Numa lista de mais de 600 Escolas Secundárias, o Liceu de Beja (que agora tem um nome todo pomposo e bonito que não me recordo qual é) está num muito honroso 41º lugar, no que concerne às notas dos estudantes (o que me parece a mais óbvia forma de avaliar uma Instituição de Ensino!). Sublinhe-se que o facto de se tratar de uma Escola Pública ainda confere mais brilho a este excepcional resultado!
Para toda a comunidade do Liceu de Beja, os meus mais sinceros parabéns!
Para toda a comunidade do Liceu de Beja, os meus mais sinceros parabéns!
... a desproposito, eu sei, mas vale a pena dar uma olhada
ResponderEliminaraqui:http://www.hi5.com/friend/photos/displayPhotoUser.do?photoId=785692839&ownerId=42551490
ola.
ResponderEliminarPara uma escola que motiva a desistir os alunos que têm maiores dificuldades, não é de admirar que só sobrem os "bons" no fim do secundário....
pessoalmente, fiz o meu ensino secundário na escola secundária D. Manuel I, quando efectuei tal escolha foi derivado a motivos relacionados com o comparar entre os ambientes vividos quer numa, quer noutra instituição. Destarte que, se na primeira reside (residia) uma vivência dita mais "familiar", já na segunda a regra era a da impessoalidade, a da competição entre os alunos, facto que nunca foi do meu agrado..
ResponderEliminarAssim, pautado pelos valores mais humanistas que sempre regeram a minha existência, preferi a Escola. Volvidos quase 10 anos, continuo grato a mim próprio por ter feito tal escolha! De facto, se fizer uma introspecção, penso ser hoje privilegiado por ter usufruído 3 anos (os quais recordo com saudade) dos mais importantes da vivência de todos e cada um de nós- Adolescência, numa casa que verdadeiramente se importava com o crescer dos seus alunos, a nível não apenas académico mas também pessoal.
Admito que o liceu possa ser mais eficiente ao primeiro nível mas não o é relativamente ao segundo e para mim, é muito mais importante crescer como pessoa que como profissional, até porque o importante na vida é ser-mos felizes..
Utopias dirão alguns, até porque não é a felicidade que nos coloca o pão na mesa, nem tão pouco nos paga as contas, porém eu prefiro ter uma conta bancária um pouco menos volumosa ou um carro um pouco menos valioso a ser um pouco menos feliz comigo próprio..
Pode parecer demasiado extremista ou redundante as considerações que supra teci mas, sabendo que toda a regra comporta a inerente excepção, isto é o que eu ainda hoje sinto relativamente à dicotomia Escola-Liceu. E sim, eu nunca pretendi entrar em Medicina...
Eu fui aluno da Escola, sendo que não estou absolutamente nada arrependido!
ResponderEliminarPassei lá seis anos fabulosos, onde fiz amigos, conheci pessoas, tive os meus primeiros namoricos e onde me diverti obscenamente, logo eu que tenho uma natureza algo solitária.
Mas foram anos fabulosos na Escola, onde cresciam iniciativas, que uniam professores e alunos (sublinho o grupo de teatro, que fez coisas lindas!).
Concordo portanto com as palavras do último anónimo; a Escola tinha a preocupação de formar primeiro pessoas e depois alunos, lógica inversa ao liceu.
Voltei a cruzar a porta da Escola, mais de dez anos depois de ter saido, numa excepcional feira, que culminou com 4 convites a ex-alunos para contarem a sua história. Confesso que foi um dia terrivelmente comovente...
Mas, a minha paixão pela Escola, não me cega: o ranking do liceu é excepcional e merece ser louvado!
"Survival of the fittest" podia ser o lema do liceu e o qual se pode comparar metafóricamente a um microcosmos darwinista... Só por isso, orgulho-me esmeradamente de pertencer ao grupo dos ditos "sobreviventes" e mais por me ter preparado adequadamente ao nível do ensino superior. Além disso, e acima de tudo, sinto imensas saudades do liceu e do convívio com os meus antigos colegas. Belas jantaradas as nossas! Enfim, são tempos e recordações que já não voltam tão cedo e que me marcaram profundamente. Força Liceu!!!
ResponderEliminarHá muitos anos andei no liceu do 7º ao 12º, nunca me senti em casa. O ambiente era já nessa altura (ainda não havia estas listas fabulosas que os srs. dos colégios particulares agora inventaram) muito elitista e descriminatório para quem não era filho de pais "famosos" ao nivel aqui do brugo. Algunas turmas (como infelizmente em quase todas as escolas da cidade) já nessa altura eram formadas especialmente para filhos de determinadas pais, e os professores mais competentes os eleitos para terem turmas especiais. Fui uma excelente aluna até ao 9º ano, depois é claro veio o 10º e o descalabro. Hoje em dia sei que o dito "Liceu Nacional" descimina ao nível do 10º ano o ingresso de miúdos da EB 2 3 de Santa Maria. O meu filho para o ano vai para o 10º se ele optar pelo Liceu (espero que não) e se eu sentir que ele vai ser descriminado, vou ter que partir a cara de alguém. A raiva acumulada ao longo de + de 20 anos não vai ser amiga do bom sendo. Mas que se lixe é o MEU FILHO. Desculpe o desabafo.
