“Obviamente que estava muito nervoso! Podia ficcionar-vos com falsas alegações de que a calma que fingia sentir era verdadeira, mas todos os que um dia passaram por isso, não podem negar ou ignorar a impaciência que nos corrompe as entranhas!
Horas antes do momento tanto esperado, já estava pronto e composto, coleccionado cigarros para dizimar o desassossego! Mentalmente, por vezes sem fim, revi cada detalhe, cada instante ou pormenor, confirmando, daquela forma abrupta e irritável, própria do frenesim ansioso! Mas nada podia correr mal: o melhor restaurante da cidade tinha uma mesa reservada, tinha comprado bombons e um lindo ramo de rosas, sapatos engraxados, depilação feita; até o carro estava impecavelmente lavado, pormenor quase inaudito. E o anel: a anel semanas antes comprado, estava na minha mão, mais ansioso que eu! Como se tal fosse imaginável ou possível!
Porque me apaixona a pontualidade, porque tenho pesadelos com os atrasos meti-me à estrada antes do necessário ou conveniente, tendo como resultado óbvio, ter chegado mais de trinta minutos antes da hora marcada!
Para disfarçar a impertinência, decidi não tocar na campainha: arrastei-me pela rua, bebi mais um café, devorei cigarros, trilhei sem destino caminhos bem conhecidos, subornando o relógio para andar mais depressa, implorando ao senhor ponteiro que ficasse erecto na direcção das horas.
Mas ele não estava pelos ajustes: não apenas se recusava avançar, como fez um negro pacto com S.Pedro, que brindaram a minha impaciência com uma ligeira mas aborrecida chuva! Abomino gente e chuva miúda: são as gotas são plenas, fogosas, se nos humilham e vergam com o seu esplendor, podem ser cruéis que não deixam de ser sublimes. Mas aquela chuvinha tola, que nem molha nem é seca, que não nos inunda no mágico som das águas, deprime-me: logo naquela noite tão simbólica e importante!
Ela desceu, poucos minutos após a hora previsto, pelo que muito antes do que era esperada. Estava divina: a chuva envergonhada escondeu-se nas nuvens altas e nos céus abriu-se um sorriso de estrelas!
O repasto esteve encantador, sem lacuna, falta ou omissão! Deixei arrastar o tempo, quiçá para ganhar coragem, quiçá na procura do mítico momento perfeito, que teimava em não chegar! Até que a fada do tempo me explicou que era agora ou nunca: recolhi todos os resíduos de coragem, segurei-a na mão, escolhi um terno sorriso, olhei no fundo dos olhos e fiz a pergunta. Sim, a tal pergunta, que todos um dia temos de fazer: então querida, e que tal uma boa foda no cu?
O anel? Bem, o anel foi um sucesso!”
Horas antes do momento tanto esperado, já estava pronto e composto, coleccionado cigarros para dizimar o desassossego! Mentalmente, por vezes sem fim, revi cada detalhe, cada instante ou pormenor, confirmando, daquela forma abrupta e irritável, própria do frenesim ansioso! Mas nada podia correr mal: o melhor restaurante da cidade tinha uma mesa reservada, tinha comprado bombons e um lindo ramo de rosas, sapatos engraxados, depilação feita; até o carro estava impecavelmente lavado, pormenor quase inaudito. E o anel: a anel semanas antes comprado, estava na minha mão, mais ansioso que eu! Como se tal fosse imaginável ou possível!
Porque me apaixona a pontualidade, porque tenho pesadelos com os atrasos meti-me à estrada antes do necessário ou conveniente, tendo como resultado óbvio, ter chegado mais de trinta minutos antes da hora marcada!
Para disfarçar a impertinência, decidi não tocar na campainha: arrastei-me pela rua, bebi mais um café, devorei cigarros, trilhei sem destino caminhos bem conhecidos, subornando o relógio para andar mais depressa, implorando ao senhor ponteiro que ficasse erecto na direcção das horas.
Mas ele não estava pelos ajustes: não apenas se recusava avançar, como fez um negro pacto com S.Pedro, que brindaram a minha impaciência com uma ligeira mas aborrecida chuva! Abomino gente e chuva miúda: são as gotas são plenas, fogosas, se nos humilham e vergam com o seu esplendor, podem ser cruéis que não deixam de ser sublimes. Mas aquela chuvinha tola, que nem molha nem é seca, que não nos inunda no mágico som das águas, deprime-me: logo naquela noite tão simbólica e importante!
Ela desceu, poucos minutos após a hora previsto, pelo que muito antes do que era esperada. Estava divina: a chuva envergonhada escondeu-se nas nuvens altas e nos céus abriu-se um sorriso de estrelas!
O repasto esteve encantador, sem lacuna, falta ou omissão! Deixei arrastar o tempo, quiçá para ganhar coragem, quiçá na procura do mítico momento perfeito, que teimava em não chegar! Até que a fada do tempo me explicou que era agora ou nunca: recolhi todos os resíduos de coragem, segurei-a na mão, escolhi um terno sorriso, olhei no fundo dos olhos e fiz a pergunta. Sim, a tal pergunta, que todos um dia temos de fazer: então querida, e que tal uma boa foda no cu?
O anel? Bem, o anel foi um sucesso!”
Óscar
O que acho muito piada neste blog é o facto que nunca sabemos o que vamos ler!!!
ResponderEliminarQue imaginação!! ehehehehe
SB
SEMPRE A SURPRENDER A MALTA "ESPECTACULAR"
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