Um dos pecados originais da nossa cidade é a questão do urbanismo! Tão misterioso como uma virgem ter filhos, são as estranhas razões porque as casas em Beja são tão más e caras! Se fosse uma coisa boa, até podia ser milagre, mas, como é terrível para quem escolhe ou é obrigado a morar por cá, só pode ser incompetência ou bruxedo!
Beja é rodeada por planícies que chateiam até perder de vista, pelo que nada justifica a construção em altura, nem que as ruas novas sejam acanhadas com as casas metidas umas nas outras. Como a especulação imobiliária de que a cidade tem sido vitima nas ultimas décadas, não tem nenhuma razão justificativa.
Raros são os casos em Beja de construção de excelência e, nestes raros exemplos, os preços são proibitivos para quem vive de um salário honesto! Como apenas razões da mais pindérica alergia ideológica conseguem explicar que esteja vedado a praticamente todos os munícipes construírem na cidade uma moradia, empurrando-os para Cuba, Neves ou, como está agora em moda, o Penedo Gordo (onde, daqui a uma década, se vai compreender como são feias aquelas vivendas que a minha geração agora adora, completamente desenquadradas do local!).
Por falta de planeamento, o centro da cidade faz concorrência ao cemitério, onde prédios abandonados anseiam por um inspirado bulldozer que os derrube; a inovação foi uma tal de Colina do Carmo, um tremendo disparate que nasceu da insistência surda, comendo fundos que seriam muito melhor aproveitados em outros locais.
Não se espere de ninguém, ainda mais em plena crise do imobiliário, que resolva em pouco tempos os disparates que demoraram décadas a cristalizar-se; até porque, enquanto persistirem largas dezenas de apartamentos em pranto para serem vendidos, é muito complicado corrigir-se a patética situação actual.
Mas não podemos é resignarmos e urge ouvir os melhores nesta área, para que com eles se possa inverter a desgraçada situação actual. Porque a cidade precisa e merece...
Beja é rodeada por planícies que chateiam até perder de vista, pelo que nada justifica a construção em altura, nem que as ruas novas sejam acanhadas com as casas metidas umas nas outras. Como a especulação imobiliária de que a cidade tem sido vitima nas ultimas décadas, não tem nenhuma razão justificativa.
Raros são os casos em Beja de construção de excelência e, nestes raros exemplos, os preços são proibitivos para quem vive de um salário honesto! Como apenas razões da mais pindérica alergia ideológica conseguem explicar que esteja vedado a praticamente todos os munícipes construírem na cidade uma moradia, empurrando-os para Cuba, Neves ou, como está agora em moda, o Penedo Gordo (onde, daqui a uma década, se vai compreender como são feias aquelas vivendas que a minha geração agora adora, completamente desenquadradas do local!).
Por falta de planeamento, o centro da cidade faz concorrência ao cemitério, onde prédios abandonados anseiam por um inspirado bulldozer que os derrube; a inovação foi uma tal de Colina do Carmo, um tremendo disparate que nasceu da insistência surda, comendo fundos que seriam muito melhor aproveitados em outros locais.
Não se espere de ninguém, ainda mais em plena crise do imobiliário, que resolva em pouco tempos os disparates que demoraram décadas a cristalizar-se; até porque, enquanto persistirem largas dezenas de apartamentos em pranto para serem vendidos, é muito complicado corrigir-se a patética situação actual.
Mas não podemos é resignarmos e urge ouvir os melhores nesta área, para que com eles se possa inverter a desgraçada situação actual. Porque a cidade precisa e merece...
Falo por experiência própria. Sou daqueles que estou a ir para o Penedo Gordo, que era o meu objectivo de residência desde os 2 anos, como imaginam.....
ResponderEliminarTens toda a razão neste post.
É das maiores vergonhas desta cidade, precisávamos de uma outra intervenção como a dos alemães, que planeamento fizeram... Habitações com espaço, com verde, com equipamentos colectivos, hotel, o clube dos oficiais, que saudades.
É tão fácil, mas com incompetentes destes, para não ir mais longe, temos o que temos. A entrada da rotunda do Melius, com aquela roupa estendida a quem entra em Beja, está divinal.
@luis - subscrevo o que dizes bem como o n/ desconhecido H.
ResponderEliminarJá agora, o buraco está lindo.
Um abraço.
rp
A má construção não é um exclusivo de Beja, sobretudo a nível do isolamento térmico e acústico.Infelizmente, continuam a "fabricar " casas só para climas quentes e onde o mais pequeno ruído é audível no andar de baixo ou de cima.
ResponderEliminarDiscordo. Não acho que Beja deva ser uma cidade com vivendas, em que à frente esta um jardim e atrás estão as galinhas, os porcos, etc. As cidades hoje em dia são espaços diferentes. As pessoas já não vivem "longe" umas das outras. Têm que ter vizinhos em cima, em baixo, ao lado, ...
ResponderEliminarO preço das casas é outro aspecto que já tinha reparado e debatido. A explicação que me deram foi: como em Beja só há praticamente 3 construtores, e por acaso, até se dão todos bem, os preços "amanham-se" para ninguém ficar a perder (€).
@Pedro - Por acaso não gosto de moradias. Mas não me ofendem!
ResponderEliminarSobre o resto, se o que diz não deixa de ser verdade, importa não esquecer que o preço dos terrenos em Beja é obsceno!
H, o grande problema nos preços dos imóveis advem do facto do preço dos terrenos serem uma verdadeira afronta... Há cerca de dois anos houve um construtor que comprou um terreno para construção de apartamentos que lhe custou a 300.000 euros... um disparate total... depois o preço final dos apartamentos é um absurdo total.
ResponderEliminar"As pessoas já não vivem "longe" umas das outras. Têm que ter vizinhos em cima, em baixo, ao lado, ..."
ResponderEliminar??????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
@Anónimo - Sim. Hoje as pessoas gostam é de viver em comunidade, em prédios. Já ninguém vive "isolado".
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