo que passa…

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