quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Os candidatos e os Partidos!

Há uns tempos que andava para escrever sobre isto - mas Bolonha não tem deixado - e a ler Lopes Guerreiro, este ofereceu-me o mote.
Para evitar interpretações maliciosas, dois preliminares: reconheço que LG é coerente no que defende e nunca o vi aplaudir os exemplos que vou referir. Esclarecido isto, vamos à querela: o que deve acontecer quando um Presidente da Câmara perde a confiança do seu partido ou se demite?
Não consigo compreender a hipocrisia de criticar Pulido Valente quando saiu de Mértola, mas defender a saída de Caeiros de Mértola; como é de uma inaceitável sonsice pedir a demissão do Presidente da Câmara de Sines que se amuou com o Partido e receber na Câmara o contributo do vereador Monge!
Entendo que se um eleito perde a confiança do partido em cujas listas concorreu, não deve perder o lugar: admito que em alguns casos seja eticamente reprovável, mas essa é uma responsabilidade do Partido no momento em que o escolheu para as listas! No caso de um Presidente de Câmara se demitir (ou suspender sine die) desde sempre defendi que se deviam convocar novas eleições para esse órgão. Só desta forma se respeita o voto dos eleitores.
Sei que muitos criticam esta minha posição, que a entendem como uma forma de subalternizar os partidos e de lhes retirar importância. Mas, isso é mau, pergunto?

8 comentários:

  1. Caro Mestre

    Caeiros sáiu de Castro Verde e não de Mértola.

    Quanto ao resto, respeito a sua opinião.

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  2. @meu caro João Sequeira - obviamente que tem toda a razão; foi lapso ao escrever!

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  3. Anónimo23:29

    Quando o candidato vale 57% dos votos e o partido 19%, que fazer se o candidato se baldar ao partido?
    Um eleito não deve abandonar o caminho a meio. Pulido Valente veio para a Edia para preparar Beja.
    Caeiros saiu de Castro para ficar ao serviço de TODAS as autarquias no Qren.
    Não me parece a mesma coisa, não acha meu caro H?

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  4. @anónimo - Não percebi a sua primeira frase!
    Sobre a segunda: tb a Edia está ao serviço de TODO o Alentejo e de TODO o País! E... parece-me exactamente a mesma coisa! E quando soubermos quem vai ser candidato em Mertola e CAstro Verde ainda será mais igual! Não lhe parece?

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  5. Anónimo23:49

    Concordo com muito do que escrevi mas não com tudo. O tema é interessante e justifica maior reflexão e debate. Também tenho andado tentado a fazê-lo mas ainda não me sinto com as ideias bem arrumadas para as mandar cá para fora, para além do que fiz.
    A questão que me parece mais evidente é a de que o mandato de um elemento de uma lista de um partido não deve ser tratado e apreciado da mesma maneira que a de um independente de uma lista de independentes.

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  6. Anónimo23:52

    Queria escrever que Concordo com muito do que "escreveu" e não do que "escrevi"... Peço desculpa pelo lapso que mudou o sentido do que escrevi.

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  7. Anónimo23:14

    Pois é, mas LG ainda não explicou o seguinte: porque é que um partido que faz concorrer um independente como cabeça de lista é "barriga de aluguer", e o PCP, nas mesmas condições, não o é? Ou é incoerência ou...é melhor esperar uma clarificação.
    Exemplos: Vidigueira, Castro Verde, Barrancos (não actualmente).

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  8. Anónimo23:38

    No meu comentário não me referi a qualquer partido em concreto porque me quiz referir a todos. A situação aos casos independentemente dos partidos.

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