O facto de recentemente ter sido inaugurada no Museu Nacional Rainha Sofia em Madrid de uma exposição de Paula Rego era só por si justificação bastante para ser a nossa escolha para este sábado.
A obra que elegemos, faz-nos regressar ao inicio da sua carreira, poucos anos depois de ter trocado o o peso do regime salazarista, a ideologia do medo e da censura, um mundo opressivo e uma atmosfera puritana e claustrofóbica, para percorrer os corredores livres e cosmopolitas da Slade School of Art, em Londres, utilizando a pintura como uma arma de denúncia politica.
Um interessante pormenor relacionado com a artista é a profunda dificuldade em remeta-la aos rígidos e claustrofóbicos contornos de uma determinada corrente artística, fruto da suas memórias pessoais que deambulam entre as vivências britânicas e portugueses, com um imenso cunho personalista!
Em homenagem ao divino feminino, terminados com as palavras de Agustina Bessa Luís sobre Paula Rego: "Toda a grande obra é cruel. Porque arrasta as almas"
Um lindo quadro, uma merecida homenagem!
ResponderEliminarP
Não percebo o quadro. Onde é que está o Salazar e onde é que está a pátria?
ResponderEliminarDesculpem a falta de sensibilidade!