ResponderEliminareu não acredito que haja ainda uma percepção tão distorcida, no sentido pejorativo, em relação ao liceu...não sei quando frequentaram o liceu, talvez na epóca salazarista ou talvez não, o que interessa referir é que o liceu está bem receptivo em receber qualquer tipo de aluno quer que este pertença a famílias economicamente avantajadas ou não, são todos iguais, e foi assim que eu me senti, tendo dois pais extremamente humildes... Por isso, peço-vos, por favor, para tirarem essa sofismável ideia da cabeça porque o liceu não assim como muitos pensam, porquanto a realidade de hoje não corresponde à realidade de ontem... E digo-vos aqui abertamente que fiz o liceu em três anos, com um pé às costas, porque fui um bom aluno...agora uma coisa podem ter a certeza que o liceu não é pêra doce...é exigente para com os alunos, mas também saiem com uma maior preparação relativamente ao que lhes espera, mais tarde, no ensino superior - eu que o diga!
ResponderEliminarEu também acho que as pessoas continuam a ter uma má imagem do liceu, e aqui sublinha-se a palavra "continuam", visto que esta percepção generalizada remete para tempos vindos de uma passado longínquo, ainda em plena epóca de Estado Novo. É óbvio, pela classificação obtida, que o liceu assevera uma política de qualidade e não de quantidade. Só os melhores e mais esforçados conseguem fazer o liceu, mas também diga-se por passagem que vão bem melhor preparados na sua globalidade. E o mito dos meninos ricos é uma falácia obscena, porque quem passa não só os meninos dos doutores, mas certamente os melhores alunos. Já vi muitos "meninos doutores" chumbarem n vezes o ano. Por isso, não vão por aí. Em relação, ao convívio aplica-se a mesma coisa. Os tempos já lá vão, a realidade de hoje é completamente outra...
ResponderEliminarpois bem, eu também fui aluna do liceu durante uns fabulosos 7 anos, não sou filha de pais famosos, as minhas duas manas também por lá passaram os mesmos anitos k eu (em épocas diferentes, uma primeiro k eu e a outra depois), e apetece-me sempre k ali passo perto dar-lhe beijos e abraços, fui lá muito feliz pois encontrei pessoas k nunca mais sairam da minha vida, caminhámos juntas até aqui, e hoje quem falar na palavra "liceu" para mim só tem uma conotação: local de estudo onde me fiz pessoa ao lado de gente fantástica. por fim, competição, esteriotipos e discriminação existem em todo o lado, apoiemos os nossos filhos e amigos e deixemos os profissionais trabalhar, esses mitos estão é na cabeça de algumas pessoas e isso não lhes passa assim de repente...
ResponderEliminarBelo destaque. O Liceu é uma belíssima escola com boas instalações e um belo corpo docente e não docente. Com certeza que terá os seus defeitos, mas esta classificação deve honrar a escola e a cidade.
ResponderEliminarPS: Andei lá 6 anos.
Só uma pequena nota, embora já um pouco fora de tempo. Também eu estudei no liceu de Beja, durante 6 anos. Não sendo filha de "pais importantes", foi lá que vivi alguns dos melhores anos da minha vida, que me deixaram optimas recordaçãos e amigos até hoje. De lá sai direitinha para o meu curso de arquitectura onde, entre outras coisas, descobri o génio do arqt.º Cristino da Silva,arquitecto português da primeira metade do sec.XX, autor do projecto do liceu, uma excepcional exemplo da arquitectura moderna em Portugal. Assim, esta escola dá nos actualmente dois grandes motivos de orgulho: pelo o desempenho dos seus alunos, e corpo docente, a nivel nacional e pela sua exemplar arquitectura, encontrando-se em vias de classificação pelo Instituto Português do Património Arquitectónico por despacho de abertura de 21/07/05.
ResponderEliminaro liceu talvez tenha deixado de ser a escola dos tempos do estado novo, no entanto a discriminacao pelo corpo docente deu lugar a discriminacao pelos proprios alunos, aqueles que teem consciencia de que teem uma familia com destaque na cidade e uma melhor aparencia ja que o dinheiro permite muita coisa.. por isso o ambiente no liceu continua a ser bastantae hostil e prima pelos mexericos e olhares de desaprovacao ..entrar naquele patio sem o mesmo estilo ou roupas de marca de alguns alunos é deveras um desafio, eu tambem nao gostei de andar no liceu..
ResponderEliminar