Este estranho h, que se assume como conservador liberal, humanista e agnóstico, gaba-se de ter um mastro com 35 cm, adora entrelinhas, vomitar divagações e provocar os leitores, deixa um beijo e um abraço aos milhares que fizeram desta a vossa casa! Foi bom para vocês?
"O que nunca ninguém diz, porventura com medo de parecer vaidoso, é que a inteligência tem um preço: a solidão" (Nuno Lobo Antunes)
domingo, julho 27, 2008
Coisas - Parte Cinco: E prontoS...
Este estranho h, que se assume como conservador liberal, humanista e agnóstico, gaba-se de ter um mastro com 35 cm, adora entrelinhas, vomitar divagações e provocar os leitores, deixa um beijo e um abraço aos milhares que fizeram desta a vossa casa! Foi bom para vocês?
sábado, julho 26, 2008
Coisas - Parte QUATRO: O Beijo de Klimt
Neste sábado, era obrigatório revisitar Klimt, expor aqui o Beijo, de todos, o meu quadro predilecto!
Pergunta-me o paciente leitor que acompanha estas miseráveis divagações de fim de Julho, porque amo o Beijo de Klimt? Não lhe sei responder: há coisas que extravasam a razão e os sentidos, que nos atacam sub-repticiamente como um sorriso, que nos confundem e desarmam, por vezes até nos ofuscam, deixando-nos encantados antes de perceber o como e o porque!
Podia maçar o meu bom leitor, repetindo frases feitas sobre a excelência do artista ou com misantropas teorias fantásticas sobre beijos!
Quiçá fosse eloquente neste post tão especial, rebater aquele mito de que as pêgas não beijam, invenção hollywoodesca pela tela da deslumbrante Júlia Roberts, deixar testemunho escrito, que sem nunca pagar meretriz, encontrei pegas que beijam, da estirpe mais perigosa, daquelas que nada cobram! E que oferecem os seus corpos, que gritam pulam e guincham, quase acreditando nas verdades das suas mentiras. Ou na ilusão de um castelo de sonhos, resistente como um baralho de cartas, cartas de jogar, não as cartas de amor que o amor se perdeu no tempo!
E onde reside o Beijo de Klimt no meu de tão tolas divagações, inquire-me o mais atento dos leitores, atónico com perturbantes devaneios. Pois bem: o beijo é o resido da verdade, o núcleo único da clarividência, quando as palavras parecem mentir, o olhar perdeu a transparência, quando os gestos faltar à verdade e os actos confundirem-se no limbo da falsidade…
Quando tudo é baço e parece mentir, quando o mundo nos arrasta na confusão dos medos e da incerteza, apenas no beijo encontramos a certeza forte da esperança, num encontro com volúpia dos lábios o caminho para o sorriso, a junção de lábios que se desejam, mais do que na entrega dos corpos, descobrimos a pureza dos nobres sentimentos, respostas para quixotescas inquietações, que nos arrastam e consomem, para que no instante mágico de línguas que se tocam, deixarmo-nos perder no enamoramento puro dos amantes perdidos!
Sim, porque Beijo, seja de Klimt, de Schiele de Rodin ou de uma qualquer trolha marmeleiro é o ultimo resquício da verdade, o momento sublime, a conjugação divina onde os amantes se fundem num só, para percorrerem juntos um só caminho, sem medos, receios e preconceitos, guiados pela certeza de um beijo!
Fala-se muito do primeiro beijo, mas tememos perguntar qual o melhor dos beijos, que raramente terá sido o primeiro! Disseram-me um dia que o melhor de todos os beijos foi o ultimo: nunca desisti de acreditar que o melhor beijo estará algures por aí, num qualquer futuro próximo ou longínquo! E não será as nossas vidas um complexo caminho, com avanços, recuos, medos, cobardias e actos heróicos, na incessante procura do Beijo perfeito? Perfeito como o beijo de Klimt, o ultimo quadro que aqui se comenta!
Coisas - Parte TRES: O Momento Cosmopolitan...

Desde puto que sou um tipo sensível com as gajas: lembro-me que naquele tempo em que ainda haviam gajas virgens, que era extremamente delicado e compreensivo com a tonta mania de negarem usufruto ao pré-ventre! Alias, para o meu bom amigo, saber quanto eu sou sensível, dizia sempre carinhosamente a estas gajas, que não havia problema, podiam ajoelhar-se e mamar, que eu deixava e nem me ofendia, porque sou gentil, amoroso e condescendente! Ou, para preservar a integridade vaginal das pêgas, recorria aos serviços fáceis de uma qualquer amiga badalhoca: sim, porque é um facto sobejamente conhecido, que todas as gajas boas têm amigas badalhocas que se alimentam com as sobras!
