
Será que agora vamos assistir a um conjunto de vozes histéricas e tontas a zurrar censura?
"O que nunca ninguém diz, porventura com medo de parecer vaidoso, é que a inteligência tem um preço: a solidão" (Nuno Lobo Antunes)
Uma semana depois da pacatez da planície de Beringel motivar notícias de destaque na Comunicação Social, deixo nesta pequena crónica um leque de perguntas que não podem ficar sem resposta.
Não procurem encontrar nas minhas palavras, o julgamento público do visado neste caso: por imperativos de consciência e académicos, defendo a presunção de inocência que não pode jamais ser apenas uma frase insípida sem sentido. A minha voz não se junta àqueles que pretendem ser policias, procuradores, juízes e carrascos…
Mas há factos que hoje ninguém desmente: foram desviados das contas da Junta de Freguesia mais de 100.000 Euros e o ex-Presidente da Junta, tesoureiro no actual mandato, quando instado sobre o tema, devolveu o dinheiro. O próprio PCP, partido em cujas listas o “suspeito” foi eleito, ”condena e lamenta profundamente os factos descobertos, que violam os princípios defendidos pelos comunista”.
Logo no dia em que os factos foram relatados, partidos e comentadores clamaram pela demissão da Junta; pessoalmente, entendi que era prematuro este pedido. Também não junto a minha voz àqueles que pretendem fingir que nada aconteceu, que pretendem escamotear a existências de um desvio de avultadas verbas, para se centrarem numa eventual restituição do montante usurpado e a demissão do cargo pelo suspeito do ilícito.
Há coisas que são graves demais para ser branqueadas; como são demasiado importantes para se fecharem no circo político.
É minha profunda convicção que ainda há excessivas portas entreabertas para ser possível fundamentar uma posição séria. Aos senhores jornalistas, ou pelo menos aos que pretendem ser sérios e imparciais, urge investigar o caso.
Desde logo, os munícipes têm o direito de saber: o actual Presidente da Junta apresentou queixa no Ministério Público, ou, pelo contrário, acha que a situação não é suficientemente grave para ser requerida tutela penal?
E, mesmo que tal não tenha sido feito, o MP estará a actuar num caso que foi tratado por quase toda a imprensa regional e muita da imprensa nacional?
Depois, outra pergunta se exige: como numa Junta de parcos recursos, pode desaparecer tanto dinheiro e se demore tanto tempo a perceber? Foram precisos dois anos para o actual Presidente detectar a situação? E a oposição, actuou exercendo as suas funções de garante da legalidade ou andou distraída?
Provando-se em Tribunal que são verdadeiros os factos noticiados na Imprensa, ou seja, que o ex-Presidente desviou mais de 100.000 Euros, estamos perante um crime grave, que deve ser judicialmente punido! Num prisma diferente, há que aquilatar das responsabilidades politicas: pelos dados conhecidos, cresce a convicção que todos, sem excepção, têm inúmeras razões para estar envergonhados…
Esta é uma das mais complexas querelas dos nossos dias, dividindo a doutrina de mais alto coturno. Como é consabido, a temática tem sido objecto de simpósios, seminários e congressos, bem como de duas teses de Doutoramento: "Os homens são de Marte, as mulheres de Vénus e o esperma de Saturno" e " O Amor e o Engolimento" (N.A – isto é humor inteligente, pelo que peço desculpa aos leitores que não vão entender a excepcional piada…)
Ainda em jeito de preliminares (que vão longos, como devem ser) não é colocada nesta análise uma terceira hipótese, ou seja, o estádio intermédio: aquela coisa de cuspir!!!
Minhas adoradas amigas: (e leitores que também praticam o desporto, porque aqui no Viagra e Prozac não somos preconceituosos para paneleiros, rabetas, maricas, bichonas, larilas cagam ao contrário, …) cuspir é feio!!! Achavam bem que o vosso gajo fosse jantar a casa da sogra e no fim, mesmo na parte do fim, desatasse a cuspir pela casa toda?? Leiam esse ícone da cortesia e boas maneiras, Paula Fazme Bobone, para perceberem o quão insolente e desrespeitosa é essa patética mania!
