quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Falta de emprego e muito trabalho disponível

Abordei ontem o tema no Conselho de Opinião. Um estudo do SEF (não o conheço e admito que esteja exagerado) diz que o Baixo Alentejo (espero que os senhores políticos da situação não se ofendam por eu falar em Baixo Alentejo) vai receber nesta década 30.000 imigrantes para colmatar as necessidades de mão de obra.
Eu sei que a frase não é nem popular nem agradável: mas Portugal é historicamente um País com vicio de novos ricos, um país teso com a mania de importante. (volto ao tema na crónica de sexta do CorreioAlentejo). E urge meditar sobre uma coisa: não é admissível que a taxa de desemprego sejam tão elevada e que tantos empresários se queixem de não conseguir contratar trabalhadores...

12 comentários:

  1. Anónimo14:36

    " Amazing..."

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  2. Anónimo15:05

    Este tema dá panos para mangas....

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  3. Anónimo17:03

    Vejamos, estou desempregado há mais ou menos 1 ano e meio. Não sou dr nem eng, tenho 29 anos, o 12º ano, uns cursos de formação profissional e alguma experiência profissional.
    Inscrito no centro e emprego, sem subsidio social de desemprego, nem sub. social de inserção ou que treta é essa que algumas pessoas e etnias recebem o que acontece? Fora andar o mês todo a esticar poupanças...

    1º O IEFP, como não recebo subsidio, não tem interesse em colocar me num programa ocupacional para mascarar os números, e se tivesse subsidio não sei a até que ponto estaria motivado para um desses planos pois anda-se a fazer o trabalho que os acomodados das instituições que recebem quem está nos planos não querem, para receber mais uma percentagem que o subsidio e sabe-se que imediatamente com o fim do subsidio vem o fim do 'emprego' que na prática não o é;
    2º A Seg. Social como não pertenço a nenhuma etnia especial, não tenho uma carrada de moços, e estou num agregado familiar que me dá de comer (ainda)não me dá subsídios;
    2º A busca activa de emprego leva a que envie por mês 2 dezenas de cv's para todo o país cujas entidades e empresas nem se dignam a enviar um aviso de recepção do mesmo;
    3º O Trabalho em geral no Baixo Alentejo (e provavelmente o resto do país) é pago a 2,5 eur à hora para bater certo nos 426 de salário mínimo, muitas vezes já com subsídios incluídos, podendo talvez eventualmente chegar aos 3-4 no máximo mas só com alguns ou muitos anos de 'casa' e têm de se fazer horas e horários manhosos "por fora" provavelmente com contratos a termo manhosos como os horários e...e... que isto de pagar horas upa upa.
    Quanto ao trabalho rural que também há muito chegam a pagar a exorbitância de 1 euro à hora, venham os imigrantes.
    Assim os 30.000 imigrantes fazem sentido.
    Claro que existem excepções, mas ai, normalmente, convém 'conhecer alguém' da empresa ou instituição.

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  4. @anónimo - repito o que disse ontem no CO: ao lado de muitas pessoas que procuram emprego, há algumas (menos) que gostam de viver dos subsídios.
    Esquecendo o caso da agricultura que tem especificidades, é recorrente em algumas áreas os empresários queixarem-se de falta de mão-de-obra: a restauração, o abastecimento de combustíveis e as oficinas, são apenas três exemplos!

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  5. Anónimo17:25

    A agricultura tem especificidades, correcto. Mas também convém notar que 3 áreas mencionadas também elas têm especificidades muito próprias.

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  6. @anónimo - todas as profissões as têm. Apesar de amar o que faço, claro que não é agradável no Inverno ter duas ou tres vezes aulas até às 24!