Mas o que me motiva hoje é um grito de revolta! Estou cansado dessa mania das gajas de andarem a pular de pila em pila, como cabras doidas, sem perceber uma verdade universal: todos os piços são iguais, por isso não procurem tantos, mas ajoelhem-se e endeusam o que conseguirem apanhar!
Irrita-me especialmente agora quando chega o Verão! Mal as gajas começam a ver um tipo com menos roupa, comem-nos com os olhos quando passamos, salivam a olhar para as nossas partes mais eróticas, com rosto de grelo desvairado! Pessoalmente, até evito vestir mais justa, porque as gajas ficam tresloucadas, como se não vissem o senhor Toutiço há largos meses!
Permitam-me que o tio H lhes explique duas coisas! Desde logo, coloquem nos vossos limitados cérebros que um gajo não é apenas um piço andante para vocês o treparem o gemerem como loucas possuídas! Por outro lado, sejam sensíveis e parem de ser badalhocas: para que procurar tanto, porque razão andam de piço em piço, se eles são todos absolutamente iguais, mais centímetro menos centímetro, uns ligeiramente mais robustos e outros a dar para o comunista, descaindo para a esquerda! Não entendo essa mentalidade feminina de que a única coisa importante é coleccionar homens, para puderem gabar-se na mesa do café que enfiaram mais um, na sua listinha!
Especialmente quando chegam estas noites pornograficamente quentes: é vê-las nos bares, junto ao balcão a beber uma cerveja, algumas até fumam!!!, outras até coçam micoses vaginais, na esperança de um pobre rapaz beber um copo de mais, para os atacaram com propostas ordinárias! Há coisa mais deprimente?
Minha amigas, há objectos específicos para saciarem a vossa alarvidade! Não, suas doidas, não me refiro a vibradores! Queria falar-lhe de um bom livro, uma boa série em dvd ou um passeio ao luar, para deixarem evaporar esses pensamentos deprimentes e impuros que lhes toldam a mente, suas grandes malucas!
Nota do Autor – Apenas mentes pequenas, podem pensar que os textos Momento Cosmopolitan, Versão Maria reproduzem a visão do h sobre as mulheres e a sociedade! Mas ler, é muito mais que juntar sílabas!
Alguns procuraram ler nestes textos a influencia do célebre blogue “o meu pipi”: parece-me abusivo! A oferecer paternidade da inspiração destes textos, a escolha seria uma personagem de enorme Herman José, Diácono Remédios: com efeito, estes textos são escritos pela pena de um puritano irascivelmente tarado, de mórbida perversidade!
sexta-feira, julho 25, 2008
Coisas – Parte DOIS – a blogosfera regional
Nunca subscrevi a tese maravilha de que a blogosfera é melhor que sexo. Reconheço nos blogues um local com características excepcionais para o debate de ideias, um interessante meio para a cidadania activa, fora dos constrangimentos e decadências da vida partidário, onde se pode suscitar a divergência de opiniões, meditar sobre problemas, cidade e regiões, sendo, a sua importância ainda mais crucial, em meios pequenos e claustrofóbicos, onde se paga um elevado preço pela coragem de assumir posições!
A blogosfera regional baixo-alentejana é muito activa. Para isso é um acto de justiça reconhecer que muito se deve o Nikonman que alimenta há mais de cinco anos um blogue muitíssimo lido, referência obrigatória para a região. Aliás, em dado momento, aqui pelo burgo confundia-se a blogosfera com a Praça. Não me vou pronunciar sobre este blogue, porquanto todos o conhecem e têm opinião e não quero que procurem nas minhas palavras qualquer resposta a momentos que considero infelizes e que o tempo tratará de limpar: quem me conhece, sabe bem que prefiro gravar na memória as coisas melhores e desvalorizar as menos agradáveis.
Mas, meditava sobre a blogosfera regional. Um excepcional blogue é o Alvitrando que, sublinhe-se, continua com mais leitores do que o Viagra e Prozac! E com razões: Lopes Guerreiro construiu um blogue muito consistente que, na minha parola opinião, apenas peca por o seu autor exercer demasiada auto-censura: pode ser erro meu, mas muitas vezes fico com a inequívoca sensação que o LG diz menos do que lhe apetecia dizer! O que é uma pena, porque tem muito para dizer e merece ser ouvido!
O meu primeiro blogue todas as manhãs é hoje o blogue do Zig, aquele onde recolhemos mais informações escrito (e incluo-me no lote, pelo que não procurem ofensa a ninguém), dizia, blogue escrito pelo mais integro de todos os bloggers da região: um grande homem, um grande alentejano!
Quero destacar o BomGigante: sem paternalismos hipócritas, vejo nele o blogue com maior potencial para crescer e se afirmar, assim o Ricardo queira! E não tenha receio de ser politicamente inconveniente!