Indo ao conteúdo, ao coito por assim dizer, indaguemos a problemática: engolir ou não engolir o leitinho.
Os argumentos anti-engolimento são conhecidos: o sabor não é muito agradável, é muito espesso, tem como contra-indicação impedir a continuação da degustação do acto, irritação na garganta e susceptível de causar inveja à outra pessoa que participa no trio!
Sinceramente, todos os estudos feitos na Universidade Independente provam que os factos podem não sugerir a factualidade que visa ser prosseguida, pelo que os meus carecem de análise de pormenor conclusiva que permite concluir uma conclusão! Por outras palavras: são uma merda de argumentos!
Obviamente que se deve engolir: por um conjunto de considerandos que são insofismáveis, axiológicos!
Desde logo o argumento higiénico: não sujar os lençóis, o carro ou a cadeira do cinema!
Depois o argumento matrimonial: pretender casar é estar disponível para engolir os sapos do nubento: logo, quem engole sapos, por maioria de razaõ…
Argumento financeiro: pode sempre gravar o acto e divulgar na Internet, recebendo os Euros com isso; quanto mais ingerir, mais recebe!
Argumento Saúde: não foi eufemismo utilizar a expressão "engolir o leitinho"; estudos confirmam que o esperma tem vitamina A, B, C e W, pelo que o seu consumo é benéfico para a saúde, não sendo apenas uma salutar dieta, como combate as dores no anús!
Argumento feminilidade: para a arte de bem engolir, exige-se colocar em prática um ancestral truque feminino: faze-lo acreditar que foi o primeiro!
Crucial é o fundamento maternal: se o seu filho não quiser comer a sopa porque não sabe muito bem, é espessa, retira o apetite para outras gulodices, não o vai obrigar a comer? Então.. ensine-o com o seu exemplo!
Já antes o afirmei e hoje repito-o: construir ou não a OTA, tal como o projecto hoje existe, traça a fronteira entre um Primeiro-Ministro determinado e um Primeiro-Ministro teimoso!
Não me arrogo em especialista de transportes, mas não abdico dos meus direitos de cidadania: e desde há muito que tenho fundada dúvidas sobre a decisão de construir uma cidade aeroportuária na Ota. Como deixei antes escrito, esta não é uma decisão técnica, é primeiro que tudo uma decisão política.
As notícias desta semana, a pausa sabática numa teimosia que parecia irreversível, é um momento que deve ser saudado! A argumentação histérica para procurar justificar o que não tem justificação, é prova bastante das fragilidades do processo.
Pessoalmente, mantenho a posição que sempre tive: entendo ser de um inconcebível novo riquismo desmembrar um aeroporto que funciona, devendo a solução passar pela construção ou reutilização de pequenos aeroportos, que sejam suportes dos que já existem e promovam de forma equilibrada o desenvolvimento regional. Numa lógica de Portela mais um, é irrelevante se a localização é o Montijo, Alcochete ou mesmo a Ota.
E não aceito o argumento de que “Os Velhos do Restelo” sempre estivera contra as grandes obras públicas; se os velhos de Restelo são velhos, é porque tem idade, porque viveram muitos anos e estão fartos de assistir ao desvario financeiro das faraónicas obras públicas, com orçamentos galopantes, em prejuízo dos contribuintes e em benefício dos “sujeitos do costume”…
Pelo que obviamente considero o momento actual de extrema importância. Urge que as pessoas de boa vontade desta região, se reúnam em torno de um projecto que deve ser de todos, que se deixem de questiúnculas menores, de sonhos utópicos e propostas tontas, que caminhem em conjunto para tornar real um sonho colectivo.
