quinta-feira, novembro 05, 2009

Bejenses...

Uma das características que oferecem charme à cidade de Beja é a toponímia da cidade: andar a passear pela cidade que um dia foi Pax-Julia e olhar para os nomes que ostentam as ruas, é uma enciclopédia aberta, um divertido jogo, de procurar descobrir quem é aquela gente que ninguém conhece, os tais de antifascistas e outros que lutaram pela democracia. Tenho profundo respeito por aqueles que dedicaram a sua vida a derrubar o fascismo e mais ainda por aqueles que lutaram pela liberdade: mas gostava de saber quem são as pessoas a quem a cidade oferece o nome das nossas ruas!
Por essa razão e por outras de muito maior importância, fui um dos impulsionadores, dentro do Programa Conselho de Opinião, que a cidade fizesse a merecida homenagem a Figueira Mestre e Horácio Flores, imortalizando estes nomes que a cidade não esquece, em duas ruas, com dignidade, da nossa cidade!
Com a liberdade de quem, admirando e respeitando ambos, não tinha com nenhum deles especiais laços de proximidade, sem o peso de ter sido amigo de nenhum dos dois, pelo que não corro riscos de ser acusado de defender causa própria, reitero neste espaço o que defendi na semana passada, lançando o repto a eleitos e cidadãos eleitores, de forma a que esta ideia fique plasmada em duas ruas da nossa cidade.
Porque uma cidade mais do que passeios, casas e ruas, uma cidade é as suas gentes, as pessoas que a habitam e lhe oferecem razão de ser! E se a maior riqueza da nossa cidade são as suas pessoas, são também a sua maior pobreza!
Porque Beja é uma cidade em que os seus ilustres filhos se contam com poucos dedos, uma cidade que perdeu as suas elites, que se esfumaram na emigração ou se escondem nas suas casas! Porque Beja é uma pequena cidade que por vezes gosta de ser uma cidade pequena, onde a mesquinhez impera, onde aceitamos de braços (e pernas) abertos quem vem de fora, tratando com desdém ciumento os seus próprios filhos, uma espécie de complexo de menoridade misturado com uma maioritária inveja!
Fazer as justa homenagem a Figueira Mestre e Horácio Flores, não é apenas reconhecer o trabalho extraordinário de duas pessoas que com a sua diversidade marcaram a cidade nas ultimas décadas: é uma forma de homenagear todas as pessoas que decidiram fazer aqui a sua vida, lembrar-lhes que Beja é uma cidade que sabe recordar os seus naturais e adoptivos, que sabe reconhecer quem são aqueles que deram aos outros uma parte de si! E já agora: permitir que quando se passeia numa rua da cidade, se possa responder com verdade aos filhos, netos e sobrinhos, sobre quem é a pessoa que oferece o nome, às ruas da nossa cidade…

18 comentários:

  1. Anónimo00:25

    A propósito do tema, o que acha da rua(!) nas traseiras da EDIA até à Rua de Angola a que foi atribuído o nome da malograda Arquitecta Maria João George?

    Na nossa modestíssima e anónima opinião é uma ruazinha insignificante para quem deu tanto (e tanto tinha ainda para dar) de si a esta cidade que adoptou como sua e ao seu centro histórico.

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  2. É justo e de justiça que tal venha a suceder, de modo a perpetuar o nome de tão ilustres figuras nesta nossa cidade.

    Há algum tempo sugeri também que tal justa homenagem fosse feita ao Dr.º Fernando Nunes Ribeiro, pelos incontornáveis serviços culturais prestados pelo mesmo a terra.

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  3. Anónimo10:32

    Acho muito bem que se façam homenagens a quem teve alguma importância para a cidade.
    Agora, não façam como em Serpa…Av. Simon Bolívar? Conhecem? Pois….nós também não.
    Fui ver à net e diz que é um revolucionário espanhol. Tem tudo a ver…

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  4. @primeiro anónimo - por a amizade pessoal que me liga à família, serei suspeito para opinar! Mas...

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  5. Carlos Carapinha22:52

    Caro JH estou totalmente solidário consigo. É lamentável que muita conterrâneos nossos não tenham conhecimento do papel que o Dr. Fernando Nunes Ribeiro teve ,desde a década de 60 ,no estudo e na investigação da história de Pax-Julia. É hora da cidade conhecer e agradecer o extraordinário espólio que o Dr. Fernando Nunes Ribeiro ofereceu á sua terra , de uma forma totalmente desprendida, o qual foi " timidamente " recebido pelo ex-Presidente da CMB - Carreira Marques.

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  6. Anónimo23:20

    Alguem me diz o que fez o médico Horácio Flores pela cidade?

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  7. MARIA DE FLORES23:20

    Seria importante que os novos autarcas se libertassem também de " pseudo cargas ideológicas " ,descessem á Terra , e de facto reconheçam aqueles que efectivamente contribuiram para o desenvolvimento social , cultural e económico da nossa cidade ao longo dos Anos. É lamentável que qualquer individuo ,só por ter o Cartão do PC , conste da toponimica da cidade com o pomposo nome de " antifascita".

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  8. Anónimo23:32

    Carlos Carapinha

    É perfeitamente compreensível que o ex-Presidente Carreira Marques tenha " timidamente " recebido o espólio que de forma totalmente desprendida o Dr. Fernando Nunes Ribeiro doou à cidade: foi uma autêntica "bofetada" sem mão que, airosamente, o Dr. Fernando Nunes Ribeiro deu aos comunas que o roubaram e insultaram a seguir ao golpe de estado da abrilada. Um Grande Senhor que não foi reconhecido em vida pela terra onde nasceu e viveu excepto no período em que foi obrigado a fugir. Sinceramente, "homenageá-lo" agora é PURA HIPOCRISIA.