Obviamente que tenho de falar de gajas (que, quem lê o blogue, sabe não ser uma expressão pejorativa!): saudades da minha amiga Saltos Altos (VOLTA COM A PORCARIA DO BLOGUE), da Nature (que escreve bem para caraças), gosto de ler a Mar, porque sabe escrever (apesar das nossas profundas divergências ideológicas) mas se tivesse de escolher um blogue regional feminino, seria a mói cheri, que aqui vai passando o tempo!
Mas, apesar do que fica escrito, era interessante surgirem alguns blogues na cidade: acho que falta um blogue politico ligado ao PCP-Beja (que deverá aparecer em ano de eleições), um próximo do PS (não me perguntem porquê, mas meti na cabeça que o Paulo Narciso daria um excelente blogger): e vozes diferentes; tenho saudades de ler o desconcertante Extremo e o meu comentador Y facilmente construiria um blogue de eleição!
Mas, com esta resenha, quero apenas deixar claro que a blogosfera regional é rica e robusta, que obviamente ninguém é indispensável, porque por definição os blogues são descartáveis e quando uma voz se cala é o momento de outras se deixarem ouvir! Sem dramas, porque no final do dia, um blogue, é apenas um blogue...
Coisas - Parte UM: este blogue...
Nunca confidenciei isto a absolutamente ninguém, pelo que confio no meu amigo leitor para guardar sigilo.
Na mesma semana que se iniciou o Ireflexoes (primeiro nome do agora Viagra e Prozac) comecei um outro blogue, com nome lindo, que na divulgo. A decisão, apareceu na penumbra de uma noite estrelada (como um ovo!) e depois de anos a estudar blogues, em usa-los no meu ensino, decidi ter um blogue pessoal! Porque sou garganeiro, optei por dois: um onde comentava a minha cidade e o mundo, outro onde apareciam os meus mais íntimos devaneios, pensamentos meus e pequenos textos, sobre tudo e coisa nenhuma. Blogues totalmente anónimos, sem contadores ou outras mariquices, escritos pelo simples prazer de escrever, de mim para mim, aberto aos outros!
Mas inconscientemente, comecei a debitar teorias tolas e outras no Ireflexoes e o outro foi caindo no esquecimento, até evapora-lo da blogosfera. Em finais de 2006, instalei um contador no Ireflexoes e fiquei meio parvo (fácil, no meu caso) ao perceber que tinha
Terá sido por essa altura que comecei a “postar” mais assiduamente e o blogue começou a crescer! Tendo chegado a números que a mim me impressionam! Aliás, ainda este mês, voltou a crescer nas suas audiências!
Mas nunca deixou de ser o meu blogue pessoal: já o disse antes e repito, não sou hipócrita e claro que gosto de saber que o blogue é lido e acarinhado! Mas assumo-me como uma mau anfitrião: respeito muito os meus leitores, mas não acho que o blogue seja um serviço público: sempre entendi que o blogue iria existir enquanto me desse prazer escrever aqui!
Há algo no blogue que me agrada muito e hoje quero aqui sublinhar: apesar do autor assumir o seu pensamento político, de defender posições nem sempre pacificas ou consensuais, este é um espaço frequentado por pessoas de esquerda e direita, diferentes partidos e ideologias, diferentes crenças que, apesar das discordâncias, sentem-se bem neste espaço, onde são tratadas com respeito e respeitam quem por aqui passa! E quiçá esse tenha sido o mais interessante contributo do Viagra e Prozac: permitir um debate de ideias, duro algumas vezes, mas com respeito pelos intervenientes, discutindo ideias, não pessoas!
Não foi fácil construir este blogue! Desde os ataques pessoais que muitas vezes fui alvo ao início (a célebre teoria do protagonismo e do anti-comunismo primário), as pessoas que melindrei ao assumir posições (quantos leitores habituais não ficaram ofendidos comigo, uns desaparecendo e outros ficando em silencio, magoados com palavras minhas!), a sensação que gerei ódios de estimação (com a certeza que não são retribuídos) e a maledicência de mentes pequenas que procuram ler em textos irónicos (Momento Cosmopolitan…) falhas de carácter ou o apelo à pornografia!!! (seria interessante algumas pessoas consultarem um livro chamado Dicionário!).
Quando olho para trás, tenho a clara sensação de que com este blogue perdi muito mais do que eventualmente ganhei: mas tenho uma certeza! Se hoje fosse dia 21 de Maio de 2006, voltaria a começar este blogue e faria tudo igual! Ou talvez ainda pior…
Fora de contexto: Musica nova: Tim e Marisa, no Fado do encontro
Coisas...