As forças vivas da cidade tem agora uma oportunidade, quiçá das ultimas, para provar se os interesses da região se podem sobrepor a egoísmos partidários ou económicos. Abriu-se uma janela de oportunidade para colocar Beja no mapa do desenvolvimento; resta saber, se vamos estar à altura das nossas obrigações ou vamos continuar sentados debaixo dos nossos chaparros, culpando o tempo que passa…
Meditei sobejamente antes de pôr no papel virtual esta intima reflexão. Estou ciente que serei rotulado de sexista preconceituoso, emproado ou outros adjectivos que o pudor me impede de vociferar. (sim, porque eu sou tímido e introvertido!).
Mas a puta da verdade, mesmo quando crua e bruta, não pode ser escamoteada. E a realidade, por mesquinha e insípida que seja, é que as mulheres são incapazes de ser amigas dos homens…
Durante anos pensei que fosse um complexo sociológico, um imperativo cultural, mas hoje estou ciente que é algo genético. Analisemos a factualidade!
Uma mulher, seja gaja ou não, é incapaz de ter uma conversa serena com um homem, seja gajo ou cabrão, sem lhe estar a galar o corpo; com efeito, a todo o momento o olhar procuram os nossos bíceps e triceps, se temos o azar de usar uma camisa semi-aberta, sentimos a todo o momento olhares marotos a procurarem o nosso peito.
Estou farto e cansado, desta sensação constante de sempre que estou a conversar com uma "amiga", levantar-me por uma qualquer razão e sentir um olhar lascivo a galar-me o rabo. E o que dizer da obsessão feminina para nos olhares para as cuequinhas? Haja vergonha e paciência minhas senhoras: a malta na praia também anda meio descascado e vocês não ficam tão tolas...
Já reparam como as vossas amigas vos convidam para as festa de anos? Fazem sempre aquele sorriso, que um gajo nunca sabe se a festa é anual ou anal...
Se duvidam destas premissas, façam uma experiência: procurem uma das vossas pseudo-amigas, abram o vosso peito (em sentido figurado, porque se o fizerem com uma faca é capaz de doer) e falem dos vossos sentimentos! Debatam o enamoramento, comentem como o coraçãozito de macho palpita ao encontrar a pessoa amada, no suor que nos encharca as mãos, no nervosismo que nos tranca e rouba as palavras! E sabem o que elas lhe vão perguntar depois de desnudarem a alma?
- "Então, a gaja fode bem?" E depois tentam extorquir-nos todos os pormenores angelicais da nossa intimidade, confundindo a pureza do coito apaixonado com a sordidez de uma qualquer foda!
E isto quando estão sóbrias!!! Porque com os copos, nem a família escapa! Eu já vi mulheres que nem sequer são gajas, com dois copos em cima, a olharem o vulto das calças de pais, irmão e primos com cara de pequeno almoço!! O leitor pode pensar que estou a exagerar, mas acredito: certas mulheres, na sua imunda taradice, quando bêbedas, até vão para a cama com os próprios maridos!
Adenda: Dou destaque a um delicioso comment: "Nunca aqui tinha entrado.Entrei hoje por mero acaso e, qual não foi o meu espanto, quando deparei com este texto verdadeiramente deplorável.Pensei que em pleno século XXI, exemplares destes já faziam parte do Parque Jurássico do machismo lusitano que, curiosamente,ás vezes revela um disturbio com a sexualidade do dinossaurio.Será que estamos na presença de um gayzinho com roupagens de marialva? Ou será que é apenas um bronco? De certeza que é uma imensa tristeza nos conceitos e na fraseologia.Tenha vergonha na cara e seja um homenzinho....."
Resposta do Parvo do H: Se pensa assim, depois de ler este post... experimente estes....
É bem provável que o mesmo respeitável leitor (ou mesmo os outros que também aqui vêm) esteja a ler estas linhas no seu local de trabalho. Nada mais agradável que o prazer de exercer a nossa profissão; especialmente, numa sexta-feira entalada entre um feriado e um fim-de-semana de Verão, numa semana com um daqueles calores, que ficamos com tesão só de pensar nisso!
Infelizmente, não estou a trabalhar. Fui coagido a passar umas mini-férias com os tin tins de molho, nas areias algarvias. Um enorme sacrifício esta obrigação de mergulhar na água salgada, passear nas areias quentes, espreitar os biquinis que nos entram pelos olhos dentro!
