Aproveitando uma rara noite sem futebol, dei por mim a fazer algo absolutamente importante. Estive a ler o “Avante”. Como gosto de história, estive a folhear dos de finais de 2000. Porque o texto é excelente, ofereço aos meus leitores uns trechos!
“Desta vez quase pedi ao detective Hercule Poirot para ser ele a tratar este tema, se Agatha Christie autorizasse, mas a chefia de redacção discordou por razões que não vêm ao caso. De facto, está por esclarecer o mistério da premeditação e execução do «crime» da aprovação do Orçamento para 2001. Conhece-se o agente do «crime», o famigerado Daniel Campelo, que ao juntar a sua abstenção ao voto do PS permitiu que o Orçamento passasse [. ..]Sabe-se que o «crime» aproveita ao Governo e esse é, como sempre, um bom critério para encontrar o autor moral e eventualmente o (ou um dos) seu(s) mandante(s) […] Campelo tem o perfil, bem documentado, de quem procura visibilidade e está sempre na primeira linha das «causas» ganhadoras no PP. Daí se infere que a sua ambição política não se esgota neste Orçamento e nos ganhos resultantes para Ponte de Lima. Das duas uma, ou foi enganado, ou tem garantias do PS e/ou do PP.[...] Entretanto, duas conclusões são admissíveis. Priimeira, o interesse que arregimenta mandante, agente e cúmplices do «crime» orçamental, é a viabilização do essencial das políticas de direita - as privatizações, a concentração da riqueza e a provável queda dos salários reais.
Segunda, as golpadas e perversidades da aprovação do Orçamento comprovam a degenerescência ética a que negociatas e políticas neoliberais têm conduzido este PS de Guterres, em joint-venture com o PSD e/ou o PP. Sherlock Holmes, se Conan Doyle o autorizasse, diria apenas ... «elementar, meu caro Watson»”
PS - Gostei do texto: adorava ouvir a opinião do autor sobre o Caso Monge - que é José, não Manuel -! Com toda a certeza que me iria explicar que o que em 2000 eram golpadas e perversidades, em 2007 é a democracia no seu estado mais puro!!! Há coisas com piada, não há?
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