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  7. Anónimo17:30

    Dr. Hugo, permita-me dizer-lhe que neste aspecto não é bem assim como o senhor esta a responder ao anónimo das 5:03PM!
    As empresas querem é trabalhadores que facilmente os possam explorar sem que estes digam nada, nem façam queixa deles. Como é que fazem isto?! Pagamdo uma miséria e sempre que possiveis roubando-os, como é no caso dos horários com horas extras que não são pagas e se refilas... RUA! Lógico que quem tenha uma familia para alimentar e uma hipotéca a pagar, nunca vai refilar nem queixar-se senão está mesmo em maus lençois... Assim não dá!!!!
    O nosso sistema de Emprego, igual que a Seg.Social também é um escandalo nacional, porque não se admite que pessoas de etnias, que todos sabemos que são os ciganos, usufruam de varios subsidios mensais todos pagos pela mesmas entidades e no mesmo ambito só muda é o nome que se lhe atribui, e ninguem faz nada. Logo estes mesmos ciganos fazem-se transportar em carrinhas Mercedes, que os próprios levantam nos Stand na maioria das vezes em metálico, e passam os dias no café a beber a sua cerveja com o seu aperitivo... pois é o dinheiro nunca lhes falta... mas porque é que para continuarem a receber estes apoios não os obrigam a trabalhar?! Eu conheço um cigano, que farta-se de trabalhar, e o próprio num dia a falar comigo dizia-me: "eu sou o ciganos mais ignorante do Alentejo e talvez de Portugal, porque sou o único que trabalho..."
    Logo pessoas que passaram anos a trabalhar efectuando os respectivos legais, ficam desempregados e dão-lhe um ano de subsidio de desemprego (com +/- 30anos de idade), a partir dai nada mais, safa-se quem poder!!
    Não podemos esqueçer tambem, os empresários que com a desculpa da crise estão a aproveitar-se para despedir funcionários, na sua maioria mais velhos, funcionários estes que não vão mais conseguir encontrar um novo trabalho!!!
    É lamentável, mas existe... e cada vez mais!!

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  8. @anónimo - três breves notas:
    - se ler a resposta, critico quem se aproveita de subsidios públicos, seja qual for a sua etnia. Porque importa não esquecer, que temos os "ciganos" e muito boa gente que usa gravata, perfume e fio dental;
    - no programa critiquei os empresários que usam a crise; embora nunca entro no argumento que todos os empresários são sacanas egoístas!
    - por fim, como ontem frisei, a politica do baixo salário é economicamente estúpida: as empresas com melhor gestão e maior produtividade, pagam melhor!

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  9. Anónimo18:03

    E porque é que no meio da crise, há sempre leis disfarçadas que são criadas só para alguns???

    Senão vejamos, ontem o Ministro da Segurança Social anunciou um novo pacote de medidas para ajudar as empresas!....

    Li à pressa sobre este novo pacote de medidas, e não vi grandes novidades!...

    Há umas isenções de Segurança Social para novos empregos, qualquer coisa que é parecida com a Interioridade. Ou seja, alargou-se a medida para o litoral, em suma nas empresas do interior (Beja) novidade zero.

    Entretanto se 1 empresa readmitir um trabalhador que já tenha trabalhado na mesma e esteja no desemprego, a empresa benefecia de isenção de pagamento de segurança social durante 36 meses.

    Agora pergunto, será que ainda vai continuar a haver despedimentos???

    Foi mera coincidência tanto despedimento no mês de Janeiro??? É que para despedir em termos empresasriais, é preferivel despedir antes de terminar o ano civil.

    Será que estas (grandes) empresas não irão readmitir os trabalhadores despedidos no mês de Janeiro e usar o novo progama para ficarem isentos do pagamento de contribuiçoes para a Seg Social durante os próximos 36 meses, será????

    Ou foi pura má interpretação minha da nova lei????

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  10. Anónimo00:22

    Estou de acordo com o "Sempreempé" as empresas estão a despedir os funcionários, na sua maioria aqueles de idade já mais avançada, e no entanto com estas novas medidas do Estado beneficiam destas condições para contratar pessoal mais novo, renovando assim os seus quadros de pessoal. Mas ja pensaram o que acontece ao pessoal de idade mais avançada que ficam desempregados? É que eles com aquela idade, e com a crise que afecta o mercado do emprego tem a vida bastante complicada, e os apoios existentes por parte do poder estatal, são igual a nada!!!

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  11. Anónimo00:50

    anonimo das 5.03, onde posso contacta-lo?? Estou a precisar de um colaborador!

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  12. Anónimo10:21

    por email anónimo 12:50 - nutflush@bigfoot.com

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!