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  9. MARIA DE FLORES23:35

    ao anónimo das 23 h 20 .
    Por acaso conhece o Hospital de Beja ?Aquele que fica á entrada do Penedo Gordo ? paralelo á Rua António Sardinha ? O Dr. Flores além de um distinto Cirurgião , foi também um distinto Administrador Hospitalar e Director Clinico que colocou aquela Unidade ao seu serviço , da sua familia e de toda o Distrito há umas dezenas de anos.
    Uma comunidade que não reconhece os seus melhores ,nunca poderá evoluir pois desconhece a base sobre o qual foi cimentada a sua existência

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  10. MANUEL DA PLANICIE23:48

    Caro Anónimo das 23 h 20 m
    .
    Por favor não confunda os Bejenses com " os comunas " .Felizmente esta Terra ainda tem capacidade de ter gente com massa critica para reconhecer os seus melhores.

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  11. Anónimo00:02

    Quanto mais acentua a justeza da homenagem aquelas ilustres figuras aque com toda a legitimidade deve acrescentar o nome de Nunes Ribeiro, mais racional e brilhante se torna o seu texto. E eu subscrevo-o inteiramente e partilho a ideia que a maior riqueza das cidades são as suas pessoas, desde o anónimo ao ilustre.Mas as cidades também têm heróis e mártires, anónimos, infelizes e seleccionados para fazerem guerras que nunca provocaram. Não foram sábios nem intelectuais, mas deram a vida por causas que nem lhe eram permitidas questionar. Não acha que estes também têm direito a um pequeno espaço na terra onde nasceram, a tal cidade, justa, moderna e descomplexada. Peço desculpa pela colagem que venho fazendo, pois parece-me que um período da História do nosso povo deve ser partilhado com todo o resto do País

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  12. Anónimo15:08

    @ Maria das Flores, quer o nome de uma dezena de médicos bem mais empenhados no hospital de Beja que o Horácio Flores e dos quais ninguem fala?
    Esta mania de elegermos algumas figuras á categoria de quase santos é por demais ridicula.
    Se foi um bom médico, bom cirurgião, bom gestor hospitalar limitou-se a cumprir o que era a sua função, certo?
    Foi pago para tal, certo?
    Fora disso e como cidadão não conhece obra feita ao individuo.
    Mas posso estar enganado se me demonstrarem isso tudo bem.

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  13. Mertolense atento19:36

    23:48

    Os que lá estão agora (puluidos e C.ª) são cem vexes piores que os "comunas". Eles conseguiram o que queriam e agora vão cagar nos bejenses. Mas vocês merecem. Quem mandou serem ESTÚPIDOS.

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  14. Anónimo23:45

    Por falar em personalidades da nossa cidade, acho que seriam justas muitas homenagens, independentemente de cores politicas, porque não é disso que se fala, e acho que as ruas da nossa esquecida cidade não chegariam para homenagear tanta gente.
    Agora respondendo ao bloguista Mertolense quem cagou nos bejenses durante 35 anos foram os comunistas, que começaram por roubar o que não lhes era devido e posteriormente nada fizeram para que esta cidade tivesse desenvolvimento e prosperidade. Já chega de lentidão, de ver cidades vizinhas a crescerem, chega de expulsar os jovens da nossa cidade por não haver oportunidades de emprego. Basta de gente atrasada

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  15. Não quis dizer mais do que estava escrito, mas deixo uma pergunta ao anónimo, aliás, duas!
    Quais os nomes dessa dezena de médicos?!
    E... não preferia ver esses nomes nas nossas ruas, que um bando de alegados anti-fascistas que a cidade não faz ideia de quem foram?!

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  16. Anónimo00:49

    Se existe Escola de Enfermagem em Beja, também ao Dr. Horácio Flores se deve... Saudades suas!

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  17. Anónimo15:35

    Considero da mais elementar justiça homenagear, embora tardiamente, a pessoa excepcional que foi o DR. FERNANDO NUNES RIBEIRO. Mais vale tarde do que nunca!...
    Brutalmente injustiçado, após o 25 de Abril, viu-se renegado para a "zona sombria da existência". Por muito que presentemente, embora a título póstumo, seja reconhecido, jamáis se compensará o que ele e a família sofreram! O que lhe fizeram foi d'uma ingratidão atroz!
    Tive o grato prazer de partilhar com ele o mesmo espaço de trabalho - Câmara Municipal de Beja; ele na qualidade de presidente da Câmara e eu de "mera" funcionária. Asseguro-vos que foi dos seres mais humanos que conheci ao longo da minha vida!
    Ele preocupou-se em proporcionar bem estar aos funcionários, tendo iniciativas a nível social,cultural e de lazer (raras naquela época). Para ele, espírito inquieto pelo bem estar do próximo, isso não era suficiente, e teve sempre uma palavra, uma atitude, uma acção concreta tendente a minimizar os problemas e as preocupações dos que o rodeavam. Digamos que ele era, sempre que humanamente possível "um fazedor de sonhos"!...
    Atrevo-me a dizer, pelo que conheci dele, que talvez, ao tomar conhecimento, no dia 25 de Abril, do ocorrido, o seu coração tenha rejubilado de alegria. Mas...não lhe deram tempo para gozar o "25 de Abril", pois, mesmo alguns daqueles que tinham usufruído dos seus actos beneméritos, o "apunhalaram".
    Nunca mais foi o mesmo!
    E... tinha tanto para dar a Beja e aos bejenses!
    Da minha parte o meu eterno "obrigada".

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