- cada vez sinto-me menos professor, mas apenas uma mistura de administrativo com revisor de provas;
- este ano tive um bando excepcional de alunos, a única razão para continuar! Apesar de me terem passado o semestre a dar palha ao jantar!
Parelha de coices...
Quando parolos gritam censura sobre coisas banais e normais, veja-se a definição de insídia! Ao jumento, desejo imensos coices...
quinta-feira, julho 24, 2008
Porque perguntar não devia ofender...
Isto tem cá um aroma a subsídios do Estado...
Caso Maddie - O livro... (com Adenda)
Quando estas palavras extravasarem os microfones da rádio pax, estará disponível nas bancas um livro onde se conta o que dizem ser a verdade sobre o caso da pequena Maddie!
Acho que todos os Tugas têm teorias maravilha sobre este caso; eu próprio já terei no silêncio da noite construído teorias fabulosas! Não vejo pecado que na intimidade dos amigos, se exponham as teorias, se questione se os pais mataram acidentalmente a filha e fizeram evaporar o corpo, se foi raptada por pedófilos, vitima de tráfico de pessoas, se saiu sozinha do hotel e perdeu-se na noite, se algum amigo do casal maltratou a menor ou se fui sequestrada por marcianos e reencarnará em outro planeta! Admito que seja mais interessante especular sobre a maquilhagem da mãe de Maddie do que ver as novelas da TVI e a constituição consagra o direito ao disparate, como corolário da vivência em democracia! Mas o livro em questão, não é apenas mais um romance sobre o processo: este livro saí assinado por o Inspector da PJ que chefiou durante meses a investigação!
Gonçalo Amaral foi durante meses atacado pela imprensa britânica, algumas vezes de modo obsceno, ridicularizando-o, fazendo do inspector da PJ a caricatura de um idiota incompetente e, por arresto, de toda a polícia judiciária portuguesa: quando lançar este livro, vai dar razão aos piores impropérios que lhe foram dirigidos pela mais ignóbil imprensa inglesa!
Gonçalo Amaral é o pai da teoria do crime paternal! Contaminado por rumores da sexualidade desviante dos pais de menor, da mãe que se maquilha e não chora, constrói uma teoria baseada no ladrar de dois cães e pretensos resíduos encontrados num automóvel, alugado semanas após o crime. É uma teoria possível! Como será possível o rapto ou quiçá a culpa ser de extraterrestres! Mas a verdade é que apesar de profusamente investigada, esta teoria não deu em coisa nenhuma, não existindo no processo, segundo o relatório da própria PJ, meros indícios que conseguissem sustentar uma acusação! E sublinho este ponto, que parece quererem esquecer: o casal McCann não foi absolvido em Tribunal! O casal não chegou a ser sequer acusado de crime algum, porquanto, apesar de milhares e milhares de euros terem sido consumidos, numa investigação de dimensões únicas para Portugal, não se encontraram meros indícios para acusar, resquícios de provas! E repito-me: neste processo, nem se colocam questões de provas válidas: o que aqui se passou, foi que a PJ e o Ministério Publico não encontraram nada que pudesse indiciar que os pais eram responsáveis pela morte e ocultação do cadáver da menina!
Por mais que não se goste de factos, recordando palavras do então responsável máximo da PJ, constituir os três arguidos foi precipitado, não teve base factual consistente, baseando-se num mero instinto e na teoria maravilha que a mãe não chora e usava maquilhagem! Tudo o resto, foi uma tentativa ignóbil da investigação de inundar a comunicação social com rumores, numa prática que não é virgem na investigação e que consiste em ganhar nas ruas o que se perde nos tribunais.
Três dias depois de morrer o processo judicial, lançar um livro, com pseudo-factos ainda em segredo de justiça (facto que é crime, apesar de ninguém ligar a isso!!!) por parte do maior responsável pelo fracasso no processo é um acto ABJECTO, revelador de mau perder, de um provincianismo mesquinho de quem não sabe lidar com as regras de um Estado de Direito! Eu respeito muito a PJ; mas esta não é a PJ que respeito!
O casal McCann é, segundo as leis do Estado, completamente inocente e como tal deve ser tratado: é inédito na nossa história que um Inspector, venha nos rescaldo desta decisão escrever um romance onde procura demonstrar o contrário: porque apesar do título ser a verdade da mentira, o livro é publicado com cheiro de recalcamento persecutório.
Adenda: Entrevista patética...
quarta-feira, julho 23, 2008
Caso Esmeralda...
E claro que depois haverá recursos, novas decisões contraditórias, mais guerrilhas e birras, sem que os reais interesses da criança sejam respeitados!
Este processo já mete nojo...
Chamem-lhe estupidez...
Sou assumidamente liberal (na economia e nos costumes) o que em si mesmo é susceptível de crítica! Que sempre aceitei e cultivei neste blogue, porque me parece algo saudável e desejável!
