Estive indeciso sobre o modo de abordar a querela. Bem como na escolha de um equipamento emblemático para ilustrar a questão. Até que me ocorreu o óbvio: recordar o edifício do Banco de Portugal!
Obra quase centenária, está abandonada desde que há duas décadas (penso eu de quê) quando o Banco de Portugal rumou para Évora, deixando esquecido um edifício arquitectonicamente excelente, sentado em pleno centro da cidade, junto de locais emblemáticos com a Pousada ou o Tribunal. Para ser eternamente esquecido, uma porta que se fechou há demasiados anos, esperando pacientemente que o tempo o faça cair e lhe apague a vergonha de apesar de tão belo e imponente estar completamente abandonado!
Podia ter chamado para a nossa tertúlia o excepcional imóvel onde funcionou a Cooperativa, na descida que abandono o Jardim do Bacalhau em sentido para o Largo do Carmo, a maioria dos edifícios da Praça da República, as casas que fazem companhia ao Tribunal, para citar apenas os mais conhecidos, os mais esquecidos.
Claro que a degradação da nossa história edificada, não é uma característica apenas de Beja, mas uma praga que corrompe o Pais de Norte a Sul, fruto das tolices legislativas que cristalizaram no tempo as leis do Arrendamento e o descuido lusitano pelas nossas tradições, o culto da efémera modernidade. Mas em meios pequenos as coisas são mais fáceis de solucionar. E se agora é moda o Estado produzir obra para compensar a quebra da procura externa e estancar o desemprego galopante, que tal um programa de recuperação de casas antigas?
Obra quase centenária, está abandonada desde que há duas décadas (penso eu de quê) quando o Banco de Portugal rumou para Évora, deixando esquecido um edifício arquitectonicamente excelente, sentado em pleno centro da cidade, junto de locais emblemáticos com a Pousada ou o Tribunal. Para ser eternamente esquecido, uma porta que se fechou há demasiados anos, esperando pacientemente que o tempo o faça cair e lhe apague a vergonha de apesar de tão belo e imponente estar completamente abandonado!
Podia ter chamado para a nossa tertúlia o excepcional imóvel onde funcionou a Cooperativa, na descida que abandono o Jardim do Bacalhau em sentido para o Largo do Carmo, a maioria dos edifícios da Praça da República, as casas que fazem companhia ao Tribunal, para citar apenas os mais conhecidos, os mais esquecidos.
Claro que a degradação da nossa história edificada, não é uma característica apenas de Beja, mas uma praga que corrompe o Pais de Norte a Sul, fruto das tolices legislativas que cristalizaram no tempo as leis do Arrendamento e o descuido lusitano pelas nossas tradições, o culto da efémera modernidade. Mas em meios pequenos as coisas são mais fáceis de solucionar. E se agora é moda o Estado produzir obra para compensar a quebra da procura externa e estancar o desemprego galopante, que tal um programa de recuperação de casas antigas?
É uma mancha "negra" bem no centro da cidade, volta e meia é limpa para manter as "aparências"...peeenso eu de que :)
ResponderEliminarNa agência do Banco de Portugal em Beja, passei 22 anos da minha vida. Grande escola de bancários e de homens. Onde o rigor do tostão existia. Não está abandonado nem é fácil o tempo o fazer cair. Nem imagina a solidez daquelas paredes!
ResponderEliminarCaro H O BdP não rumou a Évora, porque já existia um em Évora.Isso é mais um exemplo ainda que involuntário do complexo de inferioridade que existe em Beja em relação a Évora. Podias ter mencionado no texto que "O BdP rumou a Faro...".
ResponderEliminarAgora que esse edificio podia ser valorizado e aproveitado como um hotel por exemplo.
@anónimo - foi há mtos anos mas admito que possa estar enganado. Mas.. escrevi convicto que as competências do BdP que estavam em Beja passaram para Évora, bem como alguns dos funcionários. Estou enganado?
ResponderEliminarO edifício do Banco de Portugal poderia, ao menos, ser aberto umas quantas vezes por ano para visitas guiadas até que se encontrasse uma utilização duradoura ou final, que poderia passar pela instalação de um museu ou um hotel.
ResponderEliminarNo âmbito da integração do nosso País na UE, o Banco de Portugal foi obrigado a fazer a reestruturação da sua rede de Agências. No final do ano de 1992 encerrou Beja e mais três, prosseguindo esta politica 4 ou 5 ainda abertas. Tudo o qur peertencia a Beja passou, de facto para Èvora. Deve ser dos edificios mais lindos e mais ricos da cidade
ResponderEliminar@MDH - Eu estava profundamente convencido disso, mas não quis ser teimoso. Até porque na época, era um petiz!
ResponderEliminarQueria apenas acrescentar que , desde 1992 se encontra à venda, se alguns dos caros bloguistas estiver interessado, posso-lhes indicar a quem se devem dirigir.
ResponderEliminarCaro H Está certo passaram alguns funcionários e competências para Évora (naturalmente)e para Faro.
ResponderEliminar@MDH
ResponderEliminarA quem me devo dirigir?
Se estiver em Lisboa, na rua Francisco Ribeiro, junto à Av. Almirante Reis existe o edificio Portugal e lá perguntará Pelo departamento de Serviços Administrativos e Património. Se possuir uma conta de milhões e estiver interessado será o possuidor do edificio mais lindo, mais imponente e mais rico da cidade de Beja. Felecidades
ResponderEliminar1º - os empregados do Banco de Portugal foram para Faro. Os empregados, agora não sei se a administração, digamos assim foi para Évora ou Faro.
ResponderEliminar2º - segundo eu soube, o edifício foi vendido à alguns anos a um tipo de Portalegre. Para quê? Para ver vendido mais tarde, mais caro. A sorte e azar de alguns, é que este último negócio nunca aconteceu e o tipo de Portalegre ficou a arder. Pelo menos é o que se diz.
3º - Também tive a mesma que esta na última frase. O problema é que o Tuga não gosta de trabalhar nas obras. "fica mal". O Tuga gosta é de trabalhar atrás de uma secretária ou andar de fato como os agentes imobiliários.
O tipo que teve escritura marcada para comprar o banco de Portugal não é de Portalegre mas sim de Estremoz, mais concretamente um empresário de mármores. Segundo o que ele me informou o negócio não se concretizou porque houve entrave pela parte da câmara de Beja, não sei se é verdade ou não... Sei que o edificio seria colocado à venda no dia imediatamente à sua escritura e quem ficaria responsável pela mediação do mesmo seria a minha empresa. Azar o meu, pela não concretização de tal negócio.
ResponderEliminar