terça-feira, novembro 11, 2008

Porque querer, nem sempre é poder...

Se o meu caro leitor tem o privilégio de trabalhar sentado na intimidade de uma secretária, não compreenderá a pertinência desta reflexão. Como a minha boa leitora ou leitora boa, destituída do imenso privilégio de “os” ter, limitando-se a brincar invejosamente com os dos outros, não terá capacidade para alcançar a suprema eloquência das palavras que agora lhe direi!
Falo-lhes hoje do imenso drama do querer e não poder! Aqueles que por inerência social ou profissional, têm a necessidade de encarar um auditório, falar para um público, sempre alheio às palavras ditas, mas com imensa atenção para tudo o que são frivolidades e actos paralelos, sabem bem quão importante é a temática que hoje sabiamente abordo! Porque a todos nos acontece, pelo menos uma vez na vida: enfrentar o público com as boxers demasiado apertadas!
E o que fazer quando esse incómodo ataca a liberdade dos nossos doutos tintins? O meu apressado amigo, pode ser tentado a dar uma resposta apressada, dizendo que o único caminho possível é uma discreta coçadela! Permita-me que respeitosamente discorde. Não que seja contra esse saudável hábito, recordando que desde há muito que assumi a cruzada de lutar contra o preconceito, em
prole das tradições que caracterizam a portugalidade; o que ora afirmo é que exercer o saudável acto de os coçar, no contexto supra referido, é susceptível de perigar a escassa atenção da miudagem barulhenta que nos assiste. Admito que esteja a ser cobarde, desrespeitando a nobre tradição de antigos mestres, que estoicamente os coçavam doutamente em plena sala, com a sábia razão da suprema inteligência de quem não ignora que o saber está na mente de quem fala, não na mão que distraidamente os embala!
Uma outra solução, passa por usar com mestria os bolsos das calças, fazendo escondido aquilo que a vontade exigia que fosse feito abertamente, resguardando a comichão da devassidão dos olhares curiosos; mas, quem os tem, coça-os e que os coça, sabe bem que esta discrição é inimiga do prazer do embalo, sendo um mero paliativo incapaz de saciar o profano desejo de nos entregarmos abertamente e com volúpia a esta intensa necessidade!
Distrair o auditório para rapidamente os ajeitar, sendo tentador, tem uma imensa margem de erro, porquanto, nunca sabemos se estamos a distrair quem já está distraído, correndo o perigo de nos apanharem com a mão na botija, sendo que, neste contexto, botija é um eufemismo para os genuínos testículos. Esses mesmo que, enquanto leu este texto, não resistiu a passar a mão! Não é verdade?

2 comentários:

  1. Há uma receita perfeita para esses casos: água e sabonete, hehehe!!

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  2. Tem graça. A mim também me apetece sempre coçar o grelo :O)

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Respeite as opiniões contrárias! Se todos tivéssemos o mesmo gosto, andávamos todos atrás da sua namorada! Ou numa noite de copos, a perseguir a sua mulher!