Sou crítico da actual Câmara Municipal de Beja, o que não é segredo! Como admito que o Presidente Xico se ria das minhas palavras e que o excelso vereador não se incomode com elas: sei bem, que as minhas posições e palavras não tiram o sono ao PCP Beja. E entendo que era desejável uma opção - mas uma opção verdadeira, não apenas mudar as ... moscas - com novas ideias, com mais energia e uma visão mais global da cidade e da região, opção essa que, obviamente, eu não serei parte!
Mas cultivo o prazer de opinar, procurando sempre respeitar as pessoas, assumindo aquelas que são as convicções, sem preconceitos ideológicos ou birras/ódios pessoais que não cultivo nem mantenho!
Vem isto tudo a propósito de um café, que tomei muito bem acompanhado, no Jardim de Bacalhau! O local, por ordem e graça da Senhora Dona Pólis ficou medonho! E a tarde era inóspita, com 40 graus nos queixos que não convidavam sair de perto do Senhor AC. Mas o café estava completamente cheio, apesar de ainda servir crepes de chocolate! E de ser meio de Julho, da cidade estar deserta, do calor, da falta de estacionamento, etc!
Somos excepcionais na arte da crítica: culpamos o Governo ou as Câmaras, ou ambos ao mesmo tempo, o Santo António, a União Europeia, Bush e os gananciosos do petróleo, o pénis da vizinha, mas receamos olhar para cada um de nós e identificar as nossas culpas!
Mas, para quem como eu, condena um Estado paizinho, que se queixa do peso excessivo do Estado, que se deseja que cumpra a sua missão e não atrapalhe os outros no cumprimento das suas, os holofotes da crítica têm de dirigir-se para a falta de empreendedorismo dos nossos empresários e cidadãos!
E essa é a grande lacuna da cidade! As nossas Associações estão moribundas, o número de empresários competentes é irritantemente reduzido e o bejense não cultiva a sua cidade! A esplanada do Jardim do Bacalhau é um bom exemplo do que a cidade precisa para mudar de vida! E o resto.. aparece por arresto...
O que o meu leitor acha...
Estou quase quase a chorar...

terça-feira, julho 22, 2008
E depois do adeus?
Era a notícia da semana: Vale e Azevedo e um qualquer treinador (alemão, acho!) tinham "despedido" João Vieira Pinto! E o Benfica perdeu o seu capitão, porque um qualquer palerma e um Presidente frouxo tinham assim decidido!
Claro que me lembro do célebre 3-6! Mas não é isso que melhor recordo do "menino de oiro"! Recordo um jogador que, mesmo jogando mal alguns dias, era o que mais corria em campo, mais se esforçava, mais orgulho mostrava naquela camisola, um exemplo para todos, o ultimo grande capitão do Benfica!
João Vieira Pinto não foi o jogador excepcional que podia ter sido: e tinha condições para chegar mais longe que Figo ou Rui Costa! Mas foi, sem dúvida, do melhor que passou pelo meu deprimente Benfica nas ultimas duas décadas! E, sempre que marcou um golo com outra camisola, festejei os golos do "meu" capitão! Mesmo com aquela com cor de gatinho...
Aviso à navegação...
Treta da Vida...

Devo ter-me enganado a preencher os papéis e hoje recebi uma chamada do José Fidalgo! Pêga de vida!
Ainda se lembram...

Um tempo em que as pessoas não aderiam a estas entidades apenas para ganhar mais uns trocos, vender produtos ou serviços a estas entidades e outras negociatas, conseguirem protagonismos idiotas e umas viagens ao estrangeiro ou uns lugares para a família, obviamente remunerados? E não procurem nas minhas palavras um destinatário concreto: o preocupante do que fica escrito é que se aplica a imensos destinatários...
Post Scriptum: Para evitar interpretações ínvias ou tentativas de encontrar aqui resposta a comportamentos que não são meus, mudei a foto! Já agora.. sabe de onde é esta foto?
segunda-feira, julho 21, 2008
Hoje que a montanha vai parir... (com adenda)


A decisão de hoje PROVA que não existem indícios bastantes para sustentar uma simples acusação! Ou seja, não apenas não há provas como não existem sequer indícios bastantes, baseando-se a teoria no ladrar de dois cães e numa tese absolutamente inaceitável que o carro que os pais alugaram TRÊS semanas depois, tinha sido usado para esconder o corpo, durante os dias em que largas dezenas de jornalistas seguiam todos os momentos do casal!
Por mais que não se goste de factos, recordando palavras do então responsável máximo da PJ, constituir os três arguidos foi precipitado, não teve base factual consistente, baseando-se num mero instinto e na teoria maravilha que a mãe não chorava e usava maquilhagem!