Estes trágicos dias na praia, fatídicos passeios à beira-mar, submetido a comer uma sardinhada numa esplanada com vista para o mar, ter de gramar com uma mariscada e vinho verde enquanto levava nas ventas com o odor fantástico da maresia, passar longas horas de tédio a comer orgásmicos pastéis de nata lendo Haruki Murakami (o filho da puta do chinês escreve bem para caralho), noites perdidas numa quente esplanada a beber uma imperial estupidamente fresca, enquanto desfilam na rua pitas de bunda insidiosa exibindo cuequinhas fio dental!
Não que eu tenha nada contra o Algarve; tirando o Agosto e as algarvias até é um local aprazível: mas não há nada como o privilégio de passar um dia de Verão a trabalhar!
Que inveja sinto de vossas excelências, confortavelmente instalados nos vossos trabalhos, respirando o ar puro do ar condicionado, coçando os ditos, lendo blogues de alta qualidade em vez de estarem a trabalhar! Infelizmente, a abjecta praia me espera para mais uns dias de penitência, imolação por pecados meus!
Segundo parece, algumas das minhas palavras neste blogue “caíram mal” na Estação que V. Ex.ª dirige.
Não posso aceitar a alegação que existem ataques reiterados à Rádio Voz da Planície. A referência que alegadamente ofensiva é a utilização da expressão Rádio Voz do Município!
Outro aspecto que importa ficar claro: em momento algum existiu neste espaço (ou outros que subscrevo sem pseudónimo) qualquer ataque pessoal ou ofensa à honra de qualquer funcionário ou dirigente da RVP; aliás, desafio-o a encontrar neste blogue qualquer ataque pessoal, seja a quem for!
Na vida defendo e ataco ideias, não pessoas, comportamentos, não sentimentos! Por mais “bocas e rábulas que façam (e a dos Cães Danados foi boa!) entendo que podemos respeitar as pessoas, criticando as suas ideias! Mais! Podemos simpatizar com as pessoas e abominar o que elas defendem, como podemos não gostar de alguém e subscrever na integra aquilo que defendem!
Terminados os preliminares, vamos ao acto, propriamente dito!
Não sou ouvinte da RVP; aliás, sendo honesto, é raro ouvir Rádio, excepto no carro! A excepção são os noticiários regionais e, desde há muito, que não me sinto informado com os da RVP! Mas continuo a acompanhar a Vossa Informação através do site. E sinto-me esclarecido!
Seria interessante ser compreendido porque todos os leitores deste blogue perceberam que me referia à RVP quando usei a expressão “Rádio Voz do Município”. E, na minha opinião, o Vosso primeiro passo deveria ser de introspecção, tentar perceber porque a vox populi os identifica com a voz do PCP!
Uma segunda nota: não tenho objecções que um meio de comunicação seja cumulativamente um projecto político; recordo sempre o Independente (semanário que me fez despertar o gosto pela politica) que foi sempre um projecto político. Como não critico a Imprensa americana que em Editoriais assume em quem vota! Admito tudo isso, desde que esses projectos não sejam pagos com o dinheiro dos contribuintes! (não disse antes, nem digo agora, que seja o caso da RVP!).
Preocupa-me a falta de liberdade nos meios de comunicação social, seja através de instrumentalização política ou económica! Critico com igual ênfase o sensacionalismo abjecto como a disfarçada falta de independência!
Mas o facto de criticar, não significa que ofenda as pessoas! Estou convicto que a esmagadora maioria dos profissionais da RVP são pessoas sérias, honradas e trabalhadoras (alguns, até simpatizam comigo, imagine!!!)
A minha questão é outra: da mesma forma que assumo que eu era incapaz de fazer uma análise isenta ao meu Benfica, pergunto: com honestidade, não acha que o facto de a maioria dos dirigentes da RVP ter profundas convicções politicas e partidárias, defender com honestidade um modelo de sociedade, pode inquinar a imparcialidade que defendem nos vossos estatutos?