Três dias depois de morrer o processo judicial, lançar um livro, com pseudo-factos ainda em segredo de justiça (facto que é crime, apesar de ninguém ligar a isso!!!) por parte do maior responsável pelo fracasso no processo é um acto ABJECTO (quer dizer nojento!), revelador de mau perder, de um provincianismo mesquinho de quem não sabe lidar com as regras de um Estado de Direito! Eu respeito muito a PJ; mas esta não é a PJ que respeito!
Quando lançar este livro, o ex-inspector vai dar razão à mais ordinária imprensa inglesa, que o tratou como um bronco incompetente! Como o facto de uma providência cautelar não impedir o lançamento do livro sobre um processo em segredo de justiça é a prova provada da incompetência da Justiça Lusitana!
domingo, julho 20, 2008
sábado, julho 19, 2008
Concentração Motard de Faro...

Quem não gosta de motas, pode sempre ir para o aLLgarve e fazer como este cidadão britânico!
A primeira bailarina, por Edgar Degas

Edgar Degas é um pintor francês cuja vida se cruzou entre os séculos XIX e XX para se tornar imortal graças à excelência do seu traço.
Degas teve uma infância faustosa, no meia da mais proeminente burguesia, privilegiado na vertente material, cresceu para vingar como aristocrata, na peugada de seu pai, insigne banqueiro parisiense. Na opulência de uma vida farta, o jovem adulto Degas ruma a Itália numa viagem de lazer, onde se encanta com os clássicos do período renascentista. Nesses dias ainda estava longe de ser o génio revolucionário que o imortaliza.
O percurso artístico nasce depois, após travar conhecimento com a obra do seu primeiro mestre Dominique Ingres e posteriormente o seu grande amigo Manet.
Faço parênteses no percurso de Degas, para convidar as leitoras a refugiarem-se na infância, os leitores a recordarem as suas pequenas petizas, retroagindo a um momento no tempo, em que todas as meninas sonharam um dia em ser bailarinas, perderem-se na musica, com um par de sandálias mágicas nos pés, que nos permitem viver todos os sonhos. E carregam convosco essa imagem pura e cândida para a leitura do quadro.
Na pequena bailarina vemos a negação do seu estilo impressionista, o momento que quebra os dogmas da técnica que lhe havia granjeado sucesso, deixando soltar o pincel para tons mais quentes e vibrantes, sendo espelho das minhas palavras, a bailarina que vou, que deixa o palco inóspito para entrar num mundo maravilhoso dos sonhos, aquele local acolhedor que apenas conhecemos nas primeiras infâncias. Um lugar de sonho!
Mas, quem é a bailarina serena pura e imaculada de Degas?
A bailarina é uma jovem artista de parcos recursos, uma família que vivia de miséria, tinha na irmã uma prostituta e ela própria vendeu o corpo como sustento para a vida artística. Ao retrata-la Degas expõe a hipócrita sociedade aristocrática parisiense que cultiva a futilidade com uma tela de realidade, pintando a vida, com cores diferentes dos contos de fadas. No rosto de uma bailarina que deixou de conseguir sonhar e ser criança!
Beja muito à frente...
sexta-feira, julho 18, 2008
E o grande apito, virou uma reles gaita...
Lendo a Impresa aqui no burgo...
No que concerne à Impresa aqui do burgo, não li a minha crónica do CorreioAlentejo (já a conhecia), mas gostei do merecido destaque ao Teixeira Correia,li o artigo do ArtePublica (onde parece que dão razão ao que digo na crónica) e deixo homenagem à entrevista com a Tonicha: alguém que usa um nome assim, merece palmas!
Não vou assinar a petição do Diário do Alentejo, apesar de ser contra o projecto de lei: respeito quem diz o contrário, mas não assino um documento que diz que o DA é um jornal independente! Mas gostei muito da capa, a melhor em muitos e muitos meses, não apenas graficamente bonita, mas com uma mensagem de esperança: sim, porque eu também acredito que o Alentejo tem futuro!
Efeméride...
Mas chega da lamechice que hoje o dia é de parabéns. Oito anos numa casa nocturna de província são décadas e só a excelência dos seus responsáveis explicam este sucesso!
Para eles e para o novo sócio... um abraço de parabéns e.. que venham mais oito...
quinta-feira, julho 17, 2008
Post Orson Welles...
Num momento em que a Europa vive quiçá a maior crise económica do pós-guerra é intolerável que alguns Governo (como o Governo Tuga) e agora a União Europeia percam tempo, dinheiro, a paciência e a estima dos cidadãos europeus com obscenidades!
Vamos aos factos: já não bastava a famosa Directiva sobre implantes de silicone (que Pacheco Pereira tanto gosta de falar), como agora o Parlamento Europeu vai criar legislação sobre a dimensão dos vibradores!
Parece que por detrás (expressão perigosa neste contexto) da decisão está uma alegação da Associação Inglesa dos Pais Divorciados, apoiada pela Igreja Anglicana, onde se sustenta, e cito o disparate "... a dimensão usada pelos produtores na fabricação de utensílios de diversão sexual para adultos, desmesuradamente grande face ao tamanho do órgão reprodutor masculino, cria falsas imagens, adulterando as expectativas das utilizadoras, com nefastas consequências para a manutenção da santidade do matrimonio"! E segue a fundamentação com mais disparates do género!
Desculpem a expressão: mas ninguém enfia nada aos ilustres deputados comunitários que lhes explique que a dimensão que nos ... lixa, é a do preço do petróleo, das taxas de juro e aumentos do preço dos alimentos?
Uma vergonha...
Esses malvados...

Segundo um bando de pervertidos por numerologia, comparando preços em Supermercado do rico Portugal e da paupérrima Inglaterra, onde os bifes têm um salário mínimo igualzinho ao nosso, apenas três vezes superior, concluiu que os preços no Algarve são mais caros que em Londres, o que pode matar a tese de que Portugal seria destino priveligiado para a velhice dos paises pobres do centro e norte da Europa.
Cambada de prostitutos que fazem estes estudos e nos coitam as espectativas!
Politicamente incorrecto...

Discriminação racial é definida nos relatórios internacionais como qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência em função da raça, cor, ascendência, origem nacional ou étnica, que tenha por objectivo ou produza como resultado a anulação ou restrição do reconhecimento, fruição ou exercício, em condições de igualdade, de direitos, liberdades e garantias ou de direitos económicos, sociais e culturais.
Esta é uma prática vil e obscena que encontra resquícios nos nossos sentimentos mais feios e abjectos dos preconceitos inaceitáveis: e ninguém tente procurar nas minhas palavras quaisquer afinidades com pensamentos xenófobos!
Começo esta crónica com precauções, porquanto numa era de ditadura do politicamente correcto, todos temem assumir de viva voz quaisquer posições que contrastem contra o fascismo das minorias.
Medito hoje sobre os acontecimentos da Quinta do Conde * em Loures, em que alegadamente dois grupos de minorias se confrontaram numa disputa étnica! Nada mais falso, nada mais hipócrita! O que aconteceu em Loures, não é uma disputa de africanos contra ciganos, mas dois bandos de criminosos que empunham armas na via pública e disputam tiros entre eles, alegadamente depois de um negócio de droga que correu mal! Por detrás daquelas pistolas, não estão negros, ciganos, brancos, amarelos, ricos ou pobres, mas estão criminosos que desafiaram o Estado de Direito e transformaram a rua de uma cidade num cenário de guerra!
Confiando na Imprensa de hoje, cerca de 90% dos habitantes daquele bairro vivem de subsídios do Estado, numa casa do Estado onde pagam ou não pagam uma renda privilegiada, não lhe sendo conhecida profissão ou anos de descontos! O que é perfeito exemplo daquilo que o Estado tem feito para integrar todas as pessoas que nascem em Portugal ou escolhem Portugal para morar, esforço que aqui se sublinha e aplaude!
Mas importa nunca esquecer que a integração é uma questão com dois lados! E a Europa lida mal com este problema! Não discriminar, ser intolerante com um discurso racista é sustentar que todas as minorias têm os mesmíssimos direitos que as maiorias, que devemos respeitar as suas convicções, forma de pensar e viver, religião e hábitos; mas nunca esquecer que existem também deveres, que são de todos, minorias e maiorias!
Não ignoro que corro o risco de dúbias interpretações, que alguns vão procurar nestas palavras um discurso intolerante, mas nunca subscrevi silêncios cobardes: e a única forma de combater o racismo é dizer palavras fortes quando os factos o exigem!
Portugal atravessa uma profunda crise económica e a palavra fome é o alimento de milhares e milhares de portugueses, que apesar de trabalharem e pagarem os seus impostos, de contribuírem activamente para o desenvolvimento da sociedade, vivem na inaceitável situação de não conseguirem cumprir os seus encargos! Para estes, brancos, negros, chineses, brasileiros, ciganos, homens e mulheres de todas as cores e credos, o Estado tem sido surdo aos apelos mudos, em nome do mal fadado combate ao deficit e da conjuntura externa madrasta! Mas têm sobrado apoios para todas as minorias, cultivando-se uma sociedade de inércia, o culto da dependência de apoios fartos e fáceis!
Urge dizer sem complexos que discriminar é, não apenas excluir ou restringir direitos a minorias, como dar a minorias um conjunto de direitos que se negam a todos os outros, numa intolerável tirania das minorias! E nunca esquecer que a mais nojenta forma de racismo, é com medo de ser acusado de racista, inventar critérios diferentes, para tratar pessoas, esquecendo que todas devem ser encaradas como iguais!
* Por inacreditável burrice de quem escreveu estas linhas, onde o animal escreveu Quinta do Conde quando devia ter zurrado Quinta da Fonte. Aos leitores (e aos ouvintes) as minhas patéticas desculpas!
quarta-feira, julho 16, 2008
Aimar não vai para o FCPorto...

No futebol as verdades de hoje são disparates de amanhã: mas... tentando recorrer à lógica e ao bom senso, com excepção do treinador, as novas contratações não auguram nada de bom!
Num país de abortos..
Mas ainda há coisas que finjo não entender: porque razão em Portugal se adoptou como forma prioritária para a interrupção "voluntária" da gravidez o método mais complexo, mais traumatizante e mais caro?
Porque nem as vacas (de 4 patas) são sagradas...
Por gente séria, porque o tema é sério! E a partir do momento em que temos energia nuclear na fronteira, não faz sentido arvorarmo-nos em virgens imaculadas!
E não se esqueça amigo leitor: a avestruz que enfiou a cabeça na areia, terminou enrabada!!!
Coisas de Pintos...

E tenho muita razão num aspecto: a formação na Ordem dos Advogados é vergonhosamente má! Sei do que falo, fiz com sacrifício o estágio e somando as pseudo-aulas, com as assistências obrigatórias a processos e subsequentes relatórios (felizmente Deus inventou o copy-paste!) e o beija-mão aos Juízes, tudo aquilo era deprimente!
O sexo e a planície...
O Sexo e a Cidade e os Friends fazem parte de uma parte bonita da minha histórias, duas séries de referência que acompanhei durante vários anos: e recordar na tela essas momentos é deixar-me invadir por recordações daquelas que nos desenham um sorriso nos lábios!
Sobre o filme, honestamente, é um pouco amaricado! Durante mais de uma hora é um desfile de fatos, malas, brincos e gajas estranhamente com roupa! Se as gajas babam, confesso que olhar uma hora para mulheres vestidas enjoa um pouco!
Mas nem o excesso de roupa estraga o filme! Claro que não é o filme da minha vida, mas são duas horas e tal bem passadas: se me permitem o paralelismo, faz recordar aquele sexo aos 21, que mesmo quando era fraquito e de apenas duas horas e meia, fazia-nos regressar a casa com um sorriso nos lábios!
O Sexo e a Cidade consegue ser como filme aquilo que era como série: faz-nos sorrir, de quando em quando rir, por vezes pensar, rouba-nos alguns sorrisos melosos e quase lacrimejantes! Acham pouco para um filme?
terça-feira, julho 15, 2008
Porque há comment que merecem ser post...
"h", você como homem inteligente que é, ainda não se apercebeu que esse discurso de fé cega na iniciativa privada e no mercado, estão a conduzir o mundo ao abismo? Você não lê todos os dias as noticias dos jornais? Não vê que chegámos ao ponto que até os neo-liberais dizem que é preciso o estado por travões no capitalismo financeiro? Você acha que só pelo facto de um jornal não ser directamente pago com o dinheiro dos contribuintes, lhe confere um estatuto de respeitabilidade e isenção?
Você acha que um jornal nas mãos do Belmiro de Azevedo é mais democrático? Só o é até que não colida com os interesses estratégicos do seu grupo económico. Não acha que já temos demasiados meios de comunicação nas mãos dos privados? Ainda não viu que essa história da liberdade de expressão vale muito pouco ou quase nada quando se vive uma situação de crise económica global, sem precedentes? Tudo isto não surgiu do nada. Se tivermos uma perspectiva histórica da evolução do capitalismo, principalmente nos últimos 10/15 anos, verificamos que estamos a beber o veneno que o senhor Bush e companhia destilaram no mundo e nas economias. Já reparou que os gurus economistas portugueses que emitem opinião por tudo e por nada, sempre num determinado sentido, como é óbvio, foram apanhados de surpresa?
Porque politiquice também tem piada...

O melhor deputado alentejano - José Soeiro, aqui elogiado - foi à beira Guadiana e meteu os pés na água: ao deslocar-se a Mértola e ignorar a Câmara - que dá jeito ser a pior do Distrito!!! - deu a cara à critica fácil, bem aproveitado por Pulido Valente, que volta a demonstrar habilidade política.
Claro que isto são pequenos fait divers de província: mas foi inteligente a forma como se agarrou num erro de forma para conseguir anular eventuais consequências de uma viagem que poderia ser politicamente incorrecta! É injusto? Porventura é! Mas ... este bem JPV!